Liderança negra comenta lei que designa comemoração no 20 de Novembro

Foto: Edemir Rodrigues

Por Karina Lima, Redação Pantanal News

Campo Grande (MS) – A presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou no dia 10 de novembro, a Lei 12.519, que institui o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, a ser comemorado, anualmente, no dia 20 de novembro, data do falecimento do líder negro Zumbi dos Palmares. A resolução oficializa uma iniciativa bem-sucedida dos movimentos sociais negros, iniciada em meados da década de 1.970.

Na opinião da coordenadora de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial de Mato Grosso do Sul (CPPIR), Raimunda Luzia de Brito, as comemorações ao mês da consciência negra são importantes. “Primeiro por que a gente comemora no dia do segundo herói brasileiro. O primeiro foi Tiradentes e o segundo foi Zumbi dos Palmares – que foi tirado de sua família, no quilombo, muito pequeno”, lamenta Brito ao informar que, no 20 de novembro é comemorado o dia da libertação do povo negro. “Por isso é importante a comemoração da semana da consciência negra. Antigamente fazia-se só as comemorações no dia 20 de novembro, depois viu-se que é pouco devido a quantidade de palestras e foi aumentando as atividades”. (mais…)

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Censo 2010: Síntese dos principais resultados e acesso à publicação completa

Segundo os resultados do Censo Demográfico, os emigrantes brasileiros residiam em 193 países do mundo, sendo a maioria mulheres (53,8%). O principal destino dos emigrantes foi os Estados Unidos, especialmente daqueles oriundos de Minas Gerais. São Paulo era a principal origem dos emigrantes(aproximadamente 106 mil pessoas ou 21,6%). É a primeira vez que o IBGE investiga essa informação, que permite detectar a origem, o destino e o perfil etário e por sexo dos emigrantes.

O Censo 2010 detectou, ainda, que, embora muitos indicadores tenham melhorado em dez anos, as maiores desigualdades permanecem entre as áreas urbanas e rurais. O rendimento médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade, com rendimento1, ficou em R$ 1.202. Na área rural, o valor representou menos da metade (R$ 596) daquele da zona urbana (R$ 1.294). O rendimento das mulheres (R$ 983) alcançou cerca de 71% do valor dos homens (R$ 1.392), percentual que variou entre as regiões.

A taxa de analfabetismo, que foi de 9,6% para as pessoas de 15 anos ou mais de idade, caiu em relação a 2000 (13,6%). A maior redução ocorreu na faixa de 10 a 14 anos, mas ainda havia, em 2010, 671 mil crianças desse grupo não alfabetizadas (3,9% contra 7,3% em 2000). Entre as pessoas de 10 anos ou mais de idade sem rendimento ou com rendimento mensal domiciliar per capita de até ¼ do salário mínimo, a taxa de analfabetismo atingiu 17,5%, ao passo que na classe que vivia com 5 ou mais salários mínimos foi de apenas 0,3%. (mais…)

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Populações indígenas têm os piores indicadores sociais da Amazônia

Luana Lourenço, Enviada especial*

Belém (PA) – Se os indicadores sociais da Amazônia estão aquém da média nacional dos países que compartilham a floresta, as populações indígenas são ainda mais vulneráveis. O relatório A Amazônia e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio avaliou indicadores de nove países: o Brasil, a Bolívia, Colômbia, o Equador, Peru, a Venezuela, o Suriname, a Guiana e a Guiana Francesa e identificou resultados piores para os indígenas.

O levantamento diz que nos nove países há 1,6 milhão de indígenas, de 375 povos. Nem todos vivem em territórios reconhecidos, o que, segundo os pesquisadores, tem impacto direto na subsistência e na qualidade de vida das comunidades. “A erradicação da pobreza e da fome está intimamente associada à garantia do usufruto de seus territórios tradicionais. A consolidação territorial é que permite que as populações indígenas possam produzir seus alimentos por meio da pesca, caça, agricultura etc.”, destaca o trabalho.

