MPF investiga uso de violência em desapropriações para obras do Porto Açu

Por Saulo Pessanha

O MPF (Ministério Público Federal) em Campos instaurou procedimento para investigar suposta formação de milícias e a violação de direitos humanos no município de São João da Barra, onde está em construção o Porto do Açu, empreendimento do grupo EBX, do empresário Eike Batista.

Segundo o MPF, seguranças privados e policiais militares estariam atuando de forma truculenta e arbitrária na desapropriação de agricultores e pescadores do 5º distrito da cidade.

O MPF diz ainda que as denúncias recebidas dão conta de que cerca de 800 famílias que querem permanecer na região estão sofrendo diversas ameaças para deixar o local, com a presença ostensiva de policiais militares e seguranças.

Procurada, a LLX –empresa do grupo EBX responsável pelo Porto do Açu– afirmou que “possui guarda patrimonial dentro das áreas que pertencem à companhia”. Porém, a companhia ressalta que a desapropriação é conduzida pela Codin (Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro).

Já a Codin, responsável pelo processo de desapropriação, afirmou desconhecer “completamente questões relativas à atuação de milícias” em São João da Barra.

http://www.fmanha.com.br/blogs/painel/?p=9962

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