Trabalhador rural é brutalmente assassinado em Arame, Maranhão

No dia 8 de Dezembro entre as 17hs e as 19hs foi brutalmente assasinado o trabalhador rural Júlio Luna da Silva  com 60 anos de idade. O fato aconteceu no povoado “Gavião”, assentamento “Fazenda CITEMA” no Município de Arame-MA. O seu Júlio morava sozinho dentro da área, sendo que se separou da mulher mais de vinte anos atras.

Os vizinhos contam ter visto seu Júlio voltar regularmente da roça ao redor das 17hs; foi deixar umas mangas para umas crianças de uma família vizinha. Tendo encostado em sua casa e tendo lembrado de uma mandioca, que tinha esquecido na roça, foi buscá-la. Com certeza ele voltou com ela, porque foi encontrada em cima da mesa, dentro de casa. Daqui em diante entramos na área das hipóteses. Uns vizinhos falam de ter ouvido os cachorros dele latindo; em seguida houve um disparo e os cachorros pararam de vez, mas, pelos relatos, ninguém foi averiguar nada. No dia seguinte, um trabalhador, que foi contratado por ele para que o ajudasse nos serviço da roça, chegando na casa do seu Júlio, não o encontrou, mas notou a porta do fundo da casa aberta. Enquanto este colega ia para roça, para fazer o serviço dele, encontrou o corpo do seu Júlio uns 200-300m afastado de sua casa.

Ele foi alvejado com um tiro nas costas; em seguida o assassino foi em cima dele, puxou o facão do seu Júlio e, com o mesmo, degolou-o, deixando a cabeça só em parte ligada ao tronco; depois desta atrocidade, cortou-lhe um pedaço de orelha, que nunca foi encontrado; talvez foi levado como “prova do serviço feito”. (mais…)

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Após dez anos de luta, quebradeiras de coco conseguem título de suas terras

Com o documento em mãos, as trabalhadoras vão poder participar de projetos e firmar convênio com o Governo Federal

O sonho de melhorar de vida se tornou realidade para 70 mulheres quebradeiras de coco do município de São José dos Basílios (MA), próximo à cidade de Presidente Dutra. As trabalhadoras da Associação das Quebradeiras de Coco de São José dos Basílios receberam o título da posse de um terreno adquirido em 2001, onde funciona a sede da entidade. E agora vão poder ser beneficiadas com vários projetos, na área de agropecuária e agricultura, do governo federal, por meio do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), além de financiamento por agências bancárias que disponibilizam microcréditos para o desenvolvimento rural.

No dia 17 de novembro, deste ano, Gonçala Valéria da Silva Ferreira, presidente da Associação, recebeu no cartório do 1º Ofício de Presidente Dutra, das mãos do tabelião substituto Cássio Bettega Nascimento, a certidão de matrícula do imóvel adquirido em 2001. ‘É com grande prazer que podemos apoiar a causa das quebradeiras de coco, que agora dá mais um passo, por terem o registro de sua sede e obter os benefícios desta regularização fundiária’, destacou o tabelião. ‘Para nós é uma grande conquista, pois não tínhamos o documento; lutamos por dez anos para conseguir esse título. Agora, vamos poder conseguir projetos por meio do governo federal, além de financiamentos, para melhoramos a condição de vida das trabalhadoras. É um sonho que virou realidade’, disse Gonçala Valéria Ferreira. (mais…)

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Máfia deu propina para juiz Weliton Militão comprar um BMW

Weliton Militão
Juiz Weliton Militão pedia vantagens em troca de sentenças
É o que revelam grampos inéditos da Operação Pasárgada; áudios vieram à tona e o Portal HD mostra com exclusividade

Ezequiel Fagundes – Do Hoje em Dia

Um conjunto de conversas grampeadas pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Pasárgada são as provas mais contundentes do Ministério Público Federal (MPF) contra os magistrados acusados de favorecer a ‘Máfia do FPM’ com sentenças judiciais. Gravados em 2008, os áudios só vieram à tona agora. Eles revelam como o juiz federal Weliton Militão dos Santos, então titular da 12ª Vara Federal em Minas, estava afinado com o esquema de corrupção e como se favoreceu dele.

