Mais de mil cidades nordestinas estão em estado de emergência por causa da seca

Carolina Sarres, Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Nordeste tem 1.013 municípios em situação de emergência por causa da estiagem, segundo levantamento do Ministério da Integração Nacional. Com isso, são 4 milhões de pessoas afetadas diretamente pela seca na região. E não há previsão de chuva para o sertão nordestino nos próximos dias. No litoral, chove desde quarta-feira (13).

“Estamos monitorando a parte leste da região, que vai da Bahia ao Rio Grande do Norte. A previsão é chuva forte. Volta e meia, a chuva pode ser moderada. Para o interior, não há previsão”, informou a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Odete Chiesa.

Segundo ela, a temporada de chuvas no interior da Região Nordeste ocorre entre fevereiro e abril, mas, este ano, praticamente não choveu. Geralmente, quando a chuva não vem nessa época, a probabilidade é que não chova mais no restante do ano, informou a meteorologista.

A Bahia é o estado mais afetado pela seca, com 230 cidades em estado de emergência, uma situação que afeta mais de 500 mil pessoas, de acordo com a Defesa Civil do estado. A Paraíba tem 197 cidades na mesma situação, seguida do Rio Grande do Norte, com 139. (mais…)

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Funai e Incra retiram de terra indígena no Paraná famílias de não índios

Fernando César Oliveira, Repórter da Agência Brasil

Curitiba – A Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) iniciaram hoje (15) a retirada de 11 famílias de não índios da Terra Indígena Boa Vista, no município de Laranjeiras do Sul, região centro-sul do Paraná. Elas serão realocadas em dois assentamentos localizados em Londrina, norte do estado.

A Funai indenizará as famílias retiradas pelas benfeitorias deixadas em cada lote. Já o Incra, além de providenciar a mudança, vai arcar com os novos lotes e liberar linhas de financiamento aos reassentados.

O superintendente regional do Incra no Paraná, Nilton Bezerra Guedes, disse à Agência Brasil que a operação irá colaborar para diminuir a tensão entre índios e não índios na região. “Vamos procurar mais terras para assentar mais 80 famílias de pequenos produtores rurais que ainda permanecem no local”, declarou.

Mais de 150 pequenos, médios e grandes produtores rurais ocupam áreas dentro do território indígena, da etnia Kaingang. A terra indígena tem ao todo uma área superior a 7 mil hectares. A área que está sendo desocupada mede 120 hectares. (mais…)

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Índios cobram na Rio+20 respeito ao direito à terra

Thais Leitão, Enviada Especial

Rio de Janeiro – Cobrar aceleração no processo de demarcação das terras indígenas no país e fazer um contraponto ao modelo econômico e ao conceito de economia verde – discutidos na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) – são os principais objetivos dos povos indígenas que se reuniram hoje (15) na tenda do Acampamento Terra Livre, na Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro.

Em meio a muitas manifestações culturais – como a das mulheres das etnias Macuxi e Wapichama, de Roraima, que apresentaram um tipo de música típica conhecida como parixara –, eles reclamaram da violação ao seu direito à terra.

De acordo com a diretora nacional da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sônia Guajajara, os indígenas podem mostrar ao mundo o que é ser sustentável por meio de suas práticas de uso da terra sem destruí-la.

“Estamos aqui para fazer um contraponto à Rio+20, para mostrar o nosso jeito indígena de ser sustentável. Muitas vezes o que se define como Economia Verde não é o que entendemos que representa a real harmonia com a natureza”, disse, durante uma coletiva de imprensa na manhã de hoje (15). (mais…)

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‘Não deram explicações’, diz moçambicano barrado ao entrar no país para a Rio+20

O ativista moçambicano Jeremias Vunjanhe (Foto: Arquivo pessoal/BBC)

Ativista Jeremias Vunjanhe, que coordena campanha contra a ação da Vale em Moçambique, afirma que ainda espera participar da conferência

Barrado no aeroporto em São Paulo ao tentar ingressar no Brasil para participar da Rio+20, o ativista moçambicano Jeremias Vunjanhe dsse à BBC Brasil que não foi informado do motivo do impedimento e que espera solucionar o caso a tempo de participar da conferência.

Vunjanhe integra a ONG Justiça Ambiental, que tem criticado a atuação da mineradora brasileira Vale em Moçambique, e divulgaria suas queixas na Cúpula dos Povos, evento paralelo à conferência da ONU.

‘Insisti aos policiais por uma explicação, mas só me disseram que estavam a trabalhar e que tinham competência para tomar a decisão (de impedir a entrada)’, afirma o ativista.

Vunjanhe diz que portava toda a documentação necessária para ingressar no país: visto válido por 90 dias, adquirido na embaixada brasileira em Maputo, carta-convite da Cúpula dos Povos e comprovante de hospedagem. (mais…)

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Falta de sinalização compromete primeiro dia da Cúpula dos Povos no Rio

Anderson Dezan - O advogado Júlio da Silveira tenta entender o mapa de cabeça para baixo

Sem mapas e orientações, participantes ficam perdidos no evento realizado no Aterro do Flamengo

Anderson Dezan – iG Rio de Janeiro

“Antes de vir para cá, imprima um mapa que tem no site porque vai precisar. Aqui é muito grande e as pessoas estão perdidas”. Ouvida pelo iG, a recomendação de uma jovem para uma amiga ao celular, nessa sexta-feira (15), reflete bem o primeiro dia da Cúpula dos Povos, evento paralelo a conferência Rio+20 que ocorre no parque do Aterro do Flamengo na zona sul da capital fluminense.

O encontro é composto por 60 tendas espalhadas em uma área que vai do Museu de Arte Moderna (MAM) até o bairro do Flamengo onde acontecem palestras, debates e oficinas simultâneas que começam pela manhã e só terminam à noite. Uma oferta ampla para agradar todos os participantes, não fosse um porém. Falta sinalização e indicações na cúpula, deixando todos perdidos.

 

As tendas são relacionadas por letras ou números, mas as identificações não estão fixadas nelas. Em algumas poucas ainda é possível encontrá-las porque seus responsáveis improvisaram cartazes. Também são poucos os mapas espalhados pelo evento. Mas esses não chegam a ajudar muito porque não possuem o recurso do “você está aqui”, ou seja, quem já estava perdido fica ainda mais na dúvida. Para piorar a situação, um dos mapas encontrados pela reportagem ainda estava de cabeça para baixo. (mais…)

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