ONG promove no Rio manifestação contra morte de mãe e filha em confronto da PM com traficantes

Douglas Corrêa* – Agência Brasil

Rio de Janeiro – A organização não governamental (ONG) Rio de Paz, promove, hoje (17), uma manifestação na Favela Obrigado Meu Deus, em Costa Barros, subúrbio do Rio, onde nesta semana mãe e filha teriam sido mortas por um único tiro de fuzil durante operação policial do 41º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento na área.

A morte de Maria de Fátima de Jesus, de 52 anos, e de sua filha, Alexandra de Jesus, 24 anos, ocorreu quando a PM realizava uma operação contra o tráfico de drogas na comunidade. Segundo moradores, um bandido ligado ao tráfico na favela correu quando policiais à paisana teriam atirado na direção dele e atingiram mãe e filha. Alexandra estava com a filha de dois anos no colo. A criança não foi atingida. Em nota, a Polícia Militar confirmou que policiais à paisana do serviço reservado do batalhão (P-2), participaram da ação na comunidade.

A ONG, que luta contra a redução dos índices de homicídios no estado e está acostumada a fazer manifestações, na maioria das vezes, na Praia de Copacabana, mobiliza seus simpatizantes neste sábado “para dar voz a quem não tem”, disse o coordenador do Rio de Paz, Antonio Carlos Costa. (mais…)

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A mobilidade urbana não pode esperar mais

IHU On-Line – “Os recursos para investimentos em mobilidade urbana mínguam, em lugar de crescerem. Obras que estavam previstas para até 2014, na Copa do Mundo, foram retiradas da lista das prioritárias”, escreve Washington Novaes, jornalista, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo. Segundo Novaes, “a necessidade de políticas mais abrangentes fica à mostra quando se veem números sobre grandes cidades brasileiras e sua influência no planejamento urbano – em geral, problemática”. Eis o artigo

Serão extremamente úteis para o País, qualquer que seja o desfecho, as conclusões do atual debate que se trava em toda parte sobre mobilidade urbana, a partir das recentes manifestações de rua, assim como da criação de faixas exclusivas para ônibus na cidade de São Paulo. A discussão adequada do problema, a adoção de políticas principalmente nas regiões metropolitanas, poderá talvez evitar ou reduzir custos imensos e hoje progressivos.

Um dos estudos recentes, do professor André Franco Montoro Filho, da USP, ex-secretário de Planejamento de São Paulo e ex-presidente do BNDES, afirma que o valor monetário de 12,5% da jornada de trabalho perdidos com uma hora nos congestionamentos de trânsito (além de uma hora, que seria “normal”) chega a R$ 62,5 bilhões anuais. E cada trabalhador, assim como cada condutor de veículos particulares, pagaria por esse “pedágio invisível” R$ 20 por dia (Folha de S.Paulo, 4/8). Não surpreende, assim, que a questão da mobilidade tenha ocupado a segunda posição no total de reivindicações nas 35 audiências públicas para discussão do plano de metas da atual administração da cidade de São Paulo (Estado, 27/6) – uma exigência da Lei Orgânica do Município. (mais…)

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‘Ficar na rua, desmilitarizar a PM e Tarifa Zero são os três pontos fundamentais’

image004Valéria Nader e Gabriel Brito – Correio da Cidadania

Após praticamente dois meses sem convocar manifestações, período no qual se dedicou a reflexões e trabalhos de base nas periferias de São Paulo, o Movimento pelo Passe Livre (MPL) voltou às ruas neste dia 14 de agosto. A pauta foi o reforço de suas reivindicações no transporte coletivo e também o impulso do “Fora Alckmin”, que após a explosão do escândalo do propinoduto tucano nas licitações do metrô ganha força.

Diante disso, o Correio da Cidadania entrevistou João Victor Pavesi, ativista político presente nas jornadas do movimento, que avalia muito positivamente o mais recente ato e acredita na necessidade de se manterem os três pontos que intitulam a matéria na ordem do dia, constantemente. (mais…)

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Auditores reclamam de interferência política em Rondônia

Construção de Jirau é uma das principais do PAC. Foto: Divulgação
Construção de Jirau é uma das principais do PAC. Foto: Divulgação

Após ação em canteiro de obras de Jirau, fiscal recebeu telefonema de assessor do Ministro do Trabalho, e superintendente suspendeu poder da categoria para embargar obras

Por Daniel Santini – Repórter Brasil

Por meio de uma carta aberta encaminhada pela Delegacia Sindical do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Rondônia (SRTE/RO) reclamam de interferência política nas ações no Estado, e denunciam que, após embargo de um canteiro de obras da Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, a categoria passou a sofrer constrangimentos e restrições. Entre as denúncias, está a suposta tentativa de interferência no embargo de Jirau por parte de Ruy Parra Motta, ex-superintendente local e hoje assessor do ministro do Trabalho e Emprego Manoel Dias. “Após o encerramento da diligência, o auditor foi contatado pelo assessor do ministro, Sr. Ruy Parra Motta, em mais uma tentativa de abalar e demover o agente de cumprir o seu papel”, diz o documento. (mais…)

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Imediatamente

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“Seria inútil interrogar as câmeras, pois não registraram nada. Por qual beco Amarildo desceu? Encontrou alguém no caminho? Estava pálido?”