Os piores resultados estão relacionados à saúde. A ausência de serviços básicos e as distâncias geográficas na região acabam excluindo as populações indígenas do atendimento de saúde. A alta incidência de malária, tuberculose  e doenças sexualmente transmissíveis entre essas populações confirma a desigualdade. A taxa de incidência de tuberculose entre os indígenas do Brasil, por exemplo, é 101 para cada 100 mil pessoas. A média nacional é 37,9 casos para cada 100 mil. Na Venezuela, há tribos que registram 450 casos de tuberculose para cada 100 mil pessoas. (mais…)

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Amazônia está longe de cumprir Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, mostra relatório

Luana Lourenço, Enviada especial*

Belém (PA) – Com 34 milhões de habitantes em nove países, a Amazônia tem indicadores sociais ainda distantes dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM). A avaliação considera indicadores de nove países que compartilham a floresta: o Brasil, a Bolívia, Colômbia, o Equador, Peru, a Venezuela, o Suriname, a Guiana e a Guiana Francesa e está no relatório A Amazônia e os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio.

A pesquisa foi organizada pela Articulação Regional Amazônica (ARA) e divulgada durante o encontro Cenários e Perspectivas da Pan-Amazônia, organizado pelo Fórum Amazônia Sustentável.

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio propõem metas para melhorar indicadores de pobreza, educação, saúde, desigualdade de gênero, mortalidade infantil e materna e de meio ambiente. Estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000, os ODM têm metas a serem cumpridas até 2015.

Desde a década de 1990, a Amazônia registrou melhoria na maioria dos indicadores, mas os avanços não foram significativos e ainda deixam os índices regionais abaixo das médias nacionais. Dos oito objetivos estabelecidos até 2015, apenas um já foi alcançado na parte amazônica de todos países analisados no estudo: a eliminação da desigualdade de escolaridade entre homens e mulheres. (mais…)

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Energia elétrica chega a 97,8% dos domicílios

Energia elétrica chega a 97,8% dos domicílios

Censo do IBGE mostra que cobertura de serviços básicos cresceram entre 2000 e 2010

Em 2010, dos serviços prestados aos domicílios, a energia elétrica apresentou a maior cobertura (97,8%), principalmente nas áreas urbanas (99,1%), mas também com forte presença no Brasil rural (89,7%) – de acordo com dados do Censo 2010 divulgados na quarta-feira (16), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cobertura dos principais serviços públicos, como água, esgoto e coleta de lixo cresceu nos últimos dez anos (veja gráfico).

Em 11 de novembro, o programa Luz Para Todos completou oito anos com 14,3 milhões de brasileiros atendidos com energia elétrica em 2,8 milhões de domicílios no meio rural. A meta inicial de fazer dois milhões de ligações e atender a dez milhões de pessoas foi alcançada em maio de 2009. Em julho deste ano, o Luz para Todos foi prorrogado até 2014, com o objetivo de levar ligações gratuitas aos cidadãos que vivem em áreas de extrema pobreza e em regiões que teriam impacto tarifário se não houver a atuação governamental. (mais…)

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Festival globale Rio 2011 – 18 a 26 de novembro

Globale é um festival que propõe, através da exibição de filmes de ficção e documentário, construir momentos de debate com um público amplo sobre temas relacionados aos processos de globalização. É um festival sem fins lucrativos, não competitivo e que, portanto, não entrega prêmios nem cobra taxas de inscrição. Globale nasceu em Berlim (Alemanha), em 2003, e segue sendo realizado até hoje com o propósito, inclusive, de que as sedes do festival sigam multiplicando-se, de forma a criar uma rede. Atualmente, o globale acontece em três cidades alemãs, em Montevidéu (Uruguai), desde 2009, e também em Varsóvia (Polônia) desde 2010. O Rio de Janeiro terá sua primeira edição em novembro de 2011. (mais…)

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Sociedade civil se reúne para propor ações de combate à intolerância racial

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A abertura do encontro da sociedade civil dentro do Afro XXI foi marcada pela afirmação da autonomia dos movimentos sociais e da sociedade civil em relação aos governos. A perspectiva desse encontro entre representantes da sociedade civil ibero-americano, caribenha e africana é constituir propostas que contribuam com a Declaração de Salvador, documento que sairá do encontro de chefes de Estado no último dia do Afro XXI.

