Na declaração, os participantes apontam soluções para fortalecer atividades e reafirmar a cultura local
Fernando Brito
“Os nossos modos de vida vêm sendo constantemente ameaçados por projetos e processos que negam a nossa existência e dificultam o acesso aos recursos públicos, privatizam nossos territórios, degradam o meio ambiente e comprometem a nossa soberania alimentar e nossa liberdade”. A avaliação consta na Declaração de Iparana, documento conclusivo do 2º Encontro Povos do Mar, encerrado, ontem, na Colônia Ecológica Sesc Iparana.
Realizado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc-CE), o evento contou com a participação de 20 municípios cearenses, representados por 86 comunidades, e objetivou dar visibilidade e valorizar as comunidades tradicionais de pescadores, artesãos, quilombolas e etnias indígenas do litoral cearense.
Na Declaração de Iparana, os participantes do encontro apontam soluções para fortalecer as atividades tradicionais e reafirmar a cultura dos povos do mar. Uma delas é que o direito aos territórios e às manifestações e modos de vida dos povos indígenas, quilombolas e comunidades pesqueiras seja respeitado para a reprodução das culturas e dos modos de vida locais. (mais…)