Governo de Franco ironiza Lugo por gestão paralela e diz que ele pode responder judicialmente

Renata Giraldi, Enviada Especial

Assunção – O novo governo do presidente do Paraguai, Federico Franco, reagiu hoje (25) com ironias à decisão do ex-presidente Fernando Lugo de instaurar um governo paralelo para fiscalizar e monitorar a equipe que o sucedeu. Para o ministro das Relações Exteriores paraguaio,

José Félix Fernández Estigarribia, a iniciativa de Lugo é uma “piada” e se ele levar adiante sua decisão poderá responder judicialmente.

“É uma piada isso”, disse Fernández Estigarribia. “Ele [Lugo] é um ex-presidente. Não tem função administrativa alguma. Se ele falar como presidente, será submetido às sanções previstas nas leis paraguaias”, acrescentou.

Pela manhã, antes de Franco empossar toda a equipe ministerial, Lugo fez uma reunião denominada Gabinete de Restauração da Democracia e anunciou a decisão de instaurar o governo paralelo. Segundo ele, seu gabinete vai fiscalizar a equipe de Franco. (mais…)

Ler Mais

Memória: Há 132 anos, nascia João Cândido Felisberto, o Almirante Negro do Brasil

Por Drielly Jardim

Há 132 anos (24 de junho de 1880), em uma fazenda no município de Rio Pardo/RS, nascia um dos líderes populares mais importantes do Brasil: João Cândido Felisberto. Conhecido como “Almirante Negro”, João Cândido liderou, em 1910, a Revolta da Chibata, luta que reivindicava o fim dos castigos físicos aos marinheiros brasileiros.

Confira abaixo, em ordem cronológica, os momentos mais importantes da vida desse verdadeiro herói brasileiro:

Vida de marujo – Em 1894, aos 14 anos incompletos, o filho dos ex-escravos João Cândido Velho e Inácia Cândido ingressou na Companhia de Artífices Militares e Menores Aprendizes no Arsenal de Guerra de Porto Alegre.

Sob a recomendação do capitão de fragata, Alexandrino de Alencar, o marujo fez parte da tripulação dos “Andradas” e “Tocantins”, navios de ponta da Marinha Brasileira, que no início do século XX já ostentava a 3ª maior frota naval do mundo. (mais…)

Ler Mais

Contaminação de rios prejudica saúde de pescadores

O pesquisador da ENSP Salvatore Siciliano comentou, em entrevista ao jornal O Globo de domingo (24/6), o risco de contaminação dos pescadores provocado pelo excesso de metais, principalmente mercúrio, nos rios da Região Norte Fluminense do Rio de Janeiro. De acordo com ele, o tempo de exposição pode aumentar significativamente a contaminação da água.

O Globo – Norte Fluminense

Risco de contaminação de pescadores

O rio desemboca próximo à Ilha da Convivência, em São João da Barra. Na margem, porém, há ainda muito lixo. A quantidade de peixes também é escassa. O estudante Jeisol da Silva, que tem o costume de pescar por ali, diz que raramente há um dia em que o resultado da atividade seja realmente bom.

“De vez em quando conseguimos pegar algo, mas é difícil. Já houve mais peixes por aqui”, lamenta.

Salvatore Siciliano, especialista em vida marinha da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, revela que há um risco a longo prazo de contaminação de pescadores. Segundo ele, há no rio excesso de metais, principalmente mercúrio, ainda decorrente da época da mineração, quando o material era muito usado. – A água pode causar contaminação caso haja uma exposição prolongada – diz Siciliano. (mais…)

Ler Mais

Mapa de conflitos ambientais integra painel na Cúpula dos Povos

Foto: Peter Illiciev

Tatiane Leal  – Agência Fiocruz de Notícias

A tecnologia de sistemas de informação pode ser um instrumento de luta e articulação social. Essa é a premissa dos pesquisadores e ativistas que trabalham com o mapeamento de territórios, tema discutido na quinta-feira (21/6) na Cúpula dos Povos pelo Espaço Saúde Ambiente e Sustentabilidade, uma articulação entre a Fiocruz, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes). O painel Mapas, resistências e movimentos por justiça ambiental, economia solidária e agroecologia, mediado pelo pesquisador Marcelo Firpo, do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Cesteh/ENSP/Fiocruz), apresentou iniciativas de mapeamentos que realizam diagnósticos importantes do território brasileiro e internacional, trazendo o ponto de vista das comunidades e abordando desde a geografia e a história dos conflitos ambientais até iniciativas de economia solidária.

