Combate Racismo Ambiental – Há exatamente cinco dias, publicamos a matéria 12 de outubro de 2013: infeliz Dia das Crianças para as comunidades quilombolas de Maragogipe, Bahia, que nos foi enviada com um Manifesto assinado pelo Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais e pelo Conselho Quilombola de Maragogipe. Hoje o texto recebeu um comentário da ASCOM/CEEP do Vale do Paraguaçu, logo seguido de uma solicitação para que ele fosse publicado como “direito de resposta”. Sem problemas, aí vai a resposta postada por Alan Prazeres, que também pode ser vista como comentário no final da matéria original, acima linkada:
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“Em resposta a matéria ’12 de Outubro: Infeliz Dia das Crianças para as comunidades quilombolas de Maragogipe’ seguem os devidos esclarecimentos:
O Centro Estadual de Educação Profissional do Vale do Paraguaçu iniciou no mês de setembro as obras de reforma e ampliação de todo o prédio escolar. Não houve nem haverá expulsão de estudantes da Unidade. As aulas dos estudantes do ensino médio continuam normalmente, sem interrupção, pois apenas o 1º andar está passando por intervenções na rede física, apenas os alunos do fundamental I e II, que fazem parte da Escola Municipal Getúlio Vargas, que, por decisão da equipe gestora vem interrompendo suas aulas, com bastante frequência, porém não faz quatro semanas sem aulas, como descreve a matéria.
A criação do CEEP do Vale do Paraguaçu, em 2010, veio para atender toda uma região e suas vocações, não necessariamente a uma instituição. Entre os cursos que ofertamos, temos o Técnico em Agropecuária, Turismo e Segurança do Trabalho, que contemplam nosso município e parte do Território do Recôncavo, nas suas áreas de atuação socioeconômica. Além das turmas de nível técnico, ofertamos também cursos de curta duração do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego – PRONATEC, com seis turmas funcionando.
Em reunião realizada na própria escola, com a presença dos pais, professores, equipe gestora das duas Unidades e a secretária de Educação de Maragogipe, ficou decidido que a Escola Municipal Getúlio Vargas, estaria buscando um imóvel para alugar enquanto resolveria o local definitivo para o funcionamento. Nessa questão a secretaria Estadual de Educação, tem todo o interesse em buscar a melhor solução para os estudantes das comunidades quilombolas. Entre as possíveis soluções, estão: A cessão de um terreno do Estado, próximo ao CEEP, em área quilombola, para a construção de uma nova escola, que, segundo a Prefeitura já há recurso do MEC/FNDE para a construção; e a permanência dos alunos do fundamental II, que corresponde mais de 50% do total de alunos da Escola Getúlio Vargas, mais os alunos da Educação de Jovens e Adultos sob a própria gestão do Estado.
Dessa forma, reafirmamos nosso compromisso com a Educação de Qualidade e Para Todos, e mais uma vez reiterar que, não há por parte da equipe gestora do CEEP do Vale do Paraguaçu nem da secretaria de Educação do Estado da Bahia, nenhuma solicitação de retirada dos alunos do prédio escolar. Ficamos a disposição para dirimir quaisquer dúvidas acerca do assunto.
ASCOM/ CEEP do Vale do Paraguaçu”