Funai realiza mais uma desintrusão de fazendeiro da Região do Ajarani na Terra Yanomami

Yanomami - desintrusão
Equipe da Funai com índios yanomami na região do Ajarani

No início desta semana a Fundação Nacional do Índio (Funai) realizou a entrega, aos Yanomamis, de mais uma fazenda que estava ocupada por não índio, localizada na região do Rio Ajarani, dentro da Terra Indígena Yanomami.

A operação de desintrusão, realizada pela Fundação, com apoio da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, dá continuidade e cumprimento ao plano da Funai de retirada de fazendeiros que estabeleceram propriedades irregulares nas terras do Ajarani.

Poder de Polícia e autoexecutoriedade dos atos administrativos – Conforme entendimento do Ministério Público Federal cabe à Funai promover a proteção territorial e a regularização fundiária das terras indígenas, adotando medidas administrativas para tanto, no exercício de seu poder de polícia. (mais…)

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Perigo na praia da Ponta Negra continua, diz laudo da CPRM

Praia da Ponta Negra permaneceu com buracos no trecho aterrado, segundo estudo. (Foto: Alberto César Araújo)
Praia da Ponta Negra permaneceu com buracos no trecho aterrado, segundo estudo. (Foto: Alberto César Araújo)

Por Elaíze Farias, no Amazônia Real

O terceiro laudo do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia, sobre o aterro na maior área de lazer de Manaus, a praia da Ponta Negra, diz que a superfície da beira do rio continua irregular, com desníveis abruptos e depressões (buracos), colocando em risco a vida dos milhares de banhistas que frequentam o local.

O aterro em 600 metros dos 2 quilômetros da praia da Ponta Negra fez parte do projeto de revitalização do balneário, iniciado na administração do ex-prefeito Amazonino Mendes (PDT). A ideia da gestão era tornar a praia perene o ano todo, mesmo no período da enchente. (mais…)

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Proteção à testemunha do tráfico de pessoas vira caso de omissão

Aliciamento para o tráfico começa em boates e festas
Aliciamento para o tráfico começa em boates e festas

Por Kátia Brasil, em Amazônia Real

O tráfico de pessoas é uma das formas mais cruéis de violação dos direitos humanos na atualidade. É combatida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Igreja Católica brasileira, que dedicou o tema à Campanha da Fraternidade de 2014. Mas, o que o travesti amazonense B.A.C, 28, não imaginava que ficaria desassistido pelo poder público e sem segurança depois que denunciou uma quadrilha interestadual de traficantes de pessoas que age entre os Estados do Amazonas, Pará e São Paulo.

Em duas edições, o portal Amazônia Real relatou a situação de vulnerabilidade que se encontra o jovem B.A.C., mais conhecido como “Bruna Valadares”. Nas reportagens, a Associação de Gays, Lésbicas e Travestis de Parintins (AGLTPIN) denunciou a falta de segurança enfrentada pela testemunha do tráfico humano.

Até o momento, as coordenações do Programa de Proteção às Vitimas e Testemunhas Ameaçadas de São Paulo e do Amazonas não incluíram “Bruna Valadares” no processo de proteção nem informaram qual a assistência que a testemunha pode receber. (mais…)

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Empresas disputan el Iberá, el mayor humedal de Argentina

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Servindi, 23 de diciembre, 2013.- Campesinos e indígenas de Corrientes se aprestan a defender el Iberá, el mayor humedal de Argentina y el segundo más grande del mundo, amenazado por el monocultivo forestal y cuatro grandes empresas que ya concentran 370 mil hectáreas en la zona de los Esteros del Iberá.

Un artículo de Darío Aranda publicado en Página12 explica toda la trama en curso.

Reclamos en los esteros

Por Darío Aranda

Campesinos de Corrientes denuncian desalojos y se movilizan por el avance empresario sobre territorios rurales. La zona en disputa es el Iberá, el mayor humedal de Argentina y uno de los espacios de mayor biodiversidad del mundo. Responsabilizan al monocultivo forestal y al turismo de la mano de funcionarios, magnates extranjeros y de la Universidad estadounidense de Harvard. Cuatro empresas concentran 370 mil hectáreas. “No nos vamos a bajar ni un centímetro de la lucha por las tierras y contra las plantaciones forestales”, avisó Antonio Lezcano, de la Asociación de Pequeños Productores de Corrientes.