Um dos projetos apresentados foi o Mapa de conflitos envolvendo injustiça ambiental e saúde no Brasil, desenvolvido pela Fiocruz e pela ONG Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase), com o apoio do Ministério da Saúde, sob a coordenação-geral de Marcelo Firpo. O mapa foi construído sob um foco principal: identificar quem são as pessoas atingidas pelos conflitos ambientais e quais são os problemas de saúde que atingem essas comunidades. Os dados são reveladores: apesar de representarem apenas 0,5% da população brasileira, os protagonistas dos conflitos ambientais são as populações indígenas (33,67% dos atingidos), seguidos de perto pelos agricultores familiares (31,99%). (mais…)

Ler Mais

La territorialidad indígena está estancada y amenazada por gobiernos de derecha e izquierda

– La amenza es principalmente ideológica y sostiene que los indígenas “tienen mucha tierra” y son “un freno para el desarrollo”.

Servindi, 25 de junio, 2012.- El proceso de territorialización de los pueblos indígenas es un proceso que se encuentra estancado y amenazado advirtió el especialista Chris van Dam en un artículo publicado en el portal web Territorio indígena y gobernanza.

Van Dam sostuvo que la principal amenaza es la ideológica, que se expresa en el discurso que se instala en la opinión pública y que sostiene que “los indígenas tienen mucha más tierra de la que requieren” y que por esto son “un freno para el desarrollo”.

Se trata del artículo: Territorios Indígenas en América Latina: lecciones aprendidas y desafíos a futuro, escrito por Chris van Dam,  consultor asociado en Manejo de Recursos Naturales y Desarrollo Rural  de Helvetas Swiss Intercooperation y coordinador de la Iniciativa Territorio Indigena y Gobernanza.

Precisó que los exponentes mas conocidos de ese pensamiento son el expresidente del Perú Alan García Pérez con su tesis del “perro del hortelano” y el economista Hernando de Soto con “La Amazonia no es Avatar”. (mais…)

Ler Mais

Mineradora Vale despejou 1.300 famílias em Moçambique e tenta calar denúncias

Da Comunicação da Via Campesina

Jeremias Vunjanhe, da ONG Justiça Global, foi impedido na última semana de entrar no Brasil para participar do Encontro Internacional de Atingidos pela Vale. Em entrevista, ele explica como foi a sua deportação, o seu trabalho de denúncia na África dos impactos da atuação da empresa sobre as comunidades africanas.

Crítico do processo de expropriação implementado pela Vale em vários países, Jeremias vem há cerca de três anos denunciando esse processo e circulando imagens da degradação a que as famílias de Moçambique estão submetidas. Por causa de seu trabalho, ele tem recebido ameaças e acredita que sua deportação tenha a ver com isso.

Como se deu a sua deportação?

No aeroporto internacional de São Paulo, todos estavam fazendo o processo de imigração e, quando chegou a minha vez, entreguei meu passaporte e simplesmente disseram que eu não poderia entrar no país e já acionaram a polícia federal, para quem foi entregue o meu passaporte. Tive que esperar uns 30 minutos, em seguida vieram mais três policiais e simplesmente falaram que eu teria que retornar para Moçambique. Sem dar nenhuma explicação. Eu tentei argumentar, mas eles não aceitaram. Depois de três horas de espera, me colocaram em um avião de volta para Moçambique e somente dentro da aeronave me devolveram meu documento, que estava com uma notificação dentro, do governo federal do Brasil, de que eu estava impedido de entrar no país. (mais…)

Ler Mais

28a. RBA – Desafios Antropológicos Contemporâneos: 2 a 5 de julho, na PUC-SP

“Sob a chancela Desafios Antropológicos, temos procurado estimular durante a nossa gestão (2011-2012) análises críticas e propositivas sobre os dilemas, desafios e perspectivas que permeiam os atuais processos de expansão e transformação da antropologia no Brasil. Visamos, assim, apresentar e problematizar não só as transformações e reconfigurações da antropologia como disciplina acadêmica per se, mas, também, as relações entre essas reconfigurações e as políticas científicas em voga, a formação de antropólogos e as demandas no mercado de trabalho e, ainda, a relação da pesquisa antropológica com a ação política.

