Episódio ocorreu em 20 de novembro de 2004, em Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha. Cinco sem-terra foram brutalmente assassinados e outras 12 pessoas ficaram feridas no acampamento Terra Prometida.
Leonardo Ferreira, de São Paulo, da Radioagência NP
Quase nove anos depois, começa nesta quinta-feira (10), o julgamento do fazendeiro Adriano Chafik , réu confesso e mandante do Massacre de Felisburgo. Em 2004, cinco sem-terras foram brutalmente assassinados e outras 12 pessoas ficaram feridas no acampamento Terra Prometida, na cidade mineira de Felisburgo.
Além de participar diretamente da ação, Chafik contratou 16 pistoleiros para atacar as 230 famílias do acampamento Terra Prometida, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). As famílias pediam a desapropriação da fazenda Nova Alegria.
Outros três réus também serão julgados, acusados de serem contratados como jagunços: Francisco de Assis Rodrigues, Milton Francisco de Souza e Washington Agostinho da Silva.
No ataque, que vitimou cinco trabalhadores rurais e mais 12 pessoas ficaram feridas, os pistoleiros ainda atearam fogo em barracos e plantações.
Nas últimas três vezes, Chafik se utilizou de manobras para evitar sua condenação e adiar a apreciação do julgamento.
Famílias que moram no acampamento Nova Alegria vivem sob ameaças e foram incluídas no Programa Nacional de Proteção de Defensores de Direitos Humanos.
Para o MST, “finalmente será possível ter um resultado em favor dos trabalhadores, uma vez que Chafik estará submetido ao júri popular”.