Parte do grupo se concentrou na porta da Caixa Econômica Federal da Avenida do Contorno, número 5.809, região centro-sul. Outros manifestantes ocuparam área de atendimento do banco
Luana Cruz, Estado de Minas
Famílias das comunidades Vitória, Rosa Leão e Esperança, que vivem no terreno da Granja Werneck, na Região Norte de Belo Horizonte, se mobilizaram na manhã desta sexta-feira em manifestação na agência da Caixa Econômica Federal da Avenida do Contorno, número 5.809, região centro-sul. O grupo ocupou parte da área de atendimento do banco. De acordo com a assessoria do banco, seguranças acompanham o protesto na agência Carmo/Sion.
O banco é gestor operacional dos recursos do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida. As comunidades estão instaladas em parte de uma área de mais de 3 milhões de metros quadrados. No caso da Ocupação Vitória, a permanência de famílias barra a implantação de empreendimentos do programa com previsão de abrigar 13,2 mil famílias de baixa renda na capital.
O projeto pretende diminuir o déficit de 62,5 mil moradias dessa faixa na capital mineira.
Segundo representantes das ocupações, a implantação do programa federal seria responsável pelo desalojamento das 8 mil famílias que vivem no terreno e já construíram casas de alvenaria. A Prefeitura de BH cadastrou 2,5 famílias na área invadida, quantidade considerada pela da Polícia Militar quando montou a operação de reintegração de posse.
A ação da PM estava prevista para o dia 13 de agosto. Porém, uma liminar da Vara da Infância e Juventude suspendeu a ação. Depois disso, outra liminar na Justiça autorizou a reintegração. Representantes da ocupação recorrem ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para reverter a situação.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.