Estado do Maranhão tem a 12ª cidade do Brasil com mais índios

Jenipapo dos Vieiras é o município maranhense com a maior população de índios do estado, com 5.437 indígenas

Antes dos portugueses chegarem ao Brasil, o país era habitado apenas por índios. Após mais de 500 anos da descoberta, o território brasileiro ainda continua ocupado pela população indígena, apesar de não ser a grande maioria.

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a cidade de Jenipapo dos Vieiras é o município maranhense com a maior população de índios do estado.

A cidade do interior do Maranhão também é uma das que tem mais indígenas, pois ocupa a 12ª colocação entre as mais populosas do país. A capital São Luís tem 1.815 índios, sendo que eles estão divididos na zona Urbana (1.738) e Rural (77).

Jenipapo dos Vieiras fica atrás de como São Gabriel da Cachoeira (AM) com 29.017 mil índios, São Paulo (SP) com 12.977 mil e Pesqueira, em Pernambuco, com 9.335 mil indígenas integrando a população total. (mais…)

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Guarani M’bya de São Paulo no Acampamento Terra Livre (Cúpula dos Povos)

Como parte das ações de aproximação da Psicologia com as questões indígenas, o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRPSP) foi solicitado pela Comissão Guarani Yvyrupa (CGY) a acompanhar um grupo de indígenas aldeado e em contexto urbano ao IX Acampamento Terra Livre (ATL), que aconteceu durante a Cúpula dos Povos na Rio+20. Este vídeo apresenta uma síntese dessa ação.

Enviada por Van Caldeira.

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Justiça Federal no Piauí determina suspensão de licenciamento ambiental da Suzano

Monocultura de eucalipto. Foto de arquivo

A Justiça Federal no Piauí determinou a suspensão do licenciamento ambiental da Unidade Industrial de Produção de Celulose e Papel Suzano S. A. no município de Palmeirais-PI, realizada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí. A decisão judicial, proferida no último dia 22, determina ainda que o IBAMA assuma o licenciamento ambiental do empreendimento.

De acordo com o texto decisório, a medida deve ser cumprida com urgência a fim de evitar danos ambientais que podem advir do empreendimento, em face da ausência da fiscalização do órgão competente.

A análise dos autos deixou claro que o Estudo de Impacto Ambiental apresentado pela Suzano Papel e Celulose S. A. levou em consideração todo o rio, a margem que banha o Estado do Piauí, seu centro, e a margem que banha o Estado do Maranhão, indicando que o centro de produção de celulose de eucalyptus no Município de Palmeirais-PI, da empresa Suzano Papel e Celulose S. A. afeta ambos os estados do Piauí e Maranhão.

“Os elementos presentes nos autos evidenciam que não se cuida de impacto ambiental indireto ou eventual às duas unidades federativas, mas de intervenção direta, uma vez que o Estudo de Impacto Ambiental apresentado pela SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. indica que tanto a captação de água quanto o lançamento de efluentes, ocorrerá em ambas as margens do rio, qual seja, no território dos dois estados (Piauí e Maranhão)”, diz o texto decisório. (mais…)

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DH investiga mortes de dois pescadores na Baía de Guanabara

Ativistas ambientais foram encontrados com as mãos amarradas

Emanuel Alencar

RIO – A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo investiga as mortes dos pescadores João Luiz Telles Penetra, de 40 anos, e Almir Nogueira de Amorim, de 45 anos. Eles eram integrantes da Associação dos Homens do Mar da Baía de Guanabara, entidade que defende a pesca artesanal no estado, e foram encontrados mortos com mãos e pés amarrados. O corpo de João Luiz foi achado ontem na Praia do Gradim, em São Gonçalo. Almir foi encontrado no domingo na Praia de Mauá, em Magé. Eles foram vítimas de afogamento.

O delegado que investiga o caso, Alan Luxardo, disse que nenhuma hipótese está descartada, mas o crime pode ter relação com o local em que os homens estavam pescando:

— Era uma área de currais (armadilhas para peixes), e isto pode ter desagradado a alguém. Vamos ouvir todos os parentes para que possamos elucidar o caso.

Amigo das vítimas, Alexandre Anderson de Souza, que anda com escolta armada há dois anos, desde que começou a receber ameaças, acredita que os assassinatos sejam um “recado” de grupos insatisfeitos com os pescadores artesanais. (mais…)

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RIO+Tóxico Tour

Por Hundira Cunha – CPT Sul/Sudoeste

Entre os dias 15, 16 e 17 de junho, durante a Cúpula dos Povos, na cidade do Rio de Janeiro, diversas entidades nacionais e internacionais organizaram o evento Rio+Tóxico, um tour por áreas afetadas por empreendimentos tóxicos na região metropolitana. Foram visitadas Santa Cruz, Duque de Caxias, Magé, APA de São Bento e o aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, o maior da América Latina. Todos esses empreendimentos são financiados em grande parte pelo BNDES e funcionam impunemente sob as vistas grossas do poder público e dos órgãos de fiscalização, embora suas atividades incluam o não cumprimento de condicionantes e ameaça constante a vida da população local.