À mesa de abertura do encontro sentaram-se, lado a lado, representantes dos movimentos sociais e de governos. O primeiro a saudar o encontro foi Gilberto Leal, militante do Movimento Negro, que destacou a necessidade da união e da competência na articulação política da sociedade civil para ter força para interferir e enfrentar blocos políticos muito bem articulados na região.

Juca Ferreira, representante do Brasil na Secretaria Geral Ibero-Americana, fez um prognóstico nada animador da possibilidade de recrudescimento do racismo com as crises atuais que afetam o centro do capitalismo global. Por outro lado afirmou a maturidade do movimento social de luta por igualdade. “Esse momento não é apenas de celebração. O objetivo é interferir no processo democrático e de desenvolvimento econômico”, disse Ferreira. (mais…)

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Bastiões da democracia? Idosa de 84 anos é agredida por policiais nos EUA

Agredida e humilhada, Dorli Rainey (84) afirma que seguirá lutando

A polícia de Seattle reprimiu duramente uma manifestação organizada por indignados do movimento “Occupy” nesta terça-feira. Uma mulher de 84 anos, uma grávida e um padre foram atacados com gás de pimenta pelas forças de segurança. A imagem e as informações são do jornal Seattle PI.
A foto de Dorli Rainey, a mulher de idade, sendo carregada por dois manifestantes e com resquícios do produto químico em seu rosto tornou-se uma das imagens-símbolo do movimento civil, que se espalha por todas as grandes cidades dos Estados Unidos e luta contra a desigualdade social no país.
“É uma imagem horrível. Eu não sou tão feia assim”, disse Dorli, ex-professora, em uma entrevista à agência Associated Press. Ela é uma ativista conhecida no círculo político da cidade, e se descreve como “uma velha senhora em botas de combate”. Ela afirmou, mesmo após o incidente, que continuará a participar dos protestos. “Sou bem durona”. (mais…)

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Relatório do Cimi diz que deputado do MS prejudica vida de indígenas

Analista Pericial no Ministério Público Federal, lotado na Procuradoria da República em Dourados Marcos Homero Ferreira Lima

O Relatório de violência contra os Povos Indígenas no Brasil – CIMI – 2003 – 2010, divulgado no começo deste mês pelo Conselho Indigenista Missionário – Cimi do Mato Grosso do Sul, entidade ligada à Igreja Católica, que apontou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como financiador de compra de cana-de-açúcar produzida em suposta terra indígena de Caarapó, mostra ainda que um deputado estadual também estaria prejudicando a vida das famílias indígenas que vivem no entorno da usina.

Seria o deputado Zé Teixeira, presidente regional do DEM. A acusação foi tornada pública pelo próprio Cimi, por meio de uma carta anexada ao relatório e que teria sido escrita pela comunidade Guyraroka de Caarapó.

“A Usina Nova América (é como os Kaiowa de Guyraroka denominam a Usina da Cosan), se eu me lembro, começou a funcionar no início de 2010. O plantio começou antes, parece que foi em 2005. Começou ali no Zé Teixeira na região do cabo de aço. 250 hectare. Ele plantou primeiro, aí foi continuar plantando. Naquele lugar era puro pasto de fazenda, que antes de ser fazenda era mato. Tinha uma parte de campo com guavira e remédio. Hoje tudo tá só canavial. Quando começaram a plantar cana…”, diz um trecho da carta. (mais…)

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