Nota em apoio ao MST

Lucas Santos de Matos

Desde o dia 16 de abril, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em todo o País promovem uma série de atividades que integram a Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária conhecida como “Abril Vermelho”.  As mobilizações no mês de abril ocorrem todos os anos em lembrança ao confronto de policiais militares com sem terras no Pará, em 17 de abril de 1996, que resultou na morte de 21 trabalhadores rurais.

Ter viva em nossa memória cenas como as ocorridas no dia 17 de abril de 1996 é manter o alerta ligado para que a sociedade brasileira não permita que absurdos como este jamais aconteçam novamente e nem permaneçam impunes! É inadmissível que após o assassinato de 21 trabalhadores rurais e mais de 100 feridos não tenhamos nenhum condenado preso, todos estão livres.

Em Sergipe, na manhã da última quinta-feira (19/04), recebemos com extrema preocupação a notícia de que desde o dia 17/04, quando foram feitas as ocupações na Fazenda Camaçari – em Itaporanga D’ajuda – e na Fazenda São Domingos – em Carira –, as famílias vêm sofrendo todos os tipos de ameaças, tanto por parte dos pistoleiros contratados pelos fazendeiros quanto pela polícia (a mando dos fazendeiros).

As atividades do “Abril Vermelho” visam chamar a atenção de toda a sociedade e do poder público para a necessidade da Reforma Agrária no Brasil. É por isso que apoiamos a luta dos companheiros e companheiras do MST e denunciamos que ainda há muitos grupos de pistoleiros no estado de Sergipe, mantidos pelos fazendeiros e com conivência e apoio da polícia!

Viva a todos e todas que ainda lutam neste país!

Assinam esta nota:

  • LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE;
  • CUT;
  • PSOL;
  • PSTU;
  • CONSULTA POPULAR;
  • BARRICADAS ABREM CAMINHOS;
  • MOVIMENTO NÃO PAGO;
  • ANEL;
  • FEAB;
  • ENEBIO;
  • ABEEF;
  • ENESSO;
  • FEMEH;
  • CSP-CONLUTAS;
  • PCB;
  • UJC;
  • RENAJU.

Enviada por Marta Almeida Filha.

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