Crônica de Priscila Figueiredo – Outras Palavras

Diziam que Amarildo podia carregar dois sacos de cimento nas costas. Diziam, não, ainda dizem; e ele decerto ainda carrega dobrado, já que deve continuar por aí (quem sabe não toparemos com ele em breve, perto do feriado de Nossa Senhora Aparecida?). Todos aqueles que transportam um saco de cimento por vez podem imaginar o que seja levar dois. São muitos, muitíssimos, e estão em condições de compreender, diferentemente de nós, que Amarildo, ou Boi, cometia uma façanha. Cometia, não – comete.

Mas no domingo suas costas estavam livres de carga, não sabemos como vinham, talvez um pouco arqueadas, mas estavam nuas, devia fazer calor, e ele chegava da pescaria habitual nas rochas de São Conrado. Confundiram-no com um traficante do Comando Vermelho – por azar soldados dessa facção estavam, ou ainda estão, em frente a sua casa, próxima a uma boca de fumo. Depois o conduziram à sede da UPP, na cabeça da favela. Diz o comandante da unidade que logo viram o equívoco quando o compararam com a foto do homem procurado e então o despacharam. Justamente naquele dia as duas câmeras na saída do posto estavam queimadas. (mais…)

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Hidrelétricas no Tapajós – Nota de repúdio à truculência na reunião com os Munduruku em Jacareacanga

Foto: Telma Monteiro
Foto: Telma Monteiro

Em Telma Monteiro

Nota de Repúdio

Nós, organizações da sociedade civil, movimentos sociais, observadores independentes, que fomos convidados  para reunião da Associação Pusuru dos indígenas Munduruku, realizada ao dia três de agosto de 2013, no ginásio poliesportivo da cidade de Jacareacanga,  sudoeste do Estado do Pará, vimos a público relatar alguns acontecimentos que nos deixaram apreensivos e preocupados com a forma como o poder público municipal vem tratando a população indígena (para informações divulgadas no dia do evento, ver aqui). (mais…)

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Índios yanomami divulgam documento para lembrar os 20 anos de massacre causado por garimpeiros brasileiros

Índios yanomami se preparam para reunião que aconteceu no mês passado, em aldeia no Estado de Roraima. Foto: Hutukara Associação Yanomami.
Índios yanomami se preparam para reunião que aconteceu no mês passado, em aldeia no Estado de Roraima. Foto: Hutukara Associação Yanomami.

Elaíze Farias – A Hutukara Associação Yanomami (HAY) divulgou nesta sexta-feira (16)  um comunicado que lembra os 20 anos do massacre de indígenas ocorrido em uma aldeia localizada na fronteira do Brasil com a Venezuela. A nota foi elaborada nesta quinta-feira (15) pela Coordinadora de Organizaciones Indígenas de Amazonas (Coiam) e pela Horonami Organización Yanomami. A HAY é a principal organização representativa dos indígenas yanomami que vivem no território brasileiro. (mais…)

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Interrogatórios sob tortura ainda são práticas recorrentes no país, diz pesquisadora

Elaine Patricia Cruz* – Agência Brasil

São Paulo – A Comissão da Verdade da Assembleia Legislativa de São Paulo ouviu ontem (16) a pesquisadora Mariana Joffily, professora de história da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Ela falou sobre a criação e o funcionamento da Operação Bandeirante (Oban) em São Paulo. A Oban deu origem ao Destacamento de Operações de Informações (DOI), órgão da repressão instalado pela ditadura militar em várias cidades do país.

Em sua apresentação à Comissão da Verdade, a pesquisadora disse que a tortura, muito utilizada durante a ditadura nos interrogatórios de presos políticos, tanto na Oban como no DOI, é ainda uma prática recorrente nos dias de hoje. Para Mariana, a sociedade brasileira tem uma relação bastante “curiosa” com a tortura. “É uma relação curiosa porque ao mesmo que não se tem um discurso positivo que valide ou defenda a tortura como um método de investigação, tem uma prática muito clara, corrente e sistemática no uso da tortura para obtenção de informações e como instrumento de poder ainda hoje [usado] na sociedade democrática”, disse.

Durante a pesquisa que fez para escrever o livro No Centro da Engrenagem. Os Interrogatórios na Operação Bandeirante e no DOI de São Paulo (1969-1975), que será lançado hoje (17), em São Paulo, consultando os arquivos do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) e do projeto Brasil: Nunca Mais, a professora disse ter encontrado documentos que possibilitaram estimar que cerca de 1,5 mil pessoas foram interrogadas tanto na Oban como no DOI. (mais…)

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