Ex-trabalhadores da Shell e Basf fazem assembleia para avaliar acordo feito no TST

Bruno Bocchini, Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Uma assembleia no final da manhã de hoje (8), em Campinas, deverá definir se os ex-trabalhadores de uma indústria de Paulínia (SP) – de propriedade da Shell e posteriormente comprada pela Basf – irão aceitar um acordo com as empresas na tentativa de encerrar uma disputa judicial de 11 anos.

A antiga fábrica de Paulínia, produtora de agrotóxicos, ficou em atividade entre 1974 e 2002. Ela contaminou o solo e as águas subterrâneas com produtos químicos como o aldrin, endrin e dieldrin, compostos por substâncias cancerígenas. No total, 1.068 pessoas, entre ex-trabalhadores e seus dependentes, processam as empresas por terem ficado expostas aos componentes.

“Nossa expectativa é bastante otimista. Mas estamos muito otimistas principalmente pelo primeiro item que é a saúde vitalícia, e de qualidade, que foi negociada. Tem grandes possibilidade de ter um aceite nessa proposta”, disse o diretor da Federação Nacional dos Químicos, Arley Medeiros, que participou da negociação como um dos representantes dos trabalhadores. (mais…)

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INSS pede ressarcimento em seis casos de agressão contra a mulher

Carolina Sarres e Carolina Gonçalves, Repórteres da Agência Brasil

Brasília – O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Procuradoria-Geral Federal (PGF) ajuizaram hoje (8) seis ações regressivas de mulheres que sofreram violência doméstica e familiar. Os casos são de Brasília, São Paulo, do Recife, de Itajaí (SC) e Caxias do Sul (RS). Em uma das ações, o INSS pede o ressarcimento de cerca de R$ 22 mil, o que foi pago aos três filhos de uma mulher morta por agressão. Ações regressivas são processos que oneram, posteriormente ao prejuízo e ao pagamento de indenização, algum dano causado a terceiros.

“Todos os casos envolvem crimes gravíssimos – que resultaram em morte, quando normalmente pagamos pensão aos filhos, ou em invalidez permanente da mulher, via de regra, jovens”, informou o procurador-geral do INSS, Alessandro Antônio Stefanutto.

Em agosto de 2012, em comemoração ao aniversário da Lei Maria da Penha, foi estabelecido pelo instituto que autores de agressão contra a mulher poderão ter de ressarcir aos cofres públicos os benefícios pagos pela Previdência às vítimas, como auxílio-doença, pensão por morte ou por invalidez. Nesse período, foram ajuizadas nove ações regressivas. (mais…)

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Mulheres que se destacaram na África são tema de documentário

Fernanda Cruz, Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Em 1999, a Libéria passava pela 2ª Guerra Civil, extremamente cruel, comandada pelo general Charles Taylor. Nesse contexto, a ativista Leymah Gbowee convoca as mulheres liberianas para rezar pela paz, todos os dias, ao meio-dia, na estrada onde Taylor passava de carro a caminho do palácio. O movimento pacifista cresceu, ganhou projeção mundial e foi um dos responsáveis pela solução do conflito no país.

“Considero esse o jeito mais poderoso de lutar. E o jeito mais poderoso de lutar é, geralmente, como as mulheres lutam. Nós somos poderosas. Porque escolhemos lutar uma luta poderosa”, declara Leymah no documentário Mulheres Africanas – A Rede Invisível, filme que estreia hoje (8), Dia Internacional da Mulher, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Curitiba, Porto Alegre e Brasília.

Além do reconhecimento mundial, a forma de luta de Leymah rendeu-lhe um Prêmio Nobel da Paz em 2011, por defender a segurança e os direitos das mulheres. No documentário, ela é uma das cinco mulheres que têm papel de destaque na luta em defesa dos direitos humanos. “Pegamos cinco mulheres ícones, em um conjunto de temas que vão sendo entrelaçados com uma objetividade que não é óbvia”, disse o diretor e roteirista Carlos Nascimbeni. (mais…)

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Mulher não tem que ganhar parabéns, mas respeito, diz ministra

Eleonora Menicucci participou de ato sobre luta de mulheres contra ditadura. Ela afirmou que ‘preconceito existe imensamente’ no país

Mariana Oliveira Do G1, em Brasília

A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, afirmou nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, que a mulher não precisa de “parabéns” nesta data, mas sim de “respeito”.

