Tom Winterbottom* – Rio On Watch
Em matéria de espaço simbólico no Rio de Janeiro, poucos lugares estão a altura do estádio do Maracanã. Sua história e posição no imaginário urbano são diretamente ligadas a história cultural e social da cidade do Rio de janeiro no final do século 20. Bem antes da inesperada, e traumática, derrota na final da Copa de 50 para o Uruguai–considerada uma “tragédia nacional”–o estádio é considerado um “templo” e um “espaço sagrado” do futebol, um lugar onde o jogo bonito brasileiro se desenvolveu e se aperfeiçoou, um lugar onde jogadores se tornaram lendas. Como um crítico define, o “místico Maracanã” é “uma estrutura que sempre recordará sua rica história, mesmo quando sua dramática transformação levante debates sobre o futuro da cidade e país no qual se encontra.” Mesmo não sediando a inauguração da Copa do Mundo, irá receber sete jogos–incluindo a grande final–e irá sediar a cerimônia de abertura e encerramento das Olimpíadas de 2016. Todos os olhos estarão voltados para o estádio. Depois de três processos de renovação desde 2000, custando um total de R$1,2 milhões, o que pode ser dito sobre este estádio nos dias de hoje? (mais…)