Prorrogadas, até 19/10, inscrições para o ‘8º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero’

Participantes concorrem a bolsas de estudo e premiação total em dinheiro no valor de R$ 46 mil

As inscrições para o 8º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero estão prorrogadas até o dia 19 de outubro de 2012, conforme edital publicado no Diário Oficial da União, de 14 de junho. Trata-se de uma iniciativa da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Educação (MEC) e da ONU Mulheres.

A coordenadora-geral de Educação e Cultura da SPM, Hildete Pereira, destaca que o prêmio tem como objetivo estimular e fortalecer a reflexão crítica e a produção científica em torno das desigualdades existentes entre homens e mulheres no Brasil. Ele contempla as questões de gênero, raça e etnia, classe social, geração e sexualidade.

Podem participar estudantes do ensino médio, graduação, mestrado e doutorado; e graduadas e graduados, especialistas, mestras e mestres. A premiação também é aberta a escolas públicas e privadas de ensino médio, que realizem projetos e ações pedagógicas para a promoção da igualdade entre homens e mulheres, nas suas interseções com o enfrentamento à discriminação racial, étnica e de orientação sexual. (mais…)

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Ocupação e protesto por saúde denunciam privatismo e promessas não cumpridas

Gabriel Brito

Cansados de esperar respostas concretas às promessas não cumpridas pelo governo, os integrantes do Fórum São Paulo de Saúde organizaram uma ocupação de um prédio abandonado na zona sul de São Paulo, no populoso bairro da Capela do Socorro. Iniciada na noite de sexta-feira, 7, e encerrada no domingo à noite, a incursão visava chamar a atenção da população para o descaso com que esse tema tão caro às campanhas eleitorais é tratado.

“Ocupamos um local onde deveria estar funcionando um serviço de saúde, porque a indignação já superou todos os limites. Cadê o dinheiro, para onde foi o que se pretendia investir? Quando os serviços serão realmente públicos?”, questiona Paulo Spina, membro do Fórum e funcionário de um Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental, em entrevista ao Correio da Cidadania. (mais…)

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“Nós do Candomblé não temos medo de ameaças: já sofremos muita perseguição!”

Babá Mejeuí – Erisvaldo Pereira dos Santos

As pessoas intolerantes não se cansam de atacar nossas comunidades religiosas. Desta vez a agressão foi ao Ilê Axé Ogunfunmilayo, em Contagem, Minas Gerais. Trata-se de um terreiro de candomblé da nação Keto, no qual respondo como sacerdote, desde janeiro de 2001, quando recebi da Iyalorixá Lídia de Oxaguiã (Santo Amaro da Purificação – BA) as prerrogativas para o ofício do culto e administração dos rituais tradicionais. Resolvi divulgar o ocorrido, a fim de que faça parte da lista imensa de atos de intolerância contra nossas comunidades tradicionais e também para que a autoridades competentes tomem providências contra este tipo de prática.

Segunda-feira, dia 10 de setembro de 2012, depois da meia noite, portanto dia 11 de setembro, alguém tentou arrombar o portão da casa de Ogum. A tentativa de arrombamento se apresenta como um ato vil de intolerância, porque foi iniciada, com arremesso de dois tijolos de cimento que fizeram um grande barulho no portão. Em seguida deram uma pesada de bota, que forçou a abertura do portão e cujas marcas ficaram evidentes em sua lataria.