Aposentado compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com a eclosão do escândalo, Militão é apontado na denúncia do subprocurador-geral da República, Carlos Eduardo de Oliveira Vasconcelos, do MPF em Brasília, como “co-fundador da organização criminosa” que desviou R$ 200 milhões do FPM, recurso que a União repassa às prefeituras para investimentos. (mais…)

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CPT Bahia ouve o grito do Cerrado

A CPT Bahia partilha o que viu e sentiu durante o Conselho Regional, em Correntina, no Cerrado baiano, realizado de 29 de novembro a 2 de dezembro de 2011. Os agentes da CPT,  camponeses e camponesas e representantes dos movimentos e entidades sociais que participaram do encontro se depararam com a realidade conflitava e chocante do Oeste da Bahia. Atrás da propaganda de “desenvolvimento” trazido pelo agronegócio de exportação, está sendo demolido um bioma – o mais antigo e fundamental – e se oculta um crime que se perpetua: a usurpação das terras públicas, a grilagem, o desmatamento, a morte dos rios e das nascentes, a degradação dos solos, a contaminação por agrotóxicos, a superexploração do trabalho e o trabalho escravo, o desmantelamento das comunidades tradicionais, a desagregação social – a extinção da vida. Em carta, a CPT se coloca mais uma vez ao lado do povo que luta fazendo pulsar tradição, cultura, religião, autonomia, solidariedade e ecologia, a despeito de sofrimentos. Confira o documento completo:

“A CPT Bahia partilha o que viu e sentiu durante o Conselho Regional, em Correntina, no Cerrado baiano, hóspede da equipe da CPT Centro-Oeste e da igreja local (diocese de Bom Jesus da Lapa). Junto com os camponeses e camponesas e representantes dos movimentos e entidades sociais, éramos 42 pessoas, entre encantadas e preocupadas com aquele lugar.

No Cerrado de Correntina, nos deparamos com uma realidade conflitava e chocante. Um poder, cego e tenebroso, vem há decênios corporificando-se no Oeste Baiano. Atrás da propaganda de “desenvolvimento” trazido pelo agronegócio de exportação, está sendo demolido um bioma – o mais antigo e fundamental – e se oculta um crime que se perpetua: a usurpação das terras públicas, a grilagem, o desmatamento, a morte dos rios e das nascentes, a degradação dos solos, a contaminação por agrotóxicos, a superexploração do trabalho e o trabalho escravo, o desmantelamento das comunidades tradicionais, a desagregação social – a extinção da vida. (mais…)

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Blogueiros progressistas fazem entrevista via twitcam com João Pedro Stedile

Da Página do MST

O integrante da Coordenação Nacional do MST, João Pedro Stedile, concede uma entrevista amanhã, segunda-feira (19/12), às 20h30, a um grupo de blogueiros progressistas, que será transmitida pela internet.

Participam os jornalistas Rodrigo Vianna (Escrevinhador), Luiz Carlos Azenha e Conceição Lemes (ambos do Vi o Mundo), Renato Rovai (Blog do Rovai), Paulo Salvador (Revista do Brasil) e a blogueira Conceição Oliveira (Blog da Maria Frô).

Stedile fará um balanço das lutas do MST e da classe trabalhadora em 2011, da lentidão da Reforma Agrária, dos impactos da expansão do agronegócio (com os recordes de uso de agrotóxicos e as mudanças do Código Florestal) e do primeiro ano de governo da presidenta Dilma Rousseff.

A entrevista, que acontecerá na sede do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, será transmitada por esses blogs e pela Página do MST. Acompanhe também os comentários pelo twitter dos participantes e mande suas perguntas.

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IstoÉ: A violência que veio com a usina

Reportagem de Flávio Costa e Lunaé Parracho para a Revista IstoÉ aponta que região afetada pela obra de Belo Monte, no Pará, sofre com o aumento dos índices de criminalidade

Por Xingu Vivo

Nos últimos anos, poucas obras despertaram tanta polêmica quanto a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. A controvérsia está longe de se limitar ao impacto sobre o meio-ambiente e nas comunidades indígenas ou de ribeirinhos que deverão ser deslocadas para que a usina seja instalada. Autoridades policiais, lideranças de movimentos sociais e moradores apontam o fluxo populacional gerado pela obra, iniciada em junho passado, como um dos fatores responsáveis pelo aumento de alguns dos índices de violência nos 11 municípios atingidos diretamente pela hidrelétrica. Tráfico de drogas, estupros, ameaças, porte ilegal de arma, flagrantes e lesões corporais são crimes que registraram elevação considerável nas estatísticas policiais. (mais…)

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Carta a Claude Levi-Strauss

Velas contra massacres, no Ato Público do dia 25/11, na AL/MS.

