“A separação das notícias tira do leitor a capacidade de entender fatos complexos, como o atual processo de destruição da Amazônia. O fracionamento faz com que a tramitação do Código Florestal no Congresso seja tratada em páginas de política; obras de infraestrutura na Amazônia, em economia; o ritmo da devastação florestal, em ciência; as mudanças dramáticas no clima amazônico, em meteorologia”, afirma Leão Serva, jornalista, ex-secretário de Redação da Folha (1988-92), autor de “Jornalismo e Desinformação” (editora Senac), em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 20-12-2011.
Segundo o jornalista, “o governo se aproveita da miopia: jamais anuncia dois projetos ao mesmo tempo, diluindo o impacto de cada um. O próprio índice percentual de destruição total da floresta (estimado pelo Inpe pela análise de fotos de satélites do programa Prodes) é tema de confusão”. E assim, constata, “. Assim, de “boa notícia” em “boa notícia”, a floresta morre”. Eis o artigo.
Dados preliminares sobre o desmatamento foram vistos como “boa notícia”, mas só mostram que o tumor causou a amputação de parte menor.
A Amazônia tem câncer e a opinião pública brasileira não sabe porque a imprensa está míope. (mais…)