Projeto Passeio no Parque inicia com sucesso na Serra da Barriga

Grupo de Capoeira se apresenta durante o Passeio no Parque

A Serra da Barriga, localizada no município de União dos Palmares, em Alagoas, sediou, no último domingo (18), o Projeto Passeio no Parque, que pretende a cada mês resgatar e aproximar a cultura quilombola aos visitantes do Parque Memorial Quilombo dos Palmares.

O projeto foi elaborado pela representação da Fundação Cultural Palmares em Alagoas, junto a Associação dos Grupos Culturais de União (Agrucenup) e o Grupo Espírita Santa Barbara (Guesb); contou com o apoio de empresários e da comunidade palmarina, que também pretigiou o evento.

Segundo a ialorixá Mãe Neide Oyá D’Oxum, esse projeto é o começo de uma luta pela valorização da cultura afro, já que a Serra da Barriga foi palco de uma das maiores lutas pela liberdade. Mãe Neide, que também é responsável pelo funcionamento do restaurante do Parque, por meio do Guesb, lembra que a iniciativa tende a crescer. “A mulher que está à frente de tudo isso precisa de nossa ajuda, estamos juntos”, disse, referindo a Genisete Sarmento, representante da Fundação Palmares em Alagoas. (mais…)

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Tribunal de Londres processa capitão da seleção inglesa John Terry por racismo

John Terry (D), ao lado do uruguaio Luis Suárez, também acusado de racismo (AFP, Ian Kington)

LONDRES, Reino Unido — O capitão da seleção inglesa e do Chelsea, John Terry, será processado por racismo, anunciou nesta quarta-feira um tribunal de Londres.

O zagueiro é acusado de insultos racistas contra Anton Ferdinand, do Queen’s Park Rangers durante uma partida do Campeonato Inglês.

Avisei aos serviços de polícia que John Terry deve ser processado por racismo após supostos comentários que teria tido durante a partida de Premier League entre o Queen’s Park Rangers e o Chelsea no dia 23 de outubro de 2011″, declarou o procurador Alison Saunders num comunicado.

“Após ter estudado todas as provas, avalio que a possibilidade de condenação é realista e considero que é de interesse público levar este assunto a julgamento”, completou.

Terry, de 31 anos, negou os fatos e explicou que suas palavras foram mal interpretadas e citadas fora do contexto. (mais…)

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Publicação da Ufam dá visibilidade a comunidades rurais em conflito com o Exército

Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia lança fascículo e vídeo sobre a presença de ribeirinhos em zona rural de Manaus

Área onde foi erguido o cemitério da comunidade Jatuarana também tem demarcação feita pelo Exército (FOTO: Euzivaldo Queiroz)

Famílias das comunidades Mainã e Jatuarana, zona rural de Manaus, receberam um reforço de peso na sua batalha para permanecer nas terras onde vivem. O projeto Nova Cartografia Social da Amazônia (PNCSA) lançou no último domingo (18) uma publicação que legitima a presença de comunidades tradicionais na área.

O fascículo do NCSA, grupo de pesquisa vinculado à Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e à Universidade do Estado do Amazonas (UEA), pretende dar visibilidade à existência de famílias de ribeirinhos que vivem ali há várias décadas, antes mesmo da doação das terras pelo governo do Amazonas ao Exército Brasileiro, no inicio dos anos 70.

“O Exército e os mapas das instituições oficiais dizem que não existem comunidades naquela área. Que a área foi invadida. O fascículo e o vídeo produzido projeto mostram que o local é ocupado antes do Exército chegar. É o que as populações querem mostrar”, destacou Érika Takasono, pesquisadora do NCSA e uma das organizadores do trabalho.

A publicação integra a série Movimentos Sociais, Identidade Coletiva e Conflito. Ela foi batizada de “Pescadores e Pescadoras, Agricultores e Agricultores do Lago do Puraquequara e Jatuarana: Luta e Garra Contra a Opressão do Exercito -À vitória das comunidades ribeirinhas, área rural de Manaus”. (mais…)

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Relatório associa conflitos agrários a abandono do poder público

Senadora Vanessa Grazziotin apresentou relatório sobre conflitos agrários

A Senadora do AM, Vanessa Graziottin, divulgou nesta terça-feira (20) o relatório após digilências em vários assentamentos da Amazônia

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) anunciou nesta terça-feira (20) a conclusão dos trabalhos da comissão temporária externa encarregada de acompanhar os conflitos agrários na região amazônica.

O relatório, a ser encaminhado ao Executivo e ao Ministério Público, sugere que seja feito um acompanhamento mais próximo das ações desenvolvidas pelo poder público em áreas deflagradas.

A senadora lembrou que a comissão foi formada em consequência de assassinatos de trabalhadores ocorridos em maio no Pará e em Rondônia.

