Day: 5 de agosto de 2013
Perú: Crece consenso en torno a jornada de protesta en rechazo a Conga el 29 de agosto
Servindi – El Frente Único de Defensa de los Intereses del Pueblo (FUDIP) de la provincia cajamarquina de Chota confirmó su participación a la jornada de protesta en contra del proyecto Conga y las empresas mineras que atentan contra las cabeceras de la cuenca, programada para el jueves 29 de agosto.
Otras grupos que han confirmado su participación a la jornada de lucha son los frentes de de defensa, rondas campesinas y otras organizaciones de las provincias de Hualgayoc, San Miguel, Cajamarca, Santa Cruz, y otras de la región.
Miguel Delgado Saldaña, presidente del FUDIP Chota, anunció que la participación de esta organización será concretamente en el centro poblado El Empalme para apoyar a los comuneros del distrito de Chugur, en la provincia de Hualgayoc. (mais…)
Fundação Cultural Palmares certifica mais 85 comunidades quilombolas
Certificação emitida pela FCP possibilita aos quilombolas novas possibilidades para a garantia de direitos
Denise Porfírio, Fundação Cultural Palmares
O país tem mais 85 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Cultural Palmares, localizadas nos estados do Maranhão, Ceará, Bahia, Pará e Piauí, de acordo com a portaria publicada no dia 30/07, no Diário Oficial da União. A FCP agora soma 2.272 comunidades quilombolas brasileiras reconhecidas.
Para o presidente da Fundação Palmares, Hilton Cobra, a certificação reforça o sentimento de pertencimento dos quilombolas. “É um passo importante para manutenção das manifestações culturais dentro das comunidades, assim como para garantia de direitos básicos para as mulheres e homens quilombolas”, pontua.
Reconhecimento – Antiga zona de engenho do recôncavo baiano, localizado a três quilômetros de Lauro de Freitas/BA, a comunidade Quingoma possui aproximadamente 3.500 moradores. A presidente da associação, Rejane Rodrigues, acredita que o documento possibilitará a preservação da ancestralidade e das tradições culturais e religiosas da comunidade. “Meus avós já estavam aqui há mais de 100 anos. Agora teremos mais liberdade para caminhar com as próprias pernas”, comemora. (mais…)
RJ – Família quer que Justiça reconheça morte de Amarildo de Souza
Vitor Abdala, Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A família do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza vai pedir hoje (5) à Justiça o reconhecimento da morte presumida do morador da Rocinha, desaparecido há mais de 20 dias. Segundo o advogado que representa a família, João Tancredo, o reconhecimento da Justiça poderá permitir a emissão da certidão de óbito.
Com a certidão, será possível pedir uma pensão à Previdência Social e entrar com uma ação indenizatória contra o Estado. João Tancredo explica que, normalmente, a morte só é reconhecida cinco anos após o desaparecimento. Mas, em situações especiais, o reconhecimento da morte pode ser antecipado.
“No caso do Amarildo, a família [o] viu sendo algemado e levado para dentro do carro da polícia. A polícia [o] leva para dentro da UPP [Unidade de Polícia Pacificadora], de onde não sai mais. Então temos a presunção de que ele está morto”, disse Tancredo.
Caso haja o reconhecimento da Justiça, o próximo passo, segundo o advogado da família, é entrar com uma ação pedindo uma indenização, no valor de um salário mínimo mensal, e mais danos morais, a ser paga pelo governo do estado.
O reconhecimento da morte presumida pela Justiça também ajuda, segundo o advogado, o Ministério Público a entrar com denúncia criminal por homicídio.
Edição: José Romildo
MS – Dourados sedia evento sobre saúde indígena nesta semana
Lúcio Borges, em A Crítica de Campo Grande
Mato Grosso do Sul volta a ser destaque nacional em relação às questões indígenas. O assunto principal será a busca de soluções e melhorias para a saúde mental da população indígena brasileira, bem como questões ligadas aos Direitos Humanos.
