Plano Juventude Viva reúne medidas de prevenção à violência e ao preconceito contra jovens negros

132 municípios terão prioridade na execução das ações

Secom

Os homicídios são hoje a principal causa de morte de pessoas entre 15 e 29 anos no Brasil, especialmente entre jovens negros do sexo masculino, moradores das periferias e áreas metropolitanas dos centros urbanos. Em resposta a esse desafio, será lançado nesta quinta-feira (27) a etapa inicial do Plano Juventude Viva, com articulação interministerial e parceria com estados, municípios e a sociedade.

Construído por meio de um processo participativo, o plano reúne medidas de prevenção que visam reduzir a vulnerabilidade dos jovens a situações de violência física. Sob a coordenação da Secretaria-Geral da Presidência da República e apoio da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a ação será iniciada em caráter piloto no estado de Alagoas, que ocupa a primeira posição em taxas totais de homicídios e em taxas de homicídios contra negros no País.

Municípios – O elevado índice de homicídios de jovens negros acontece em todo o País, mas há uma concentração em 132 municípios, que terão prioridade na execução do plano. A proposta, que integra a estratégia do governo prevista no Plano Plurianual 2012/2015, responde a uma decisão da 1ª e 2ª Conferência Nacional de Juventude, realizadas em 2008 e 2011.

Segundo o Ministério da Saúde, 53% dos homicídios registrados no Brasil atingem jovens, dos quais mais de 75% são negros e de baixa escolaridade, sendo a grande maioria do sexo masculino.

Ações se concentram em 4 eixos

Fim da Cultura de Violência

Sensibilização da opinião pública sobre banalização da violência e a necessidade de valorização da vida da juventude e da garantia de seus direitos. Além de campanha de comunicação, será construída uma rede de mobilização para fortalecer entidades ligadas a esta causa e engajar outras instituições.

Inclusão, Emancipação e Garantia de Direitos

Programas para pessoas de 15 a 29 anos em situação de vulnerabilidade fomentarão trajetórias saudáveis e oportunidades de desenvolvimento pessoal e coletivo, com a atuação dos jovens na superação da cultura de violência.

Transformação de territórios

Ampliação da presença do Estado nos bairros com mais homicídios, por meio de espaços de convivência. Além dos programas Usinas Culturais e Estação Juventude, criados para atender as demandas do plano, há outras iniciativas como: Academias de Saúde, Praças da Juventude, Pontos de Cultura, Mais Educação e Centros de Economia Solidaria.

Aperfeiçoamento institucional

Prevenir discriminações na escola, no sistema de saúde, na polícia, no sistema penitenciário e de justiça é central para a superação dos estigmas sobre os quais se fundamenta a violência. Para o enfrentamento ao racismo institucional, está prevista a qualificação de servidores.

http://www.secom.gov.br/sobre-a-secom/acoes-e-programas/comunicacao-publica/em-questao/edicoes-anteriores/setembro-2012/boletim-1625-27.09/plano-juventude-viva-reune-medidas-de-prevencao-a-violencia-e-ao-preconceito-contra-jovens-negros?utm_campaign=Newsletteremquestao&utm_medium=Seguranca&utm_source=Plano.Juventude.Viva.Reune.Medidas.De.Prevencao.A.Violencia.E.Ao.Preconceito.&utm_content=270912