“Um Sonho” – Hino do encontro Xingu+23. Vale a pena ver!

“Um sonho”, canção de Gilberto Gil de 1977, gravada no CD “Parabilcamará” em 1992, voltou a circular com força na internet em meados de 2012, um pouco antes da Conferência da ONU sobre Sustentabilidade — a Rio + 20 –, por sua dramática atualidade. Simpatizante da luta das populações afetadas pela construção da usina de Belo Monte no “rio da diversidade nacional”, Gil gentilmente cedeu a música para que se tornasse uma espécie de hino do encontro Xingu +23, onde ribeirinhos, pescadores, indígenas, agricultores e outros impactados se unem para resistir à hidrelétrica. Para saber mais sobre o evento, que acontece de 13 a 17 de junho de 2012, entre no site http://www.xinguvivo.org.br/x23/.

Enviada por Mauro Braga.

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No Dia do Meio Ambiente, governo cria unidades de conservação e homologa terras indígenas

Carolina Gonçalves e Yara Aquino, Repórteres da Agência Brasil

Brasília – Na cerimônia de comemoração ao Dia do Meio Ambiente, celebrado hoje (5), a presidenta Dilma Rousseff anunciou um pacote de medidas para a área ambiental que inclui a criação e a ampliação de unidades de conservação e a homologação de áreas indígenas.

As duas novas unidades de conservação criadas são a Reserva Biológica Bom Jesus, no Paraná, e o Parque Nacional Furna Feia, no Rio Grande do Norte. O objetivo dessas unidades é a preservação dos ecossistemas nas áreas que somam mais de 42 mil hectares. No caso do Paraná, trata-se de uma região remanescente de Mata Atlântica e, no Rio Grande do Norte, a meta é conservar a Caatinga e as cavidades naturais subterrâneas.

Três unidades serão ampliadas: o Parque Nacional do Descobrimento, na Bahia, que passa de 1,5 mil para 22,6 mil hectares incorporando fragmentos da Mata Atlântica; a Floresta Nacional Araripe-Apodi, no Ceará, que passa de 706 hectares para 39,3 mil hectares e a Floresta Nacional de Goytacazes, no Espírito Santo, que receberá mais 74 hectares de Mata Atlântica.

“Essa área foi doada pela Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária] ao Instituto Chico Mendes e vai possibilitar que sejam feitas tanto pesquisas como uso múltiplo sustentável dos recursos florestais”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante o anúncio em cerimônia no Palácio do Planalto. (mais…)

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Campesinos apelan a saberes ancestrales

Por Emilio Godoy

MÉXICO, jun (IPS) – Con escasos apoyos institucionales, las poblaciones de las áreas rurales de México recurren a su conocimiento tradicional, caracterizado por su flexibilidad, para afrontar y adaptarse a la variabilidad del clima, resaltan expertos.

“Los campesinos tienen una gran tradición de apropiación del territorio, lo cual los hace bastante flexibles. Pero no siempre ese conocimiento tradicional funciona. La adaptación no es un proceso lineal”, dijo a IPS el investigador Fernando Briones, del estatal Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropología Social (Ciesas).

El académico desarrolló el proyecto “Saberes y prácticas climáticas de los pueblos indígenas de México: los choles”, del municipio de Tila, en el sureño estado de Chiapas, uno de los más pobres de este país. Ello le posibilitó analizar los ritos y pericias agrícolas de ese grupo originario, uno de los 62 que habitan esta nación.

Briones constató que los campesinos, que cultivan maíz, frijoles y café, siembran una parte antes del comienzo de la época de lluvias, en junio, otra mucho mayor acorde con el calendario tradicional y una última porción pasada la estación húmeda. Otra práctica es plantar a diferentes alturas.  (mais…)

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BA – Dilma vai decidir sobre destino de quilombolas de Rio dos Macacos

Crianças entregaram carta para Dilma a comissão de deputados

João Pedro Pitombo

A presidente Dilma Rousseff vai decidir sobre o destino das 34 famílias (cerca de 100 pessoas) do Quilombo Rio dos Macacos, que vivem um impasse com a Marinha pela  posse da área localizada dentro da Base Naval de Aratu. Uma solução definitiva só virá após o relatório do Incra, que deverá constatar a origem quilombola das famílias e de uma posterior decisão da presidente.

