Representantes de diversos movimentos sociais participaram nesta sexta-feira (30) da coletiva de imprensa da 19ª edição do Grito dos Excluídos, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Sul I, em São Paulo (SP), onde falaram sobre as temáticas que serão destaques nas mobilizações deste ano.
Além do lema central “Juventude que ousa lutar constrói o projeto popular”, as manifestações do Grito dos Excluídos, que ocorrerão principalmente no dia 7 de setembro (Dia da Independência do Brasil), também pedirão a democratização dos meios de comunicação, o fim do extermínio da juventude nas ruas, a construção de um projeto popular do Brasil, melhorias nos serviços de saúde e educação, entre outras demandas.
“O lema da juventude veio bem a calhar neste ano pela discussão da Jornada Mundial da Juventude, pela exclusão social de jovens e das manifestações populares que aconteceram em junho e foram protagonizadas principalmente pela juventude”, disse a assessora de imprensa do Grito, Alexania Rossato.
De acordo com ela, participaram da coletiva representantes da 26ª Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras, ato que acontece na cidade de Aparecida (SP) em paralelo aos protestos do Grito dos Excluídos; do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que realizará seu encontro nacional na próxima semana e engloba pessoas que são excluídas das políticas do Estado ao serem impactadas por construções de barragens; da Pastoral Carcerária, que levantou a questão da violência contra os jovens e relembrou os massacres ocorridos em presídios e cidades brasileiras; do Movimento Nacional dos Moradores de Rua e outros.
Caracterizado por ser uma ação coletiva planejada por organizações, movimentos e pastorais sociais há 19 anos, o Grito dos Excluídos “não é um evento só do [dia] 7 de setembro, mas sim um processo construído durante o ano todo”, explicou Alexania.
Segundo ela, as manifestações organizadas do Grito acontecerão em quase todas as capitais brasileiras e a previsão é de serem realizadas mais de mil ações em várias cidades do país, para levar às ruas as demandas de diversos setores excluídos pelo governo.
“O Gritos dos Excluídos é um grande momento para a população brasileira sair às ruas e protestar, fazer suas demandas. Não só a juventude, mas pessoas de qualquer idade. Queremos animar as pessoas a participarem e darem seu grito também”, enfatizou.