Morro Santa Teresa: da resistência às câmeras de vigilância

Agência Pública

Em 2009, dois anos após o anúncio de que Porto Alegre seria uma das sedes da Copa do Mundo de Futebol de 2014, o Governo do Estado do RS encaminhou um projeto de lei a Assembleia Legislativa para a venda da área da FASE – Fundação de Atendimento Sócio-Educativo, onde estão 5 comunidades e moram 10 mil pessoas, algumas há mais de 40 anos. 

Estas comunidades vivem no Morro Santa Teresa, uma área privilegiada na cidade, de frente para o Rio Guaíba e para o estádio Beira-Rio, onde acontecem os jogos da Copa. Todas as famílias teriam que deixar suas casas. No projeto do Governo, a área seria vendida para a iniciativa privada. 

As comunidades do Morro Santa Teresa, com apoio de diversos movimentos sociais, foram para as ruas da cidade denunciar a tentativa de despejo e conseguiram barrar o projeto do Governo. A vitória foi considerada histórica e símbolo de resistência para outras famílias na mesma situação. Agora, sua luta é para conquistar regularização fundiária e regularizar também serviços como fornecimento de luz e água. Mas como “legado” da Copa receberam câmeras de segurança. 

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