Jornal Porantim

Caro professor, no início da década de 1950 o senhor se perguntou – com base nas visitas que fez, 20 anos antes, a comunidades indígenas dos sertões brasileiros: somos ainda humanos o bastante para compreendê-los? Desta questão, tua imaginação fértil, análise criteriosa de alguns povos e a revisão de parte de sua vida e produção intelectual produziram a obra Tristes Trópicos.

Sessenta anos se passaram e podemos dizer que hoje temos certeza de que não se trata apenas de compreensão, mas de garantir os direitos conquistados por estes povos no país e no mundo. Talvez a pergunta agora seja: somos humanos o bastante para fazer valer tais direitos, depois de séculos de espoliação e violência contra os povos indígenas?

Na forma em que o Estado está organizado, leis são detalhes para governos com interpretações particulares de democracia e produtos de grupos que dizem representar o povo e as reais necessidades da nação – muitos, com ideologias solventes ao contato com o processo histórico. Justamente por isso, cada governo é um, sendo todos forjados por interesses diluídos nas bolsas de valores, nos conchavos eleitorais e nos projetos sistêmicos. (mais…)

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Água para quem?

Magnólia Azevedo Said*

No dia 8 de dezembro, a coordenação da ASA, em reunião com o Ministério do Desenvolvimento Social em Brasília, foi surpreendida com a decisão do governo Dilma de que não interessa mais ao governo brasileiro, continuar apoiando os dois únicos projetos governamentais que vêm de fato, levando água de qualidade para famílias necessitadas do semi-árido, através da construção de Cisternas de Placas, o P1MC e o P1 + 2, respectivamente: Programa 1 milhão de Cisternas e Programa 1 Terra e 2 Águas. Este último,  além das cisternas, fornece água para a produção de alimentos.

O motivo explicitado pelo representante do Ministério foi de que a estratégia do governo com o Programa “Água para Todos”, dar-se-á pela via dos Estados e Municípios. Isso significa que doravante, a decisão sobre quem terá acesso à água, estará a cargo de governos e prefeituras.

A construção de cisternas com o uso do cimento, é resultado de todo um processo de mobilização, organização comunitária, conscientização e capacitação para o acesso a um direito básico. Além de trazer consigo a articulação entre água e meio ambiente a partir do envolvimento de toda a família, é ainda fonte geradora de emprego. Agora, por uma decisão anti-democrática e desrespeitosa com um conjunto de organizações da sociedade civil e movimentos sociais, essa tecnologia será substituída por Cisternas de Plástico-PVC. Acreditem! Cisternas de Plástico no semi-árido! (mais…)

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Dilma: presente natalino aos Nordestinos

Roberto Malvezzi (Gogó)*

O presente da presidente Dilma ao povo do semiárido nesse Natal já está decidido: uma cisterna de plástico.

A presidente é uma excelente gerente, pessoa íntegra e acima de qualquer suspeita. Quando criou o “Água para Todos” nos encheu de alegria. Afinal, agora iríamos acelerar a construção das cisternas para beber e produzir. Mas, a presidente preferiu doar centenas de milhares de cisternas de plástico para os nordestinos. Descartou o trabalho histórico da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) e vai trabalhar exclusivamente com os estados e municípios.

Claro que essa decisão está acima de qualquer interesse eleitoreiro, ou dos coronéis do sertão, ou dos 10% das empresas fabricantes do reservatório. Dilma é uma mulher honrada.

Claro que os empresários enviarão junto com as cisternas pedagogos, exímios conhecedores do semiárido, que farão a educação contextualizada realizada a duras penas por milhares de educadores da ASA. Esses pedagogos evidentemente conhecem o semiárido, o regime das chuvas, a pluviosidade de cada região, como se deve cuidar dos telhados, das calhas. Irão pelo sertão, pelas serras, pelos brejos, gastarão dias de suas vidas em meio às populações para realizar com um cuidado sacerdotal as tarefas que a questão exige. (mais…)

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