Em 12 anos, é a primeira vez que um ato de intolerância ocorre de forma tão escandalosa e em um horário de pouca movimentação na Casa.  Não creio que seja tentativa de roubo, pois um meliante não chamaria atenção jogando tijolos em portão de ferro. Segunda-feira costuma ser dia de função no Terreiro, mas naquele dia não houve, porque eu estava na Bahia. Imagino que a casa já começa a incomodar os intolerantes. Em razão disso, inicio também a denúncia pública, a fim de que a sociedade entenda o que nós estamos dizendo e o Estado garanta a nossa liberdade de culto, estabelecida em nossa Carta Magna. (mais…)

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‘Partido Alto’, curta de Leon Hirzsman em homenagem a Candeia

Concebido em estreita colaboração com Paulinho da Viola, “Partido Alto” é um documento histórico e sincera homenagem à ”expressão mais autêntica do samba’,’ como Candeia define esse gênero musical, marcado por improvisações. Esse filme precioso de 1976, além de fixar a manifestação de certa pureza musical, a simplicidade e a comunhão da gente do samba com depoimentos marcantes da velha guarda, firma a posição contra a crescente padronização do samba, imposta pelo mercado.

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/partido-alto-curta-de-leon-hirzsman-em-homenagem-a-candeia

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

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“Crianças indígenas são vítimas de pedofilia (sic) em troca de comida”

A condição de extrema pobreza das crianças é a principal causa dessa situação dramática. Faz vítimas entre a população indígena, mas não é só. Foto: divulgação

Comentário de Estela Scandola com o qual concordamos plenamente: “Este não é um caso de pedofilia, mas de exploração sexual. (…) é uma longa conversa, mas são conceitos que não podem ser confundidos!” TP.

Em geral as meninas indígenas são tiradas de suas aldeias por causa da fome e acabam recebendo em comida. Os abusadores são “homens maduros, comerciantes estabelecidos na cidade, que raramente vão em festas e que, aparentemente, possuem conduta ilibada”

Diario da Liberdade

A exploração sexual de meninas indígenas está crescendo e se tornando escancarada, no norte do País.

Segundo reportagem do site A Crítica, uma rede de pedofilia cujos principais alvos são crianças indígenas está se consolidando na região amazônica.

No município de São Gabriel da Cachoeira, que fica a 858 km de Manaus e 90% da população é indígena, pessoas ou organizações são ameaçadas para ficarem em silêncio.

A rede de pedofilia da região se tornou conhecida nacionalmente após junho deste ano. A mãe de uma garota indígena de 13 anos com leve retardo mental decidiu denunciar o estuprador de sua filha que ficou grávida.

A menina teve de ir até Manaus fazer exames e a mãe aproveitou para denunciar o caso na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA). (mais…)

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Quilombo Maria Rosa, racismo e políticas públicas

Por Bruna Romão da Agência USP de Notícias

A titulação que constitucionalmente atribui a remanescentes de quilombos a propriedade e uso de suas terras representa, para moradores da comunidade quilombola Maria Rosa (Iporanga / Vale do Ribeira), uma importante conquista, tendo lhes possibilitado permanecer nas terras que suas famílias tradicionalmente habitam há 300 anos. Apesar disso, essa política pública não é acompanhada de instrumentos que auxiliem os maria rosenses a construir um discurso coletivo potente contra a ideologia racista presente na sociedade brasileira.

A psicóloga Eliane Silvia Costa observou esses dados ao longo de quatro anos de visitas e entrevistas com habitantes do quilombo, as quais foram base para a tese Racismo, política pública e modos de subjetivação em um quilombo do Vale do Ribeira. O trabalho, defendido no Instituto de Psicologia (IP) da USP sob orientação da professora Ianni Regia Scarcelli, teve por objetivo identificar possíveis relações entre a identidade racial dos quilombolas e a política de titulação de terras.

A identidade racial e o racismo institucional

No estudo, a psicóloga detectou como a comunidade lida com a identidade racial negra, cuja representação no Brasil é permeada pelo “racismo institucional” que, reproduzido histórica e cotidianamente, coloca o negro em uma posição de inferioridade político-social. São estratégias de discriminação e opressão impressas na estrutura social, que agem sobre todos os brasileiros independentemente da intenção explícita de uma ou outra pessoa. “É propagado em ações político-institucionais que primam pelos interesses e privilégios materiais e simbólicos do grupo racialmente dominante”, explica Eliane. (mais…)

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