“Hollywood: Instrumento para a desumanização de um povo (Reel Bad Arabs)”

Traduzido, legendado, postado no Youtube e enviado por Jair de Souza

Por Jair de Souza

Neste documentário (Reel Bad Arabs: How Hollywood vilifies a people) podemos constatar muitos exemplos cinematográficos da divulgação dos preconceitos raciais eurocêntricos muito bem estudados pelo saudoso e brilhante intelectual Edward Said em seu consagrado livro Orientalismo (Orientalism).

Podemos ver como, através de inúmeras cenas e situações premeditadas por cineastas de Hollywood, os árabes de maneira geral, e os palestinos em particular, são retratados como um povo perverso, ganancioso, inescrupuloso e, ainda por cima, idiota.

Este intenso trabalho ideológico de demonização racial está presente em todos os tipos de filmes produzidos em Hollywood, dos dramas de guerra às comédias, e até mesmo nos supostamente “inocentes” desenhos animados de Walt Disney. (mais…)

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Obra do PAC causa conflito na Amazônia

Aguirre Talento, enviado especial da Folha a Tucuruí (PA)

A construção de uma linha de transmissão de energia de 1.800 km, ligando o sudeste do Pará a Macapá e a Manaus, se tornou um foco de conflito com moradores. Obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o linhão do governo federal passa por unidades de conservação e, segundo moradores, tem provocado desmatamento e poluição. Também atravessa terras de agricultores, que reivindicam indenização justa.

A objetivo da linha de transmissão de R$ 3,4 bilhões é baratear o custo da energia e integrar Amazonas, Amapá e oeste do Pará ao Sistema Interligado Nacional, que coordena a geração pelo país. (mais…)

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“Resposta de Carlos Latuff ao relatório do Centro Simon Wiesenthal que me acusa de ser o ‘3° maior antissemita do mundo'”

“Recebo com tranquilidade a citação de meu nome numa lista dos “10 mais antissemitas” pelo Centro Simon Wiesenthal. A organização, que leva o nome de um célebre caçador de nazistas, sob o argumento da proteção aos direitos humanos e combate ao antissemitismo, promove a agenda da política israelense.

A minha charge que acompanha o relatório mostra o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu tirando proveito eleitoral dos recentes bombardeios a faixa de Gaza (o ataque foi realizado a 2 meses das eleições em Israel). Em novembro desse ano, o rabino Marvin Hiers, fundador do Centro Simon Wiesenthal, me acusou publicamente na Internet de ser “pior que antissemita” por fazer tal crítica através do desenho. (mais…)

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Demarcação de terras indígenas é tema de entrevista no canal do STF no YouTube

O canal oficial do Supremo Tribunal Federal (STF) no YouTube divulga entrevista com o procurador-chefe nacional da Funai (Fundação Nacional do Índio), Flávio Chiarelli, sobre demarcação de terras indígenas.

Conheça os marcos legais e os critérios levados em conta pela Funai nas demarcações dos territórios indígenas. Na entrevista, Chiarelli explica que a Funai objetiva demarcar cerca de 680 áreas distribuídas entre as 220 etnias indígenas existentes no Brasil. Desse total, quase 400 reservas estão com o procedimento de demarcação finalizado.

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“Ao Senhor Ministro Aldo Rebelo: sobre Maraiwatsede”

“Mas por trás da outra corrente parece movimentar-se um ressentimento retroativo que pretende compensar crimes cometidos contra os índios no passado com injustiças contra não índios no presente. Sua última intenção seria negociar um acordo bom para todos. Deixam de ver que nesse tipo de conflito fraticida [sic] que opõe interesses dos brasileiros não pode haver vencedor.” (A. Rebelo)

por Inês Rosa Bueno

Senhor Ministro, acima cito três frases suas de artigo publicado no jornal Correio do Brasil, sobre o processo de desintrusão de Maraiwatsede, no qual atuei como perita do juiz, embora aqueles que o senhor defende nesse artigo, onde demonstra irresponsável desconhecimento dos fatos, me mencionem, entre adjetivos tais como “antapóloga” (ou será substantivo???), como “antropóloga da FUNAI”, entidade de seu governo para a qual jamais trabalhei, fundada em 1967, um ano depois da retirada dos Xavante de Maraiwatsede, pelas Forças Aéreas Brasileiras, a pedido do latifundiário paulista que havia comprado as terras dos índios de um entre tantos governadores corruptos que fundaram o Estado no Mato Grosso. Meu pai foi Secretário da Agricultura de Pedro Pedrossian, nesse ano de 1966, mas em poucos meses, em 1967 retornou para São Paulo com a família, pois ali, naquele momento, não havia nada a fazer, por índios e posseiros destruídos pela ganância selvagem que até hoje domina a política, a economia, e a apropriação de recursos naturais e humanos aquele estado.

E são, sem a menor sombra de dúvida, esses políticos, aliados ao capital internacional, que usurparam as terras dos índios, com argumentos racistas com os quais reuniram poucas dezenas de capangas, para invadir as terras, em 1992, ao saber da conclusão do estudo de identificação e da disposição do presidente da empresa, muito pressionado, em ceder as terras, que jamais poderiam ter adquirido e da qual jamais fizeram outro uso além de desvio de caixa 2. Esses políticos, arquitetados como disse com o governador de estado, reservaram para si, as melhores terras, bem como a sede da Suiá Missu. Ali, segundo dados atualizados do INCRA e IBGE, tudo foi desmatado e destruído ilegalmente em nome do direito de quatrocentos e cinquenta e cinco indivíduos (os quais talvez tenham um décimo do número de filhos que o senhor diz estarem sendo obrigados a deixar a escola), alguns dos quais mantinham até escravos nas novas terras de latifúndio que adicionaram a anteriores pela região, entre eles, um desembargador. Os laudos de perícia fundiária e antropológica sempre afirmaram claramente que ali havia 798 indivíduos. O resto, foram mentiras difundidas com apoio da imprensa e juízes e algumas entidades indigenistas onde também prevalece a corrupção. (mais…)

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“Feliz Natal, Dom Pedro Casaldáliga”

Por Fernando Alves

Lembras-te da Missa dos Quilombos, composta por Milton Nascimento? Lembras-te dos textos de dom Pedro Casaldáliga?

Lembras-te de dom Helder Câmara, faz agora 30 anos, no Recife, celebrando Mariama ( “Mariama, mãe dos homens de todas as raças, de todas as cores, de todos os cantos da terra”…)?

Pedro Casaldáliga, aquele que Paulo Evaristo Arns defendeu contra a ditadura, aquele a quem Paulo VI nomeou bispo de São Felix do Araguaia, no Mato Grosso, tem hoje 84 anos e sofre de Parkinson. Lá em São Felix, continua fiel ao lema que adoptou: “Nada possuir, nada carregar, nada pedir, nada calar e, sobretudo, nada matar”.

Há dias foi obrigado a sair de casa para lugar incerto. Está algures, protegido pela Polícia Federal, porque nos últimos dias subiram de tom as ameaças de morte contra ele. Pensa-se que isso se deva à proximidade da decisão judicial sobre o direito dos índios Xavante às terras de onde querem expulsá-los. (mais…)

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