Na opinião da senadora, os conflitos na região Amazônica são consequência do abandono do poder público, que se traduz na falta de regulamentação e de fiscalização, por exemplo.

A senadora disse que foram analisado que o perfil dos moradores de todas as áreas de assentamento das localidades visitadas pela comissão é semelhante. Ou seja, a maioria dos assentados é de imigrantes, pessoas que decidiram se mudar para a Amazônia na busca de novas oportunidades já exauridas em seus estados. (mais…)

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Interesse de empresas de mineração em terras indígenas tende a crescer

Banco de dados sobre situação das terras indígenas está disponível sem site lançado pelo Instituto Socioambiental

Terra Indígena Yanomami, em Roraima, constantemente invadida por garimpeiros (Divulgação/Hutukara)

Elaíze Farias

Terras indígenas dos povos Yanomami, Waimiri-Atroari, Mundurucu e os mais de 20 que vivem na região do Alto Rio Negro, no Amazonas, estão entre as dez da Amazônia Legal com maior número de processos de mineração por faixa de área requerida.

O levantamento, com gráficos e dados detalhados, faz parte do banco de dados públicos que o Instituto Socioambiental (ISA) lançou nesta segunda-feira (19). Os dados estão disponíveis do site de Olho nas Terras Indígenas.

As informações têm como base o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). A compilação leva em conta a incidência de requerimentos sobre as TIs. A última atualização foi realizada em setembro de 2010.

O indicador sobre mineração aponta uma tendência que pode ganhar força em 2012: a flexibilidade da exploração e comercialização de minérios nas terras indígenas. Esta tendência se constitui numa ameaça às terras indígenas segundo a antropóloga Majoí Gongora, uma das pesquisadoras da equipe do ISA que elaborou o banco de dados. (mais…)

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Perú: Red Muqui propone nuevo contrato social y ambiental para enfrentar conflictos sociales

Servindi, 20 de diciembre, 2011.- Construir un  nuevo contrato social y ambiental para resolver de manera democrática el escenario inmediato de conflictividad social en torno a las actividades extractivas propuso el colectivo Red Muqui.

Mediante un pronunciamiento público difundido el martes 19 de diciembre el colectivo propuso una serie de propuestas de cambio para enfrentar las causas de los conflictos sociales y avanzar hacia una nueva minería en el Perú.

Debido al escenario de gran conflictividad en el país especialmente por motivos socioambientales, la Red Muqui considera de urgente necesidad “discutir democráticamente cuál es el rol que debe tener la minería en el desarrollo sostenible”.

La primera de las ocho medidas propuestas se refiere a la necesidad de fortalecer el Ministerio del Ambiente “como única autoridad ambiental con capacidad y poder necesarios para implementar una gestión transectorial”.

Esa cartera debe tener responsabilidad sobre la Autoridad Nacional del Agua y sobre la evaluación y aprobación de los Estudios de Impacto Ambiental (EIA), proponen. (mais…)

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Vazamento de óleo e as praias do litoral pernambucano? Por Heitor Scalambrini Costa*

Adital – O título deste artigo pode parecer mau agouro, anúncio precipitado, previsão pessimista, seja lá como se pode interpretar. Todavia temos assistido, com certa recorrência, anúncios de vazamento de óleo no mar, e os impactos desses acidentes na costa do país, que nos levam a imaginar a possibilidade de semelhantes desastres ocorrerem no litoral pernambucano.

Isto porque o complexo industrial portuário de Suape abriga e planeja para futuro próximo, um conjunto de instalações industriais poluidoras e de alto risco, que aumentará assim substancialmente a probabilidade de ocorrências de desastres com vazamentos e, derramamentos de petróleo e derivados. São classificadas como indústrias sujas, estaleiros navais (dois planejados e dois já em funcionamento), termelétrica a gás natural (já em funcionamento) e a óleo combustível (Termelétricas Suape II e Suape III), a Refinaria de Abreu e Lima, que terá sua própria termelétrica, e o projeto do parque de tancagem para armazenar 200.000 toneladas de óleo combustível para atender a anunciada maior termelétrica do mundo, Suape III.

Não se pode continuar fingindo não saber que o uso de combustíveis fósseis (gás natural e petróleo/derivados) na geração elétrica e em outras atividades, da produção ao transporte, é a principal causa do aquecimento global, com consequências diretas nas mudanças climáticas e assim na intensificação de fenômenos como inundações, estiagens, extinção de espécies, entre outros. Logo, consumir derivados de petróleo significa devolver para a atmosfera, sob a forma de gases e particulados, uma massa enorme de carbono e outros elementos como enxofre e nitrogênio, que foram retirados desse meio há milhões de anos. Essa massa de petróleo consumida no mundo (em torno de 100 milhões de barris/dia) e gás (aproximadamente 15 bilhões de m3/dia) é quase toda queimada, transformada basicamente em gás carbônico. É uma massa de carbono sem precedentes na história, jogado artificialmente na atmosfera, constituindo-se em um dos fatores de agressão à natureza promovida pela indústria do Petróleo. As agressões ocorrem em todas as etapas dessa indústria. (mais…)

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Polícia Federal indiciou dez suspeitos de ataque a acampamento indígena em MS

Fazendeiros teriam contratado seguranças para retirar os índios, diz PF. Inquérito sobre o caso será concluido nesta quinta-feira (22), diz polícia.

