Carta da professora e antropóloga Aline Crespe e de seus alunos indígenas sobre o massacre de anteontem, 18, em Amambaí
Por Aline Crespe, da Universidade Estadual de MS, Unidade Amambaí
Ontem pela amanhã, ao abrir meu e-mail, recebi mais uma triste notícia de uma situação de violência contra um grupo indígena acampado em uma área em litígio e à espera da continuidade do processo de regularização fundiária da terra indígena. O acampamento se localiza em Amambaí, sul de Mato Grosso do Sul, a menos de cem quilômetros da fronteira com o Paraguai. O acampamento está localizado em uma pequena parte da área de ocupação tradicional chamada Guaiviry. A área esta inserida no conjunto de terras indígenas que deverão ser demarcadas no Mato Grosso do Sul.
O processo de identificação destas áreas começou em 2007 e desde então vem sido repetidamente interrompido pelos conflitos políticos que o envolve. Enquanto isso, repetidos atos de assassinatos contra grupos indígenas que aguardam pela identificação e demarcação destas áreas vem ocorrendo. A situação de insegurança e medo vivido pelas populações indígenas é insustentável. No ano passado a Survival Internacional publicou um importante relatório denunciando a situação das populações guarani no estado de Mato Grosso do Sul. (mais…)
A filósofa Elisabeth Badinter explica por que o feminismo perdeu seus pontos de referência. “Prevaleceu um naturalismo à la Rousseau com relação à política e à cultura”. “Estamos no fim da revolução de 1968, mas o progressivo triunfo do desejo chegou a um limite perigoso”. A reportagem é do jornal La Repubblica, 03-11-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.


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