Justiça condena PMs a 48 anos de prisão por mortes de detentos no Carandiru

Elaine Patrícia Cruz – Repórter da Agência Brasil

Os sete jurados que fazem parte do Conselho de Sentença decidiram ontem (2) condenar os 15 policiais militares (PMs) pela ação policial que culminou com a morte de quatro detentos no quarto pavimento (terceiro andar) do Pavilhão 9 da extinta Casa de Detenção do Carandiru, no episódio que ficou conhecido como Massacre do Carandiru. Os policiais foram absolvidos pela tentativa de homicídio de dois detentos e pela morte de outros quatro, provocada por armas brancas.

Os policiais foram condenados a 48 anos de prisão, cada um, por homicídio qualificado [pena mínima de seis anos para cada homicídio cometido somado à pena de mais seis anos por impossibilidade de defesa das vítimas]. O juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo também determinou a perda do cargo público para os policiais que continuam na ativa. Os réus poderão responder em liberdade.

O julgamento, que demorou três dias, ocorreu no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da capital paulista. O advogado Celso Vendramini foi o responsável por fazer a defesa dos policiais.

Os jurados demoraram quase três horas para responder a 630 quesitos que decidiram a sentença. Eles tiveram que responder a várias perguntas referentes a cada uma das vítimas do massacre, multiplicado pelo número de réus. (mais…)

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Comunidades del Pastaza se declaran en movilización permanente

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Pese a la declaratoria de emergencia ambiental las comunidades siguen consumiendo aguas contaminadas con metales pesados e hidrocarburos

Servindi – “Hemos perdido la paciencia. Vemos que el Estado no hace nada, la empresa sigue haciendo el mismo mal, la contaminación sigue dañando animales, cochas, quebradas, tierra y a nosotros mismos que tomamos y comemos de ellas. Esto es una ofensa, un perjuicio y amenaza contra la vida de miles de familias quechuas”.

Así se pronunció la Federación Indígena Quechua del Pastaza (Fediquep) luego de reunir a los apus y dirigentes comunales de toda la cuenca en una asamblea de comunidades efectuada entre el 23 y el 27 de marzo en la comunidad de Soplín. (mais…)

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Indígenas U’wa rechazan proyecto petrolero inconsulto que afectaría su “territorio ancestral”

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Servindi – Indígenas U’wa del departamento de Santander, en el nororiente de Colombia, exigieron la suspensión del proyecto petrolero “Magallanes” por desarrollarse de manera inconsulta en una reserva forestal causando la “muerte paulatina” del río Cubogón.

En el comunicado emitido a fines de marzo, la Asociación de Autoridades Tradicionales y Cabildos U’wa (ASOU’WA), consideró al citado proyecto como una “inminente amenaza a la integridad física, social y cultural del pueblo U’wa, al medio ambiente y al territorio ancestral”. (mais…)

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Estupro: onde mora o perigo?

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Percepção sobre crimes sexuais poupa família, criminaliza rua e engana. Em cada quatro casos, três ocorrem na casa das vítimas

Por Marcos Aurélio Souza – Outras Palavras

A recente pesquisa divulgada pelo IPEA “Estupro no Brasil: uma radiografia da violência” teve um papel pedagógico nas discussões públicas sobre o tema da violência sexual no Brasil. Trouxe para luz do dia a obtusidade agressiva e animalesca que se esconde nos porões da consciência individual de muita gente. Detectou concepções que revelam completa incapacidade de alguns para viver em sociedades, seja qual for seu grau de educação formal. (mais…)

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“O futuro reserva ao STF uma nova análise da Lei de Anistia”

Roberto Caldas, Especial para Carta Maior

Quando o golpe de Estado militar-civil completa 50 anos, é preciso refletir seriamente sobre como colocar em prática as etapas a cumprir da nossa justiça de transição, pois só assim viveremos uma experiência democrática consolidada e madura. Um processo completo de transição ocorre em muitas fases, e cada país tem o seu tempo de amadurecimento. Contudo, meio século depois do golpe, é chegado o momento de avançar sem temor.

O processo de transição brasileiro vem sendo estruturado, principalmente, pelas medidas de reparação, ao passo que as medidas relativas à justiça não vêm sendo desenvolvidas no mesmo ritmo. Chegar à justiça, oferecendo às vítimas uma resposta completa, é fundamental não apenas porque é direito delas, mas também porque toda a sociedade depende disso para superar os resquícios autoritários em todas as práticas e instituições estatais, bem como para que esse período lamentável da história não volte a se repetir. É, justamente, para que se complete o processo de transição que precisamos enfrentar o problema da Lei de Anistia de 1979 no Brasil.