Julgamos também de suma importância incitar reflexões críticas sobre a política da antropologia. Estamos contribuindo cada vez mais para a formulação de políticas públicas e propostas para a sociedade. Entretanto, confrontamos ainda o desafio de organizar e afirmar criticamente nossa produção intelectual com o intuito de expor a dimensão humana da ciência, da tecnologia e da inovação, inclusive no que concerne ao tipo de desenvolvimento que queremos para o Brasil. Uma outra dimensão desse desafio implica a necessidade de divulgarmos a nossa produção antropológica para audiências mais amplas. (mais…)

Ler Mais

Quito espelho América

Tadeu Breda

No dia 22 de março, a capital do Equador, Quito, é um dos retratos mais fiéis da atualidade política, econômica e social da América Latina. Isso porque, hoje, duas grandes concentrações populares ocorrem na cidade.

De um lado estão indígenas, ambientalistas, setores do movimento camponês, estudantil e docente, que finalizam uma marcha de 15 dias após terem cortado o país de sul a norte. O protesto é encabeçado pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) e pede o fim das políticas extrativistas do governo. Sobretudo, estão contra a mineração industrial.

Na outra ponta estão os apoiadores do presidente Rafael Correa, gente que compartilha os ideais da Revolução Cidadã. A manifestação governista é liderada pelo próprio mandatário, que, nas ruas, conta com o apoio de ministros, membros de sua administração, parlamentares e militantes de seu partido, Alianza País.

Na capital equatoriana, no dia 22, estão em disputa duas noções distintas de desenvolvimento, dois projetos políticos, duas visões de mundo, duas maneiras de entender riqueza e bem-estar. Parecem irreconciliáveis — e esperemos que a disputa se dê apenas no nível discursivo. As autoridades anunciaram haver tomado todas as medidas possíveis para evitar que os grupos se encontrem. Suas ideias, porém, estão em embate claro e aberto. (mais…)

Ler Mais

Antigo torturador fala sobre a ‘Casa da Morte’

Objetivo era coagir presos políticos a virarem agentes infilitrados. Como alternativa, a morte.

Celso Lungaretti

O jornal carioca O Globo publica entrevista do tenente-coronel reformado Paulo Malhães, torturador que o Centro de Informações do Exército incumbiu em 1970 de implantar a Casa da Morte de Petrópolis e de ser um dos oficiais que nela tentariam converter presos políticos em agentes infiltrados.

Segundo ele, a libertação de Inês Etienne Romeu, sobrevivente da Casa, teria sido um erro dos agentes: iludidos por ela, acreditaram que iria colaborar com a repressão.

Dentre os presos políticos que por lá passaram, Inês era tida como a única que saiu com vida, enquanto os mortos totalizariam 22. Malhães afirma, entretanto, que houve quem tenha se colocado a serviço das Forças Armadas, passando inclusive a receber ajuda financeira: “Na lista de desaparecidos tem  RX  [infiltrados]”. Mas, não identificou nenhum nem apresentou provas. (mais…)

Ler Mais

Urgente: Quilombola desaparecido no Rio de Janeiro. Ajudem, por favor!

Alvani Gonçalves Pereira, de aproximadamente 50 anos, da delegação do Quilombo de Brejo dos Crioulos, Varzelândia, Minas Gerais, desapareceu durante a Grande Marcha da Cúpula dos Povos do dia 21 de Junho de 2012, por volta das 15h.

Alvani usava calça jeans e boné camuflado do exército. Segundo vizinhos, ele tem um possível distúrbio mental.

Quem encontrá-lo, por favor entre em contato com Ticão, telefones (38) 9834-9583/3212-7019, ou Israel Evangelista (CONEM), fones (21) 9556-7392/8176-0188.

Ler Mais