Acordo entre o comando da Marinha e os deputados da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal definiu pelo patrulhamento somente no entorno da área ocupada pela comunidade do Quilombo Rio dos Macacos. A medida emergencial visa acalmar os ânimos entre militares e moradores até 1º de agosto, quando terminará o prazo da suspensão judicial que impediu a retirada das famílias da região.

Reivindicada pelas famílias que lá vivem, a área está em litígio desde 2009, quando a Advocacia Geral da União (AGU) impetrou uma ação reivindicatória – acatada pela juíza Arali Maciel Duarte, da 10ª Vara Federal – determinando a retirada dos moradores do local. A execução da retirada estava marcada para 4 de março, mas o governo federal determinou a suspensão da tomada do território. (mais…)

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Rio dos Macacos: Crianças falam sobre violência em cartas à presidente

“A Marinha do Brasil vem nos causando muitos transtornos. Os soldados batem nas pessoas. Bateu em meu tio e levou meu avô preso”. As palavras são de um garoto de 13 anos, morador do Quilombo Rio dos Macacos. Assim como a dele, cerca de 15 crianças descreveram as supostas violações dos direitos humanos por parte da Marinha em cartas que serão remetidas à presidente Dilma Rousseff.

Portador das mensagens, o deputado Domingos Dutra vai defender junto à presidente a  permanência das famílias. Caso o governo decida pela retirada, ele promete acionar organismos internacionais, como as comissões de direitos humanos da ONU e da OEA: “Isso aqui é o crime contra a humanidade”.

A retirada das famílias do local é defendida pelo comando da Marinha, com o respaldo de uma ação reivindicatória da AGU. Como solução para o impasse, a Marinha acena com a possibilidade de doação de um terreno a cerca de um quilômetro da Base Naval para a construção de casas populares.

Os moradores, contudo, recusam-se a migrar para outro local, alegando laços históricos com a região. E pedem celeridade na resolução do impasse. “Aja rápido, presidente. Não espere acontecer mais um derramamento de sangue”, diz o agricultor José Rosalvo dos Santos.

http://atarde.uol.com.br/politica/noticia.jsf?id=5842889&t=Criancas+falam+sobre+violencia+em+cartas+a+presidente

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Especial Blog – Quando o oprimido vira opressor: Racismo, preconceito e violência em Santo Amaro, Bahia

Tania Pacheco

A posição deste Blog sempre foi de total defesa em relação às violências sofridas pela população da Santo Amaro da Purificação, Bahia. Denunciamos a falta de ação das autoridades e acompanhamos cada movimento em relação à  contaminação pelo cobre, que continua a atingir e a causar inclusive mutações genéticas em habitantes da cidade. Hoje mesmo, separamos para comentar notícia postada por Ney Didãn, do MOPSAM, sobre a descontaminação do Rio Subaé. No entanto, é com grande tristeza que deixo essa informação de lado para postar outra, que acabo de ver no Youtube, seguindo a dica de Oluandeji Nkosi e do blog Religiões Afro Brasileiras e Política. São diversos vídeos mostrando parte do povo de Santo Amaro praticando atos de racismo, preconceito, discriminação e da mais pura violência.

