Uma vitória histórica e única no mundo foi conseguida pela comunidade organizada de Huichapan no estado de Hidalgo, localizado no centro da República Mexicana. Após 6 meses de manifestações pacíficas e ações legais, a empresa Proambiente, uma subsidiária da Cimentos Mexicanos, CEMEX, foi obrigada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos naturais, a encerrar sua atividades industriais.
Esta planta era responsável por receber e processar uma grande parte das 12.000 toneladas de resíduos sólidos gerados diariamente na Cidade do México, para ser queimado como combustível alternativo em fornos da CEMEX, planta em Huichapan.
O envio dos resíduos para fornos de cimento foi uma das principais “soluções” impulsionada por um acordo com a CEMEX e o GDF (Governo do Distrito Federal) para o tratamento de resíduos da Cidade do México após o encerramento do aterro Bordo Poniente (o maior da América Latina), em dezembro de 2011. Estas atividades da CEMEX tem sido fortemente criticadas por seus impactos negativos sobre a saúde humana e o meio ambiente e, das emissões potenciais de metais pesados, dioxinas e furanos, e outros contaminantes.
Os habitantes da cidade de Huichapan, principalmente as comunidades, de Maney, Dongoteay e Zothe ao redor da planta da CEMEX, começaram a sentir os efeitos negativos sobre a saúde e os ecossistemas, quando esta começou a receber lixo vindo do Distrito Federal e a queimar indiscriminadamente. Então os habitantes se organizaram no Movimento dos Cidadãos Unidos para o Meio Ambiente (CUMA), para resistir a esta falsa solução de um problema gerado em outras partes do país e de levantarem suas próprias alternativas para a gestão de resíduos.
A comunidade local tem sido constantemente apoiada pelo biólogo Jorge Tadeo Vargas, da Aliança Global para Alternativas à Incineração (GAIA), e a deputada Estadual Sandra Ordaz Oliver, presidente da Comissão de Saúde do Congresso Estadual, os quais se comprometeram fazer cumprir a proibição da incineração de resíduos sólidos urbanos e resíduos perigosos no estado de Hidalgo e, promover uma lei de lixo zero para o Estado e seus municípios, incluindo opções mais sustentáveis, tais como, redução de resíduos e Separação na Fonte , reutilização, reciclagem e compostagem.
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Enviada por Valéria Nacif para o GT Químicos da RBJA.