Entidades fazem reunião com representante da ONU sobre prisões arbitrárias em protestos

Crédito: UNIC Rio/Felipe Siston
Crédito: UNIC Rio/Felipe Siston

Justiça Global – Organizações que atuam na defesa dos direitos humanos no Brasil, como DDH, Justiça Global, Anistia Internacional, OAB, Faculdade Nacional de Direito da UFRJ e Centro de Assessoria Jurídica Popular Mariana Criola estiveram reunidas na manhã desta segunda (21) com o representante regional para a América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos (ACNUDH), Amerigo Incalcaterra. O convite foi feito pelo Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).

O objetivo foi reunir informações sobre o contexto das manifestações, em particular no que diz respeito às violações dos direitos humanos, de modo a contextualizar os acontecimentos ao escritório de direitos humanos. O escritório do ACNUDH, sediado no Chile, possui entre os países de abrangência o Brasil e está acompanhando a situação por meio de relatos da imprensa e de parceiros. A Justiça Global entregou o relatório com denúncia de abusos policiais nas manifestações, que já havia sido entregue à ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, além de um informe enviado para as relatorias da ONU e OEA.

“Esse encontro demonstra a preocupação da ONU diante do recrudescimento da violência policial que vem ocorrendo nas manifestações no Brasil, em especial no Rio de Janeiro”, disse Alice de Marchi, pesquisadora da Justiça Global. “A detenção arbitrária de mais de 200 pessoas na manifestação do dia 15 de outubro foram tratados no encontro com o alto comissariado da ONU. Há uma preocupação especial com os cinco manifestantes que permanecem presos e esperamos que o Judiciário tome a sensata decisão de conceder a liberdade para estas pessoas o quanto antes”, completou.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Rodrigo de Medeiros Silva.

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.