El Iberá está ubicado en el centro-norte de Corrientes y abarca cinco departamentos. Uno de ellos es San Miguel, a 160 kilómetros de la capital correntina, donde el 44 por ciento de la población vive en el campo (4500 personas) y el 50,2 por ciento tiene “necesidades básicas insatisfechas”, según el Consejo Federal de Inversiones (CFI). Es el epicentro de las disputas por el territorio. (mais…)

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Subsidiária da Coca-Cola no AM enfrenta ação por dano ambiental

Canavial da empresa Jayoro, no interior do Amazonas. Foto: Alberto César Araújo.
Canavial da empresa Jayoro, no interior do Amazonas. Foto: Alberto César Araújo.

Por Elaíze Farias, em Amazônia Real

Enquanto se discute atualmente um Projeto de Lei no Senado (PL 626/2011) que visa autorizar o plantio de cana em áreas alteradas, cerrado e campos gerais da Amazônia Legal, uma empresa localizada no município amazonense de Presidente Figueiredo (a 107 quilômetros de Manaus), que já desenvolve esta cultura há quase 20 anos, vem sendo alvo de denúncia na Justiça Federal sob a acusação de causar danos ambientais, à atmosfera, impactar a fauna silvestre e levar prejuízos à saúde pública.

A Agropecuária Jayoro Ltda, que fornece matéria-prima para a empresa Recofarma Indústria do Amazonas Ltda, subsidiária da multinacional Coca-Cola, foi denunciada há três anos pelo Ministério Público Federal do Amazonas. A direção da empresa nega as acusações. (mais…)

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Água radioativa vaza na Central Nuclear de Fukushima

NÃO RADIOATIVIDADEPor Agência Brasil

Tóquio – A operadora da Central Nuclear de Fukushima, no Japão, informou que 1,8 tonelada de água radioativa vazou por meio de fendas nas barreiras em volta dos tanques de armazenamento do líquido contaminado.

Os vazamentos foram detectados na base das barreiras que fecham a zona dos tanques de armazenamento, explicou a Tokyo Electric Power (Tepco) em comunicado. A Tepco informou que a água contaminada que vazou de uma das zonas afetadas não atingiu o mar. A empresa investiga todos os vazamentos das zonas de contenção para apurar se a água radioativa chegou ao Oceano Pacífico.

As barreiras em volta das 23 zonas destinadas ao armazenamento têm 30 centímetros de altura e foram construídas para evitar que a água saia dos tanques, como ocorreu no verão passado, quando uma das áreas de contenção vazou cerca de 300 toneladas de água altamente radioativa. (mais…)

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Eram os Acreanos Astronautas?

Por Eduardo Góes Neves do Amazônia Real

Quem tem mais de quarenta anos deve se lembrar do nome de Erich von Däniken, que publicou, no final da década de sessenta, o livro “Eram os Deuses Astronautas?”.

Nessa obra, von Däniken defendeu a ideia de que algumas das estruturas monumentais construídas na antiguidade teriam sido obras de extraterrestres. O fatos de algumas essas estruturas – como as linhas de Nasca, no litoral do Peru, as pirâmides egípcias e os Moais da ilha de Páscoa – terem sido construídas fora da Europa, por indivíduos fisicamente parecidos com atuais polinésios, ameríndios ou habitantes do norte da África, devem ter servido de combustível para a imaginação delirante de von Däniken.

Para muita gente é mesmo difícil conceber que estruturas tão sofisticadas tenham sido produto do engenho e arte de povos que não tenham parentesco biológico com os europeus e seus descendentes que, a partir do século XV DC, se espalharam pelo planeta. É mais fácil, nessa concepção, apelar para extraterrestres que conceder que povos não-europeus tivessem alguma capacidade intelectual qualquer. Parece piada, mas é sério!

Quando digo que sou arqueólogo, a pergunta mais comum que ouço é: “mas tem alguma coisa para um arqueólogo pesquisar no Brasil?”. O que reflete, por um lado, a dificuldade que têm os arqueólogos em divulgar o que fazem e, por outro, a noção de que não há mesmo nada para ser estudado por um arqueólogo que trabalhe no Brasil. (mais…)

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Balanço dos conflitos agrários no Estado do Maranhão em 2013

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O processo de modernização da agricultura brasileira – conservador, parcial, excludente e ecologicamente insustentável – acelerou a exclusão social e a degradação ambiental no campo maranhense. Este processo é caracterizado pela apropriação fraudulenta da terra, êxodo rural e violentos conflitos sociais no campo. A reprimarização da economia, que privilegia a produção de commodities agrícolas e minerais para o mercado externo tem consequências mortais para o campesinato maranhense, que se materializam no aumento exponencial da violência (assassinatos, ameaças de morte, despejos forçados), êxodo rural, desemprego e trabalho escravo.

