Após o episódio em que o ônibus da seleção brasileira foi cercado por manifestantes na saída de um hotel, na última segunda-feira (26), no Rio de Janeiro, o esquema de segurança das delegações será reforçado e terá o apoio de homens das Forças Armadas. Os militares auxiliarão no deslocamento das seleções e na segurança dos locais de treinamento.
Ontem, 30 militares já foram deslocados para a Granja Comary, em Teresópolis, local de treinamento da Seleção Brasileira, segundo o Ministério da Defesa. No Rio de Janeiro, a mudança foi definida após reunião, ocorrida na última terça-feira (27), entre o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o secretário de Segurança Pública do estado, José Mariano Beltrame, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi.
De acordo com o Ministério da Defesa, a participação das Forças Armadas no esquema de segurança da Copa nas 12 cidades-sede já estava previsto, conforme autorização dada pela presidenta Dilma Rousseff. Segundo o Artigo 5, do Decreto 3.897 de 2001, usado pela presidenta, o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem (GLO), deverá ser episódico, em área previamente definida e ter a menor duração possível.
O nível de emprego dos militares, segundo o Ministério da Defesa, vai variar conforma a necessidade de cada uma das sedes e dependerá de pedido prévio do governador.
Ontem, Cardozo admitiu que o esquema de segurança no Rio da Janeiro falhou ao permitir que manifestantes cercassem o ônibus da seleção brasileira. Ele classificou o episódio de “pontual”, mas anunciou que seriam feitos ajustes no esquema de proteção das seleções.