“Eu gostaria de não ter que comemorar o dia da mulher. A mulher que luta, que diz que lugar de mulher não é no tanque e no fogão, ela não precisa ganhar flores e nem parabéns nesse dia, ela tem que ganhar respeito e protagonismo na sociedade brasileira”, disse a ministra.

Ela discursou em evento que marca o julgamento de processos, pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, de mulheres perseguidas durante a ditadura militar. Menicucci foi presa e torturada durante o regime junto com a presidente Dilma Rousseff, de quem a ministra lembrou em sua fala.

“Ser mulher na luta contra a ditadura foi ousadia. Deixamos sonhos da ditadura pendurados em algum lugar para entrarmos na clandestinidade. (…) Acreditávamos que estávamos no caminho certo, esse que me coloca hoje no posto de ministra. Porque temos uma presidenta que teve a mesma trajetória e que seguramente carrega consigo a grandeza da luta pelos direitos humanos”, afirmou. (mais…)

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Indígenas retomam área na fronteira com o Paraguai e são ameaçados por pistoleiros

Com problemas crônicos de segurança alimentar, comunidade ocupa 10 hectares de uma área reinvindicada de 18 mil hectares, onde há quatro fazendas incidindo sobre o território.

Crianças de Kurusu Ambá (Foto: Ruy Sposati/Cimi)

Ruy Sposati, de Dourados (MS), para o Cimi

Cerca de 130 indígenas Guarani Kaiowá retomaram área invadida por fazenda no tekoha – aldeia – Kurusu Ambá, na noite de quinta-feira, 7, no município de Coronel Sapucaia (MS), fronteira com o Paraguai, onde estão armando acampamento. Na manhã de hoje, um grupo de homens armados em duas caminhonetes – identificadas pelos indígenas como de propriedade da fazenda retomada – se aproximou da área, ameaçando a comunidade.

“Nós estamos na beira da mata. Na noite [da retomada] correu tudo bem, mas hoje chegaram pistoleiros”, explica uma liderança da retomada. “Eram umas 15 pessoas com algumas armas. Os carros são de uma fazenda daqui, a gente conhece. Um [dos veículos] chegou uns 100 metros [do acampamento], tinha pessoa na cabine e na caçamba e arma. A gente foi na direção, mas eles foram dando ré, e falaram que iam chamar mais gente pra voltar mais tarde”, denuncia. A Fundação Nacional do Índio (Funai) foi informada, e deverá acionar a Força Nacional e Polícia Federal. Conforme os indígenas, a retomada ocorre em área incluída dentro de acordo judicial como reserva legal, onde a comunidade poderia ocupar e permanecer nas terras. (mais…)

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Mulheres: Conquistas & Dilemas – Luislinda Valois

A série Mulheres: Conquistas e Dilemas entrevista a primeira juíza negra do Brasil e atual desembargadora titular do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Luislinda Valois, uma mulher que personaliza muito bem o que chamamos superação. Negra e de origem humilde, ela contou a Webtv UFBA detalhes de sua carreira, paixão pelo seu ofício e situações de preconceito que sofreu no ambiente de trabalho.  Ela fala ainda da relação da Justiça com temas presentes no universo feminino como aborto e violência.

Compartilhada por Sandra Sagrado.

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Carta de Apoio ao Quilombo de Brejo dos Crioulos, norte de Minas Gerais

FIAN Brasil, juntamente com articulação de apoio a Comunidade de Brejo dos Crioulos, formada por Associação Quilombola de Brejo dos Crioulos, Centro de Agricultura Alternativa Norte de Minas, Rede de Educação Cidadã, Federação Quilombola, Comissão Pastoral da Terra, Cáritas e CEDEFES, e mais de 100 organizações e pessoas solidárias à causa, enviaram a carta à Presidência da República e os juízes responsáveis pelo julgamento dos cinco quilombolas presos injustamente desde de setembro de 2012.