Por Diogo Cabral da Comissão Pastoral da Terra

Em 2013, o Maranhão se manteve na dianteira nacional em conflitos agrários. O quadro deste drama social pode ser representado pelos 3 assassinatos, ocorridos no P.A Capoema (Bom Jesus das Selvas), P.A Sit ( Santa Luzia) e P.A Santa Maria II ( Satubinha), o crescente número de ameaçados de morte, incluindo vários dirigentes sindicais, prisão ilegal de trabalhador rural, na comunidade Livramento (Codó), forte atuação de milícias armadas em Santa Maria dos Moreiras (Codó), Cipó Cortado (João Lisboa), Arame e Campo do Bandeira (Alto Alegre do Maranhão), Tiúba (Chapadinha) e de pistoleiros, em Baturité (Chapadinha), Vergel (Codó), Quilombo São Pedro (São Luís Gonzaga), Quilombos Salgado e Pontes (Pirapemas), Vilela (Junco do Maranhão).  (mais…)

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Violência cresce no Rio em 2013

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Por Vitor Abdala, Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O número de baleados atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado do Rio de Janeiro cresceu 27% nos dez primeiros meses de 2013, na comparação com o mesmo período de 2012. Segundo dados do Ministério da Saúde, de janeiro a outubro de 2013, foram feitas 1.131 internações de pessoas baleadas no estado, 242 a mais do que no mesmo período de 2012 (889 internações).

Esse é o número mais alto desde 2007, primeiro ano do governo de Sérgio Cabral, quando foram feitas 1.465 internações entre janeiro e outubro. De 2008 a 2012, as internações oscilaram entre 757 (em 2008) e 933 (em 2010).

O aumento da procura por hospitais devido a ferimentos causados por armas de fogo é apenas um dos indicadores que ilustram o crescimento da violência no estado do Rio neste ano. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), o estado voltou a registrar aumento do número de homicídios em 2013, depois de três anos de queda nos assassinatos. (mais…)

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Os novos ‘vândalos’ do Brasil, por Eliane Brum [“Divertir-se na cidade é um ato de insubordinação para jovens pobres e negros?”]

Jovens no chão presos por estarem no shopping em Vitória
Jovens no chão presos por estarem num shopping em Vitória

O rolezinho, a novidade deste Natal, mostra que, quando a juventude pobre e negra das periferias de São Paulo ocupa os shoppings anunciando que quer fazer parte da festa do consumo, a resposta é a de sempre: criminalização. Mas o que estes jovens estão, de fato, “roubando” da classe média brasileira?

Por Eliane Brum, em El Pais

O Natal de 2013 ficará marcado como aquele em que o Brasil tratou garotos pobres, a maioria deles negros, como bandidos, por terem ousado se divertir nos shoppings onde a classe média faz as compras de fim de ano. Pelas redes sociais, centenas, às vezes milhares de jovens, combinavam o que chamam de “rolezinho”, em shopping próximos de suas comunidades, para “zoar, dar uns beijos, rolar umas paqueras” ou “tumultuar, pegar geral, se divertir, sem roubos”. No sábado, 14, dezenas entraram no Shopping Internacional de Guarulhos, cantando refrões de funk da ostentação. Não roubaram não destruíram, não portavam drogas, mas, mesmo assim, 23 deles foram levados até a delegacia, sem que nada justificasse a detenção.

Neste domingo, 22, no Shopping Interlagos, garotos foram revistados na chegada por um forte esquema policial: segundo a imprensa, uma base móvel e quatro camburões para a revista, outras quatro unidades da Polícia Militar, uma do GOE (Grupo de Operações Especiais) e cinco carros de segurança particular para montar guarda. Vários jovens foram “convidados” a se retirar do prédio, por exibirem uma aparência de funkeiros, como dois irmãos que empurravam o pai, amputado, numa cadeira de rodas. De novo, nenhum furto foi registrado. No sábado, 21, a polícia, chamada pela administração do Shopping Campo Limpo, não constatou nenhum “tumulto”, mas viaturas da Força Tática e motos da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) permaneceram no estacionamento para inibir o rolezinho e policiais entraram no shopping com armas de balas de borracha e bombas de gás.

Se não há crime, por que a juventude pobre e negra das periferias da Grande São Paulo está sendo criminalizada? (mais…)

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