O Conselho Federal da OAB encaminha nesta quarta-feira, dia 2, ao governo do Rio moção de repúdio pela violência praticada nos últimos dias pela Polícia Militar contra os professores do estado que estão em greve em razão dos baixos salários pagos à categoria. A proposta da moção foi apresentada pelo presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da entidade, Wadih Damous, e aprovada de forma unânime pelos demais conselheiros federais, que estiveram reunidos em Brasília em sessão na terça-feira, dia 1º.
Ao justificar a proposta de nota de repúdio, Wadih afirma que a violência policial no estado ultrapassou todos os limites: “O uso da força está sendo praticado de forma desmedida e desproporcional e os nossos professores, que já são tão sofridos, não merecem apanhar em praça pública só porque reivindicam melhores condições de trabalho”.
Wadih sublinha que até os advogados, no exercício profissional, têm apanhado dos policiais, atingindo as prerrogativas profissionais da categoria. “O diálogo ainda é a melhor solução. Os policiais não são jagunços. O papel da polícia é proteger a sociedade”, concluiu o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB.
O presidente da Seccional, Felipe Santa Cruz, cita o caso de um estagiário de Direito agredido na noite de sábado na Cinelândia, quando policiais fizeram uma forte ofensiva para obrigar a retirada dos professores que ocupavam a parte interna da Câmara. O estudante teve um dedo quebrado, cortes e hematomas.
“A OAB/RJ se solidariza com o estagiário agredido por policiais militares e informa que, não só está à sua disposição, como pretende agir institucionalmente no caso. A Ordem não abre mão da defesa da democracia e do estado de direito que têm na atuação dos advogados e seus estagiários um dos mais importantes fundamentos”, diz Felipe.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por Rodrigo de Medeiros Silva.