Em 24 de novembro de 2010, a Corte Interamericana emitiu sua sentença sobre o Caso Guerrilha do Araguaia, ao interpretar a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, o Pacto de São José da Costa Rica, norma fundamental que tem plena vigência no Brasil, determinou, entre outras coisas, que graves violações de direitos humanos não podem ser anistiadas, seguindo entendimento expresso anteriormente não só em várias de suas decisões, mas em tratados de direitos humanos e na jurisprudência de outras cortes internacionais. O problema não está apenas nas “autoanistias” (quando agentes estatais editam leis cujos beneficiários são também agentes estatais), mas na consequência de não punir graves violações de direitos humanos. Assim, não é cabível a alegação de que a Lei de Anistia brasileira seria legítima, pois seria fruto de um acordo político, tendo em vista que o objetivo permanece o mesmo: não há acordo político, anistia, indulto, prescrição que possam ser aplicáveis a crimes graves contra direitos humanos de lesa-humanidade. (mais…)

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Comissão da Verdade envia às Forças Armadas nomes de torturados e de nove mortos

Delsy Gonçalves de Paula, em sua casa no Coração Eucarístico, mostra a ficha que teve na polícia
Delsy Gonçalves de Paula, em sua casa no Coração Eucarístico, mostra a ficha que teve na polícia

Lista tem nome de 15 presos políticos e de assassinados em MG, SP, RJ e PE

Daniel Camargos – Estado de Minas

Para subsidiar as Forças Armadas na apuraração dos excessos cometidos em sete instalações militares durante o período da ditadura (1964-1985), a Comissão Nacional da Verdade (CNV) enviou um documento com uma relação de 15 presos políticos que foram torturados e de nove que foram mortos nesses locais, em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. O documento foi enviado ao ministro da Defesa, Celso Amorim, que repassou aos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Na análise da CNV está comprovado que sete locais foram “palco de graves violações de direitos humanos”. (mais…)

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Ex-presos estão céticos com apuração do Exército

Agência Estado

São Paulo – Ex-presos políticos e familiares de mortos e desaparecidos receberam com ceticismo a informação de que os comandantes das Forças Armadas abriram sindicâncias para apurar violações de direitos humanos em centros militares durante a ditadura.

Na avaliação do jornalista Alipio Freire, ex-preso político e militante na área de direitos humanos, qualquer sindicância conduzida exclusivamente por militares corre o risco de ter seus resultados questionados. “Não conheço os comandantes militares de hoje. Não sei o que pensam do que houve no passado. Mas sei que essas sindicâncias deveriam ser feitas por comissões mistas, com a presença de representantes da sociedade civil, do governo e das Forças Armadas”, afirma. “Isso evitaria que os seus resultados fossem postos em dúvida e questionados.”

A presidente do Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro, professora Victoria Grabois, é mais cética que o jornalista. “Tenho muitas dúvidas sobre essa informação. Em primeiro lugar, acho impossível eles darem respostas para uma questão desta amplitude num prazo tão curto, de trinta dias. A menos que tenham tudo organizado em arquivos”, diz a professora. “No caso de responderem, existem duas hipóteses. Podem dizer que não houve nada lá dentro das instalações militares e que não existem documentos da época. A segunda hipótese é reconhecer alguns dos casos de pessoas mais conhecidas, como os do jornalista Vladimir Herzog e o do deputado Rubens Paiva. Admitiriam as mortes e apontariam alguns nomes de responsáveis. Seriam nomes de pessoas que já estão expostas, que já foram reconhecidas por suas vítimas e até enfrentam processos movidos pelo Ministério Público Federal.” (mais…)

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Comissão da Verdade entra em maio em fase decisiva

Agência Estado

Brasília – A Comissão Nacional da Verdade entrará no próximo mês na sua fase decisiva. Criado há quase dois anos para investigar crimes cometidos pelo Estado de 1946 a 1988, o grupo ouvirá em sessões públicas, nos dias 13 e 27 de maio, em Brasília e no Rio de Janeiro, oficiais que combateram, nos anos 1970, a Guerrilha do Araguaia, movimento armado de esquerda mais estruturado do tempo da ditadura militar.

Um dos depoimentos mais aguardados é do oficial da reserva do Exército Sebastião Curió Rodrigues de Moura, nome mais conhecido da repressão no Araguaia. Ele é o único militar que até hoje divulgou documentos que confirmam o fuzilamento de prisioneiros políticos, com os nomes das vítimas. No Araguaia, 41 guerrilheiros foram presos e depois executados por ordem da cúpula do regime militar. Pela versão antiga das Forças Armadas, os guerrilheiros morreram em combates na mata, em confrontos em que estavam armados.

Os convites para depoimentos na comissão ainda não foram encaminhados aos agentes do regime militar, o que deve ocorrer nas próximas semanas. No dia 13 de maio, a comissão deverá ouvir no Rio de Janeiro oficiais da reserva que moram na cidade. Depois, no dia 27, será a vez do grupo ouvir os agentes que residem em Brasília. Procurado para comentar a decisão do grupo, Curió confirmou presença. “Devo comparecer. Afinal, a comissão é um órgão oficial criado pelo governo”, disse. (mais…)

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