A carta solicita:

– À Presidenta da República, Dilma Rousseff, que garanta que o INCRA cumpra com suas atribuições visando a execução do Decreto Presidencial de 29 de setembro de 2011 pois

– Ao Juiz Federal Wilson Medeiros Pereira e aos Juizes Marcos Antônio Ferreira e Isaias Caldeira Veloso, que garantam a imparcialidade no processo, que todas as partes sejam ouvidas e os culpados sejam punidos, garantindo que os inocentes quilombolas, lutadores, sejam livres.

Abaixo, a íntegra do documento:

A luta dos Quilombolas pelos seus territórios está marcada pelo descaso do Governo Federal, pela violência do latifúndio e a criminalização dos quilombolas. A luta das 512 famílias de Brejo dos Crioulos reflete essa realidade. Lutam há quase 14 anos pela titularização do seu território. Em setembro de 2011 os Quilombolas, depois de acorrentarem-se na frente do Palácio do Planalto, conquistaram a assinatura do decreto de desapropriação pela Presidente Dilma. De lá pra cá pouco avançou. (mais…)

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“Uma vida sem violência é uma vida sem machismo, racismo e homofobia! Fora conservadores e fundamentalistas!”

Sabe como se chama a prática de usar a Bíblia e o nome de Deus pra justificar violências e disseminação de ódio?
F U N D A M E N T A L I S M O!

Sabe como se chama a prática de querer manter as mulheres submissas; manter a pobreza e discriminação da população
negra e indígena; manter a negação dos direitos dos homossexuais; manter o poder do dinheiro e da política nas mãos dos poderosos?
C O N S E R V A D O R I S M O!

Fundamentalismos e Conservadorismos são faces violentas e muitas vezes escondidas de nossa sociedade. A base de suas ideias são o racismo, a homofobia e o machismo. E são as formas mais utilizadas por muitos líderes religiosos para enganar o povo. Pobreza, exclusão, dores e sofrimentos de mulheres, crianças, adolescentes, homossexuais são os resultados dessas ideias e práticas.

O que isso tem a ver com a nossa vida? Veja os exemplos abaixo: (mais…)

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CE – “Na luta por autonomia e igualdade: contra a violência e a exploração machista, racista e lesbofóbica”

Nesse 8 de Março as mulheres organizadas em diferentes movimentos, feministas, sindicais, partidários, estudantis, e outras organizações da sociedade civil no Estado do Ceará, reafirmamos nossas lutas por autonomia e igualdade.

Nossa sociedade é desigual. O capitalismo não pode garantir nossa efetiva liberdade e uma vida sem exploração e violência. Os lucros e o poder das grandes empresas, favorecidas com as políticas desenvolvimentistas dos governos, geram concentração de poder e riqueza, rebaixam salários, principalmente para as mulheres, e flexibilizam os direitos conquistados. Ainda somos a maioria no mercado de trabalho informal e continuamos a carregar a dupla jornada de trabalho. A ausência de políticas públicas que garanta saúde, educação, saneamento e segurança; o número insuficiente de creches públicas e gratuitas são exemplos do descaso dos nossos governantes para com a vida das mulheres, de nossas famílias, bairros e comunidades.

O racismo e as desigualdades raciais que marcam desde sempre a sociedade brasileira, segregam a população negra em áreas precárias, com alto nível de vulnerabilidade e exposição à violência. O extermínio da população jovem negra é emblema disso e impõe às mulheres negras a altíssimos níveis de dor e sofrimento, sendo elas também as maiores usuárias das precárias políticas sociais. As comunidades urbanas, os povos indígenas, quilombolas e populações tradicionais e camponesas, no Estado do Ceará são as zonas de sacrifício das políticas desenvolvimentistas do Governo Cid Gomes, cujos interesses elitistas favorecem as grandes corporações e a iniciativa privada como um todo.  (mais…)

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