“É uma honra poder realizar um evento de tamanha envergadura, porém, é também, nossa obrigação visto que Mato Grosso do Sul possui a segunda maior população indígena e a região com maior densidade demográfica de índios do País. Por isso, acreditamos que trazer o evento para o nosso Estado é mostrar ao Brasil que esse povo tem voz e direitos. Por isso fizemos uma aliança nacional com diversas instituições e lideranças indígenas acreditando na sinergia para que possamos contribuir com resultados efetivos para a melhoria da qualidade de vida desse povo”, comenta o presidente do CRP14/MS, Carlos Afonso Marcondes Medeiros. (mais…)
“Retrato das desigualdades de gênero e raça”: Minisite traz indicadores de gênero e raça
O minisite Retrato das desigualdades de gênero e raça apresenta estatísticas descritivas e permite um retrato atual da situação de brasileiros e brasileiras sob a perspectiva das desigualdades de gênero e raça em nosso país. Também pode-se acessar um histórico que traz os principais avanços e continuidades dessas assimetrias ao longo de quase duas décadas.
O Retrato traz dados para os anos de 1995 a 2009 em doze blocos temáticos. São eles: População; Chefia de Família; Educação; Saúde; Previdência e Assistência Social; Mercado de trabalho; Trabalho Doméstico Remunerado; Habitação e Saneamento; Acesso a Bens Duráveis e Exclusão Digital; Pobreza, Distribuição e Desigualdade de Renda; Uso do Tempo; e Vitimização.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por Helen Santa Rosa.
Onde está Amarildo?
O fato de o ajudante de pedreiro ser visto como “boi” pode ter ajudado a fazer do seu desaparecimento um protesto
Eliane Brum, Revista Época
Os conhecidos chamavam Amarildo de “boi”. Porque fazia a proeza de carregar dois sacos de cimento nas costas, apesar de magro e quase baixo, em seu pouco mais de 1,70 metro de altura. Porque era também quem carregava os doentes nas costas, tirando-os de dentro da favela e vencendo as escadarias da Rocinha. De todas as descrições de Amarildo, é a do boi a mais marcante, a infinitamente repetida. É como boi que o enxergavam. Boi, não touro. E esta, talvez, seja parte da tragédia. A que começou muito antes do derradeiro crime.
Passei quase duas semanas sem acesso à internet, telefone ou qualquer notícia, numa viagem de trabalho. Não vi o Papa. Quando voltei, descobri que precisava saber onde estava Amarildo. Que, para muitos, o Papa não tinha sido o acontecimento mais importante, o sumiço de Amarildo, sim. A grande notícia era que Amarildo tinha se tornado notícia, num país em que o desaparecimento dos pobres costuma não ganhar nem nota de pé de página, apenas silêncio e impunidade. Que Amarildo tenha sumido é terrível. Que seu sumiço tenha virado faixa e slogan nos protestos, hashtag no Twitter e notícia na imprensa sinaliza – talvez – o começo de uma mudança.
Amarildo de Souza, 43 anos, foi levado para a sede da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha, favela da zona sul do Rio de Janeiro, na noite de domingo, 14 de julho. “Para averiguação”, como a polícia costuma dizer quando carrega com ela algum pobre, como se fosse uma justificativa aceitável. Amarildo acabara de voltar de uma pescaria quando quatro policiais o abordaram, supostamente confundindo-o com um traficante, embora testemunhas digam que pelo menos um deles o conhecia muito bem. Nos dias 13 e 14 de julho, a “Operação Paz Armada” – e aqui o nome não é apenas uma ironia, mas também uma violência – colocou 300 policiais na Rocinha e prendeu dezenas de pessoas. (mais…)
MG – Sem acordo, ocupação segue
Mãe de criação de Amarildo rompe o silêncio e critica a polícia
Jornal A Nova Democracia – No domingo, dia 14 de julho, o operário da construção civil, Amarildo de Souza, conhecido como “Boi”, de 43 anos, morador do morro da Rocinha no Rio de Janeiro, desapareceu depois de ser detido por PMs da Unidade de Polícia Pacificadora, a UPP. Enquanto as autoridades tentam explicar o desaparecimento de um trabalhador sob custódia do Estado, a mãe de criação de Amarildo, dona Jurema, quebrou o silêncio e pela primeira vez falou para as câmeras. Sem que filmássemos seu rosto, ela concordou em falar e não poupou palavras.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.
Mesmo com o caminhão-pipa, falta água em várias cidades do Norte de Minas
Alessandra Mendes e Gabriela Sales – Hoje em Dia
“Sempre que a situação aperta existe promessa, mas nada muda. Estou cansada e velha. Não aguento mais carregar lata d’água na cabeça”. Aos 67 anos, 50 deles vividos no sertão mineiro, a produtora rural Anita Luíza de Araújo se prepara para mais um período de seca, que promete ser um dos mais rigorosos dos últimos anos. (mais…)