Transfobia: Travestis são mortos na Grande Goiânia e transexual é barrada em casa de eventos no interior de São Paulo

Por Vitor Angelo

Na madrugada de sexta-feira, 7, três travestis foram assassinados  em Aparecida de Goiânia, na Grade Goiânia. Elas foram fuziladas por homens armados. Uma outra travesti foi esfaqueada em outra cidade próxima, Hidrolândia, em um posto de gasolina.

As quatro supostamente se prostituíam pois esta é uma realidade e uma solução para grande parte das travestis que são expulsas de casa sem nenhum tipo de ajuda da família, que as renegam veementemente. O fato só muda quando muitas conseguem, além de sobreviver, mudar de país e ganhar muito dinheiro com a prostituição no exterior. Ao voltar para o Brasil, em geral, compram a casa dos familiares e os sustentam. Neste momento, o que era vergonha vira esquecimento ( de que tem um(a) transgênero na família) e silêncio.

Mas existe um outro silêncio, o silêncio da humilhação que é uma coisa que muitos transgêneros estão resolvendo quebrar. Nesta mesma sexta-feira, rodou pelas redes sociais o desabafo da transexual Jessyca Dias:

“Eu, Jessyca Dias, 27 anos, Transexual desde os 18 anos, fui vítima da mais abjeta transfobia num estabelecimento chamado Rancho Jundiaí [em Jundiaí, interior de São Paulo]. Ao chegar na entrada do estabelecimento com minhas amigas, a segurança pediu meu RG. Quando viu que o documento constava ainda o nome de homem, a segurança disse que eu não poderia entrar e que eram ordens da casa. Indignada, disse que ela não podia me impedir pelo fato de eu ser transexual, pois aquilo era preconceito. Nesse momento, a segurança chamou um outro colega que perguntou se eu estava com as meninas, que estavam ao meu lado. Ao confirmar, o segurança me deixou entrar. Na bilheteria reclamei do ocorrido com a moça que recebia o meu dinheiro e ela disse que a atitude de não deixar entrar travestis e transexuais estava correta. (mais…)

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Mais um ataque a comunidade Guarani-Kaiowá do tekoha Arroio-Korá

Informativo da comunidade Guarani-Kaiowá de tekoha Arroio Kora-Paranhos-MS.

Nós comunidades de Tekoha Arroio Kora em conflito, vimos através deste, informar que no dia 07 de setembro de 2012, mais uma vez, fomos atacados a tiros pelos pistoleiros, desde 8 horas da manhã. Este novo ataque foi realizado pelos pistoleiros da fazenda conhecida de fazenda Porto Domingos, o ataque a tiros foi coordenado pelo próprio atual proprietário o Sr. Luiz Bezerra juntamente com mais de dez (10) pistoleiros. Um coordenador/articulador dos pistoleiros desta fazenda Porto Domingos é conhecido como Francisco Paraguai. No dia 07/09/2012, este Luiz Bezerra veio juntamente com mais de 10 pistoleiros e começaram atirar no líder Ricardo e ameaçou gritando, “ficam sabendo que vimos hoje para matar vocês índios”, “índios bichos! índios vagabundos! vocês vão morrer tudo, hoje muitos índios vão morrer!!” “Vimos hoje para matar vocês todos” . Todos os índios serão mortos se não correr daqui!”, assim avisaram gritando e começaram a atiram sobre nós. Eles estão todos armados, vieram no carro da fazenda.

Diante do fato, desde 8 horas denunciamos o ataque a tiro por telefone, passamos a ligar para todas autoridades federais, comunicamos o fato à FUNAI. A equipe da Polícia e FUNAI chegaram, somente 13 horas, ao Arroio Kora. A Polícia Força nacional e equipe da FUNAI encontraram o fazendeiro Luiz Bezerra e seu neto, isto encontraram em flagrante, às 13:30 que estavam coordenando o ataque a tiros. Os pistoleiros correram e se esconderam. (mais…)

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Não mais o arco-e-flecha ou o fuzil, mas o conhecimento

Estre trecho documentário visa disponibilizar a reflexão quanto a inserção do índio nas Universidades hoje em dia. Existem muito mais índios tradicionais do que sabiamos, e eles tem interesse em compartilhar do nosso conhecimento, tanto como forma de diplomacia entre culturas quanto uma forma de se proteger frente às cultura mais amplamente disseminada.

As imagens foram filmadas na Universidade de São Paulo, com índios que participarão de diferentes processos de formação acadêmica intercultural, e que tem sua vivência quanto argumento a favor da conscientização do público geral. (mais…)

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A Chapada quase não se move

Mayron Régis

Aos olhos de muitos a Chapada quase não se move ou talvez se mova de forma quase imperceptível. As floradas dos bacurizeiros espantam pela leveza do formato e pela intensidade das cores. Elas valem a atenção mais do que um mero instante. Dizem que a variedade branca da flor do bacurizeiro dificilmente se encontra no Maranhão. Por certo que a variedade avermelhada predomina sobre as Chapadas, mas se fossem consultadas em sua imobilidade ou quase imobilidade, elas divergiriam de imediato e apontariam as Chapadas de Santa Quitéria como prova que a variedade branca também pode ser vista por lá. Um pouco antes de deparar-se com o rio Gengibre que compõe a bacia do rio Buriti e um pouco antes de encostar no povoado Vertentes.

Quando o Francisco soube das investidas por dentro do município de Santa Quitéria e qual era o destino logo reforçou a importância desse trecho. Ele nunca perdera os vínculos com seu município de origem e, em seu serviço, relacionara-se com um rapaz proveniente da região de Vertentes e de Santa Luzia. Perguntara pelo rio Gengibre, se havia secado, o que o colega respondera que não. O fato de não ter secado e de manter suas águas límpidas dependia da Chapada continuar imóvel ou quase imóvel. Os mais de cinco mil hectares que a Suzano quer desmatar.

http://www.territorioslivresdobaixoparnaiba.blogspot.com.br/2012/09/a-chapada-quase-nao-se-move.html

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