Comunidades denunciam ao mundo remoções feitas para a Copa

920318-comunidades removidas_protesto_8869Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil

Representantes de várias comunidades do Rio de Janeiro se uniram ontem (23) pela manhã em um protesto na Praia de Copacabana, na altura da Rua República do Peru, para denunciar “as injustiças nacionais relacionadas à questão da moradia, entre as quais o déficit habitacional e as políticas habitacionais nas três esferas de governo”, disse à Agência Brasil Fábio Dutra, da Associação de Moradores e Amigos do Horto (Amahor).

Segundo ele, a ação se insere no movimento nacional de luta pela moradia. “Não é um  movimento focado em uma representação institucional”, observou. Foram colocadas na areia da praia mais de 100 cruzes,  com nomes de várias comunidades carentes, que representam as remoções feitas na capital fluminense, a maioria motivada pelos megaeventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016, cujos acordos internacionais  previam obras de infraestrutura de transporte, disse Dutra.

O objetivo, salientou, é aproveitar a cobertura da mídia para a Copa, sobretudo a internacional, particularmente hoje, quando haverá o jogo entre  Brasil e Camarões, para “mostrar  um pouco da realidade que está ocorrendo no Brasil, para mostrar essas remoções que na grande mídia nunca vão aparecer”. 

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Protesto contra a Copa no Rio tem um manifestante detido pela PM

Moradores do morro Chapéu Mangueira, no Leme, zona sul do Rio de Janeiro, ocupam ciclovia da avenida Atlântica, em Copacabana, durante um protesto, nesta segunda-feira (23), contra as UPPs das comunidades, as mortes de moradores pela Polícia Militar, os gastos com a Copa e o esquecimento das necessidades básicas das comunidades como saúde e educação
Moradores do morro Chapéu Mangueira, no Leme, zona sul do Rio de Janeiro, ocupam ciclovia da avenida Atlântica, em Copacabana, durante um protesto, nesta segunda-feira (23), contra as UPPs das comunidades, as mortes de moradores pela Polícia Militar, os gastos com a Copa e o esquecimento das necessidades básicas das comunidades como saúde e educação

Vinicius Castro
Do UOL, no Rio de Janeiro

Um manifestante foi detido pela Polícia Militar durante novo protesto contra a Copa do Mundo, nesta segunda-feira, na orla da Praia de Copacabana. Pablo Rodrigues, assim identificado, se recusou a entregar um cartaz e foi levado ao camburão.

A ação policial revoltou os cerca de 300 participantes do protesto, mas a PM contornou qualquer desdobramento que pudesse ter características violentas. (mais…)

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Posicionamiento de La Vía Campesina en el Año Internacional de la Agricultura Familiar-2014

LOGO AIAFComunicado de Prensa La Vía Campesina

Un espacio para empujar políticas concretas para la agricultura campesina familiar

(Harare, Junio 2014) La Vía  Campesina definió participar del Año Internacional de la Agricultura Familiar impulsada por la ONU en este 2014,  como un espacio de debate y construcción colectiva para posicionar  la Soberanía alimentaria que tiene como base el campesinado. Las y los campesinos en todo el mundo resisten produciendo y proporcionando una alimentación saludable y soberana a  los pueblos,  al contrario de la industria alimentaria cuya prioridad es el lucro  y la especualación,  su estrategia es hacer cada día a la agricultura más dependiente de sus agrotóxicos incrementando así sus ganancias por la venta de herbicidas, saqueando y contaminando  bienes naturales.

Hemos sido testigos de una profunda crisis alimentaria que ha visibilizado la producción alimentaria campesina y erradicación del hambre en la agenda de la ONU,  donde se ha reconocido el papel crucial de los campesinos y campesinas en esta ardua tarea.   (mais…)

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Protesto na abertura da Copa rende apoio internacional para causa indígena

Werá Jeguaka Mirim-guarani faz protesto durante a cerimônia de abertura da Copa do Mundo (Foto: Luiz Pires/Comissão Guarani Yvyrupa)
Werá Jeguaka Mirim-guarani faz protesto durante a cerimônia de abertura da Copa do Mundo (Foto: Luiz Pires/Comissão Guarani Yvyrupa)

Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil

Com apenas 13 anos de idade, o guarani Werá Jeguaka Mirim conseguiu chamar a atenção do mundo todo para a causa indígena no Brasil. O jovem foi um dos índios convidados para participar da cerimônia de abertura da Copa do Mundo. Com uma faixa escondida dentro da roupa, Werá driblou a segurança do evento e aproveitou a ocasião para pedir agilidade na demarcação das terras indígenas. As fotos sobre o protesto feito dentro da Arena Corinthians, zona leste paulistana, rodaram o mundo.

O pai dele, o escritor indígena Olívio Jekupe, conta que tem recebido moções de apoio de diversas partes do mundo. “Recebi muitas mensagens depois disso: índios dos Estados Unidos e pessoas de vários países da Europa, elogiando”, contou ao receber a reportagem da Agência Brasil na Aldeia Krukutu, na região de Parelheiros, extremo sul da capital paulista. “O mundo todo está querendo saber o que é demarcação. Eles estão acompanhando lá na Europa e não sabiam o que é demarcação. E agora a palavra demarcação está rodando o mundo todo”, comemorou. (mais…)

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Cadastramento de manifestantes: legal ou arbitrário?

policial cadastrando CE

Por Natalia Castilho, Patrícia Oliveira e Priscylla Joca, advogadas da RENAP, em Na Rua

A Praça da Bandeira, em Fortaleza, fica ao lado da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, bem no centro da cidade. O lugar já viveu muitas manifestações e, há poucos dias, em 21 de junho, foi palco de constrangimentos e ilegalidades. 20 jovens reunidos no ato articulado pelo Fórum Permanente pelo Passe Livre – FPL foram revistados e passaram por um tipo de “cadastramento” feito pela Polícia Militar ainda durante a concentração, antes mesmo do ato ter se iniciado. Acrescente ao cenário um considerável número de viaturas, de diferentes unidades policiais (COTAR, Ronda, COTAM) que se encontravam no local, além de uma unidade do Caveirão, veículo blindado e munido de canhão d’água, o qual estava com o motor ligado durante quase toda operação (de acordo com notícia veiculada na fanpage do “Na Rua”).

Policiais, cujo efetivo era bem maior que o número de manifestantes, interrogaram os presentes sobre: nome completo, idade, endereço, nome da mãe. No vídeo (entre 25seg e 1min25seg), vê-se um policial questionando um manifestante sobre se este porta algum documento, ao que o manifestante responde afirmativamente. Contudo, o policial não pede para verificar a identificação civil e segue fazendo uma série de questionamentos sobre dados pessoais do manifestante. Quando ele se recusa a fornecer algumas informações, o policial retruca dizendo:  “Macho, tu não sabe onde tu mora, tu não sabe o nome da tua mãe. Tu é de onde? Num tem documento, tá totalmente clandestino aqui no Estado do Ceará”. (mais…)

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