Morte foi confirmada por familiares na noite desta quarta-feira (13). Determinação da causa da morte dependia da realização de uma autópsia.
Nicolau Sevcenko, um dos mais conhecidos historiadores brasileiros, morreu por volta das 19h desta quarta-feira (13) em sua residência em São Paulo, aos 61 anos. A informação foi confirmada ao G1 por familiares do acadêmico. A determinação da causa da morte dependia da realização de uma autópsia. Até o final da noite desta quarta-feira, não tinham sido definidos os horários e locais do velório e enterro do historiador, que era descendente de imigrantes da União Soviética.
Intelectual com múltiplos interesses, em especial história cultural, Sevcenko se preocupava também em comunicar o conhecimento ao grande público, não apenas ao universo acadêmico, motivo pelo qual com frequência escrevia artigos e concedia entrevistas.
Sevcenko se graduou em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCHU) e defendeu doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), em 1986, com o trabalho intitulado “Literatura como Missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira República”. Concluiu o pós-doutorado pela University of London em 1990. Obteve a livre-docência, também pela USP, sob o título Orfeu Extático na Metrópole: São Paulo nos frementes anos 20, em 1992.
Lecionou na USP de 1985 até 2012 quando se aposentou. Também deu aulas na Unicamp e Pontifícia universidade Católica (PUC) de São Paulo, Desde 2010 era professor tiitular da Universidade Harvard, nos EUA. Além de lecionar, ele publicou, organizou, editou e traduziu dezenas de livros e centenas de artigos acadêmicos. Em 1999, venceu o Prêmio Jabuti com o livro História da vida privada no Brasil.