MG – Quilombolas buscam profissionalismo para ajudar comunidade

Agmar Lima e Girlene Teixeira

Doze quilombolas da Comunidade de Palmeirinha, em Januária, estão realizando um sonho e profissional.  Hoje elas são universitárias na Faculdade Ceiva, que pertence ao grupo Funorte. As estudantes cursam Pedagogia através do Programa de Financiamento Estudantil (FIES).

Para estas mulheres em sua maioria mães de família, o retorno à escola e inserção nas modalidades do Ensino Superior, a realização de sonhos a muito adormecidos é uma transformação de caráter pessoal e social.

É no contexto de se imbuírem na transformação que vivenciam que estas moradoras se reúnem aos fins de semana para redescobrirem os valores e histoórias da comunidade.

Um estudo de histografia do quilombo de Palmeirinha de maneira escrita e audiovisual está sendo realizado. A proposta se deu através de iniciativa da Mestra em educação Maria Jacy – da Unimontes que em busca de seu Doutorado pela UFMG, viu na Palmeirinha um meio de potencializar os moradores com uma ferramenta que conecta o mundo, o tele centro Antônia Rocha.

Inaugurado na comunidade de Palmeirinha, o tele centro vê ações coletivas e fez despertar um imaginário. Partindo deste ponto da informativa educativa elevar junto aos jovens quilombolas e aos demais moradores, a valorização da tecnologia da informação e o registro da historia da comunidade quilombola.

Para muitos leigos Quilombo é apenas uma comunidade rural, mas a verdade é que para uma comunidade formada nas crenças de seus antepassados oriundos da mãe África, muitos cultos e costumes estão guardados na cultura deste povo, e é esta valorização que as universitárias quilombolas, junto a Profª Maria Jacy e coordenação Quilombola busca enaltecer, tecnologia acoplada a valores únicos de um povo negro que cultuou suas crenças, costumes e comidas nos terreiros e senzalas dos senhores de engenho.

Para as universitárias e pedagogas o levantamento histórico do Quilombo é a oportunidade de todos conhecerem e valorizarem os costumes e praticas da Comunidade.

Palmeirinha – O reconhecimento da Comunidade de Palmeirinha pela fundação Cultural Palmares ocorreu em maio de 2011, como Remanescentes de Quilombo e consiste em um grande divisor de águas para seus moradores de hoje. Reprisando o passado, na memória dos moradores mais antigos da comunidade relevam-se as dificuldades, falta de informação e acesso a bens e valores pertencentes a quaisquer cidadãos brasileiros. A Palmeirinha o Quilombo de hoje, vê nos mais antigos, nos jovens e adolescentes a perspectiva de uma transformação por estes ansiados ao longo da sua existência.

http://www.onorte.net/noticias.php?id=39308

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