As diversas versões da história têm só um ponto em comum: o dono de um lava a jato teria cobrando uma dívida de R$10,00 de um cigano. Aí a continuação muda, indo desde a notícia de que o cigano o teria assassinado, até a de que o teria deixado no local onde estavam e ido em casa buscar o dinheiro. O que não muda é o que aconteceu a seguir: o acampamento cigano foi totalmente destruído. Enquanto as casas eram saqueadas e incendiadas, eletrodomésticos mais pesados, como geladeiras e fogões, eram amassados e arrebentados. A maioria das pessoas olhava. Grande parte filmava com celulares, muitas fazendo comentários de vitória. Outras riam e pareciam comemorar. Ninguém tentou evitar a violência.  (mais…)

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Pedagoga denuncia ser vítima de racismo no Facebook em Londrina

A pedagoga e cantora Adilsa Regina de Carvalho Oliveira, de Londrina, está preparando uma denúncia de crime de racismo cometido contra a imagem dela na rede social Facebook. Nesta segunda-feira (4), ela se reuniu com a gestora municipal de Promoção da Igualdade Racial, Fátima Beraldo, e o membro do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Fernando Alfradique Scanferla.

Durante o encontro Adilsa relatou que, ao defender uma amiga que foi ofendida por uma garota em uma foto publicada no Facebook, passou a ser atacada com palavras que ela considera indignas, mencionando a sua cor. Ela declarou que ficou aborrecida e foi aconselhada por uma amiga a procurar a Gestão de Promoção da Igualdade Racial.

Apesar de não ter oficializado a denúncia, Adilsa foi aconselhada pelo membro do CDH a levar a acusação adiante, pois, se ela se calar neste tipo de assunto, dará margem para que ocorram mais preconceitos. (mais…)

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Racismo, este des-conhecido

Por Márcia Moraes de Oliveira

Há anos comecei a militar pela questão racial simplesmente por ter sofrido racismo. Talvez, naquele dia, eu entendi o que era o racismo declarado e demonstrado em direção a um grupo. Em outras ocasiões, talvez, eu tivesse achado que tinha atacado somente a mim quanto indivíduo.

Quando um professor me constrangeu em sala de aula há quase oito anos, dentro de uma universidade pública, foi o primeiro passo para entender que a luta racial é coletiva. Primeiro, trata-se de uma luta. Segundo, trata-se de uma luta pela promoção da igualdade racial. Sim, estamos cansados de saber que raça biologicamente não existe. Porém, socialmente, raça existe.

Muitas vezes já escutei o conselho: «finja que não existe preconceito». Digamos que quem é negro sabe que é assim que se deve pensar para não surtar. Sim, muitos surtam. Sim, muitos surtavam na época da escravidão quando se viam com (tinham) o direito a vida roubado. Sim, muitas mulheres negras surtavam quando se viam afastadas de seus filhos, de seus maridos. (mais…)

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Cotas: visibilidade e justiça

Prof. Dr. Alex Sander da Silva*

Para tornar visível o que está invisível, faz-se necessário dar visibilidade. Esta afirmação nos parece, num primeiro momento, um tanto óbvia, mas, quando se trata de relações étnico-raciais, isso não é tão simples. Infelizmente ainda vivemos em uma sociedade marcadamente racista, que se manifesta em diversas formas sutis de preconceitos.

Mesmo com as diversas políticas de combate à discriminação racial, a questão da visibilidade negra ainda é um problema que precisa ser enfrentado. Em nosso contexto social, se fizermos perguntas do tipo: quantos negros e quantas negras ocupam cargos de grande importância hoje? Quantos são médicos, doutores, juízes, desembargadores? Ou quantos têm condições de acesso às melhores escolas, universidades? Veremos um quadro crítico sobre as desigualdades raciais no Brasil.

Ao serem aprovadas no Congresso Nacional as cotas para negros/as nas universidades federais, nos deparamos com inúmeros pontos determinantes da sociedade brasileira que colocam a nu as contradições raciais mais profundas do país. Há quem considere que política não diminuirá o racismo, o contrário, o tornará mais agressivo. Todavia, nesse sentido é importante, pois, um conhecimento mais profundo da realidade do racismo brasileiro. (mais…)

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