A jornada foi um importante espaço de conhecimento, articulação e apoio para as comunidades atingidas, bem como para todos aqueles que passam por situações de enfrentamento semelhantes àquelas que foram visitadas. Além disso, os encontros abriram possibilidades de canais de denúncia em nível nacional e internacional, e ainda um fortalecimento da fiscalização a partir da sociedade civil. (mais…)

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108 cidades castigadas com a seca decretam situação de emergência em Minas

Vinícius D’Oliveira

Cento e oito cidades mineiras já decretaram situação de emergência em virtude da seca que atinge principalmente o Norte do estado. O boletim, divulgado nesta terça-feira (26) pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), traz os dados acumulados de janeiro a junho de 2012. O último município a declarar problemas em decorrência da seca foi Rubelita, a 670 Km de Belo Horizonte.

De acordo com a Cedec, antecipando o período crítico da seca que deverá se intensificar a partir de julho na região do Grande Norte (Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte), o governo estadual promete distribuir, até o final deste mês (junho), 474 toneladas de alimentos para famílias de baixa renda. Até agora, 368 toneladas de alimentos já teriam sido distribuídas.

A Cedec informou ainda que já disponibilizou 88 cisternas em comunidades distantes das áreas centrais dos municípios. A ação visa dar suporte ao trabalho de distribuição de água, feito por caminhões pipa. Cada cisterna tem capacidade para armazenar oito mil litros de água. (mais…)

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O Bolsa Família e seus inimigos

Marcos Coimbra

O pensamento conservador brasileiro – na política, na mídia, no meio acadêmico, na sociedade – tem horror ao Bolsa Família. É só colocar dois conservadores para conversar que, mais cedo ou mais tarde, acabam falando mal do programa.

Não é apenas no Brasil que conservadores abominam iniciativas desse tipo. No mundo inteiro, a expansão da cidadania social e a consolidação do chamado “Estado do Bem-Estar” aconteceu, apesar de sua reação.

Costumamos nos esquecer dos “sólidos argumentos” que se opunham contra políticas que hoje em dia são vistas como naturais e se tornaram rotina. Quem discutiria, atualmente, a necessidade da Previdência Social, da ação do Estado na saúde pública, na assistência médica e na educação continuada?

Mas todas já foram consideradas áreas interditas ao Estado. Que melhor funcionariam se permanecessem regidas, exclusivamente, pela “dinâmica do mercado”. Tem quem pode, paga quem consegue. Mesmo se bem-intencionado, o “estatismo” terminaria por desencorajar o esforço individual e provocar o agravamento – em vez da solução – do problema original.

O axioma do pensamento conservador é simples: a cada vez que se “ajuda” um pobre, fabricam-se mais pobres. (mais…)

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A crise política no Paraguai e a estabilidade continental

Mauro Santayana

Toda unanimidade é burra, dizia o filósofo nacional Nelson Rodrigues. Toda unanimidade é suspeita, recomenda a lucidez política. A unanimidade da Câmara dos Deputados do Paraguai, em promover o processo de “impeachment” contra o presidente Lugo, seria fenômeno político surpreendente, mas não preocupador se não estivesse relacionado com os últimos fatos no continente.

Na Argentina, a presidente Cristina Kirchner enfrenta uma greve de caminhoneiros, em tudo por tudo semelhante à que, em 1973, iniciou o processo que levaria o presidente Salvador Allende à morte e ao regime nauseabundo de Augusto Pinochet. Hoje, todos nós sabemos de onde partiu o movimento. Não partiu das estradas chilenas, mas das maquinações do Pentágono e da CIA. Uma greve de caminhoneiros paralisa o país, leva à escassez de alimentos e de combustíveis, enfim, ao caos e à anarquia. A História demonstra que as grandes tragédias políticas e militares nascem da ação de provocadores.

O Paraguai, nesse momento, faz o papel do jabuti da fábula maranhense de Vitorino Freire. Ele é um bicho sem garras e sem mobilidade das patas que o faça um animal arbóreo. Não dispõe de unhas poderosas, como a preguiça, nem de habilidades acrobáticas, como os macacos. Quando encontrarmos um quelônio na forquilha é porque alguém o colocou ali. No caso, foram o latifúndio paraguaio – não importa quem disparou as armas – e os interesses norte-americanos. Com o golpe, os ianques pretendem puxar o Paraguai para a costa do Pacífico, incluí-lo no arco que se fecha, de Washington a Santiago, sobre o Brasil. Repete-se, no Paraguai, o que já conhecemos, com a aliança dos interesses externos com o que de pior há no interior dos países que buscam a igualdade social. Isso ocorreu em 1954, contra Vargas, e, dez anos depois, com o golpe militar. (mais…)

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Fazendeiros invasores armam resistência em Marãiwatsédé

Contrários à decisão da Justiça que determina retirada de latifundiários após 20 anos de invasão, fazendeiros orquestram manifestações e ameaças em Marãiwatsédé (MT)

Por Gabriel Moreira*

Desde a noite do último sábado, 23 de junho, a Terra Indígena Marãiwatsédé, homologada em 1998 pela Presidência da República, está ocupada por manifestantes que bloquearam o acesso à cidade de São Félix do Araguaia na localidade conhecida como Posto da Mata. Eles cavaram uma trincheira na estrada e queimaram pontes em outras vias de acesso à região em ato desesperado diante da sua iminente desintrusão. A retirada dos invasores de dentro da terra indígena é pleiteada pelo povo Xavante desde 1992. (mais…)

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