O IV Encontro de Jovens Indígenas Tentehar/Guajajara da região Zutiwa e Angico Torto aconteceu entre os dias 25 a 27 de julho de 2014, na aldeia Zutiwa, no município de Arame-MA. O encontro tinha como tema: Jovens Indígenas, e a Luta por seus Direitos.
Com o objetivo de organizar a juventude para enfrentar a criação de leis de iniciativas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário que tendem a restringir e retirar direitos que pareciam consolidados e definitivos para os indígenas no Brasil.
Estiveram presentes jovens das aldeias, Zutiwa, Lago Branco, Nova Lima, Tarrafa, Papa Mel, Vargem Limpa, Formiga, São Domingos, Abraão, Patizal, Cajá, Portugal, Buritirana, Arymy, Alto Mirim, Ipiranga, Iarazu, Preguiça Queimado, Barro Branco, Bela Vista, Pitombeira, Naipó, Vila Nova, na Aldeia Zutiwa, Terra Indígena Araribóia, município de Arame-MA, no IV Encontro de jovens indígenas Tentehar/Guajajara da região Zutiwa e Angico Torto, somando mais de cem durante o encontro.
A juventude Tentahar/Guajajara anuncia que a resistência será à luz da sabedoria dos ancestrais e da experiência de guerreiros e guerreiras apontando para um tempo de luta. Destacaram que garantia do território é o direito primário, e a condição para a sobrevivência física e cultural. “São os jovens que vão levar a luta para frente. É importante lutar pelos direitos”, afirma Edivan Guajajara.
A união foi destaque durante o encontro. “Temos que nos unir para enfrentar as coisas que estão vindo. A Funai não está ligando para nós. Vamos reagir, levantar e lutar por nossos direitos”, diz Arthur Guajajara.
Para os jovens indígenas Tentehar/Guajajara a defesa do território é de fundamental importância. Destacaram que sem o território, os povos indígenas não têm vida, exatamente porque não é possível plantar, caçar e pescar. A garantia do território é a condição primeira para a sobrevivência física e cultural.
A juventude indígena enfatizou que a defesa do território significa a defesa da mãe natureza. Deuzimar Guajajara, da Aldeia Zutiwa falou emocionado e ao mesmo tempo preocupado, enfatizou que “a terra é a única riqueza que o índio tem e essa terra que os fazendeiros e as mineradoras estão querendo tomar de nós, nós não vamos deixar tomar o nosso lar a nossa casa é nosso direito. Quero dizer para nós índios de toda terra, vamos lutar com nossa força até morrer pelo que é nosso, que é nossa terra”.
Os jovens indígenas Guajajara convidam a lutar pela terra e pela garantia de seus direitos, que logicamente, tendo os direitos e o território garantido, expressa a continuidade do Bem Viver que confronta com o projeto de morte que o sistema capitalista através do legislativo e do judiciário quer impor aos povos indígenas.
Historicamente os povos indígenas têm resistido, e agora não será diferente como afirma a jovem Guajajra Janiaina. “Nosso dever é lutar pela nossa terra, pela educação e a saúde. Agente tem que falar por nosso povo que sofre muito. Devemos defender nosso direito e conseguir nosso objetivo”.
Expressando muita garra e convicção que é necessário levantar a voz contra os projetos de mortes, os jovens indígenas se comprometem a:
- Lutar pelos direitos e permanência do território;
- Pelo fortalecimento organizacional e cultural;
- Pela criação de uma universidade indígena e melhoria na educação básica;
- Lutar por uma saúde de qualidade nas comunidades e a realização de estudos de temas relativos à temática indígena.
Por fim, a juventude e as lideranças presentes reafirmaram o compromisso de continuar lutando incansavelmente em defesa de seus direitos.
Enquanto o Brasiil real não assumior , com a devida honestidad sua trajetoria indigena e indigenista- anti indigena secularmente, na politica oficial, este pais, pluricultural , plurietnico, plurinacional, não estara em paz com sua conciencia, ignorara sua identidade e cargara a maldição de ser ofialmente etnocida, genocida , suicida.
sou chileno mas formado em Brasil e fique trabalhando 45 dias , nas aldeias formiga Ipiranga
, e estava ala quando vcs realizarao este encontro. estou a sua disposição sou pesquisador e professor de teologuia.
paz