Tatiane Queiroz do G1 MS

A Polícia Federal (PF) indiciou 10 pessoas suspeitas de envolvimento no ataque ao acampamento indígena Guaviry, da etnia guarany-kaiwá, ocorrido no dia 18 de novembro. Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, a PF informou que o inquérito sobre o caso será concluído nesta quinta-feira (22).

Segundo informações do Ministério Público Estadual (MPE), havia cerca de 30 indígenas no acampamento, localizado próximo a fronteira com o Paraguai, no momento da invasão. Os indígenas afirmam que aproximadamente 20 homens chegaram ao local em caminhonetes. Eles teriam atirado com armas de balas de borracha. Três pessoas foram atingidas. O cacique Nísio Gomes, de 59 anos, desapareceu e os índios afirmam que ele foi levado pelos invasores.

As investigações da Polícia Federal apontaram que fazendeiros da região teriam contratado seguranças de uma empresa privada de segurança para retirar os índios do local. Quatro pecuaristas, um advogado, dois administradores da empresa de segurança e outras três pessoas foram indiciados por lesão corporal, formação de quadrilha e porte ilegal de arma de fogo. Três integrantes do grupo de agressores chegaram a ser presos, mas foram soltos no decorrer do inquérito. (mais…)

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As milícias no campo miram em direção aos movimentos sociais

Latifundiários e transnacionais contratam grupos armados para se “protegerem”

Seguranças privados agridem indígenas e apoiadores para garantir invasão de construtora em terra de ocupação tradicional - Foto: ABr

Jorge Américo

O campo de atuação das empresas de segurança privada não está restrito às cidades. É cada vez mais comum, no meio rural, a presença de grupos armados contratados por fazendeiros. Em 27 de julho de 2011, foi realizado em Curitiba (PR) o Tribunal de Júri que puniu pela primeira vez um caso de milícia privada no campo.

Os jurados consideraram Jair Firmino Borracha culpado pelo assassinato do agricultor Eduardo Anghinoni, irmão de uma das principais lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Paraná. O réu foi condenado a 15 anos de prisão. O crime ocorreu em 1999, no município de Querência do Norte (PR). As provas e os depoimentos apresentados no julgamento reforçaram a hipótese da existência de uma organização criminosa que atuava contra militantes de movimentos sociais na região.

Um caso semelhante permanece sem solução. Após uma ação articulada pela empresa NF Segurança, o trabalhador rural Valmir Mota de Oliveira, mais conhecido como Keno, foi morto por um funcionário que prestava serviços para a transnacional Syngenta. Outros cinco trabalhadores ficaram gravemente feridos. Ambos participavam do acampamento Terra Livre, em Santa Tereza do Oeste (PR), área na qual a empresa promovia experimentos ilegais de sementes de milho transgênico. Embora o crime tenha ocorrido no final de 2007, o processo se encontra na fase inicial de consulta das testemunhas. (mais…)

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Analfabetismo entre jovens em favelas é maior que em áreas urbanas regulares

A taxa de analfabetismo entre as pessoas com 15 anos ou mais que vivem em favelas é 8,4%, o dobro da relativa às áreas urbanas regulares de municípios que concentram essas comunidades.

O dado faz parte do levantamento Aglomerados Subnormais – Primeiros Resultados, baseado em informações do Censo Demográfico 2010, divulgado hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo revela que a situação mais grave é encontrada em Alagoas, onde 26,7% das pessoas que moram em assentamentos irregulares são analfabetas. Em seguida, aparecem a Paraíba (21,3%) e o Rio Grande do Norte (16,3%).

A taxa de analfabetismo no Brasil é 9,6%.

Ainda de acordo com o levantamento, mais da metade dos moradores de aglomerados subnormais (55,5%) são pessoas pardas, seguidas de brancas (30,6%) e de pretas (12,9%). A maior parte da população (34%) dessas comunidades tem rendimento mensal na faixa que vai de mais de meio salário mínimo até um salário mínimo. Apenas 4,6% ganham mais de dois salários mínimos. Entre a população que vive nas áreas urbanas regulares em municípios com ocorrência de favelas, 26% têm rendimentos que vão de mais de meio salário mínimo até um salário mínimo e 27,1% ganham mais do que dois salários mínimos. (mais…)

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