Impunidade no Pará. ‘Uma mancha do governo Dilma’. Entrevista especial com Dom Frei Wilmar Santin

Os assassinatos por causa de denúncias de ilegalidade ambiental continuam aterrorizando os moradores do Pará. Depois da morte de Dorothy Stang, em 2005, vários assassinatos se sucederam no Norte do país, ampliando a descrença na justiça. No dia 22 de outubro, o bispo da Prelazia de Itaituba, no Pará, Dom Frei Wilmar Santin, comunicou a morte do líder comunitário João Chupel Primo. “Tudo indica que a morte foi encomendada por causa das denúncias que ele vinha fazendo em relação à extração ilegal de madeira em uma reserva florestal. Foi uma execução covarde e muito bem planejada, por pessoas altamente profissionalizadas no crime de extermínio”, contou à IHU On-Line, em entrevista concedida por telefone.

Dom Frei Wilmar Santin (foto) foi nomeado bispo há seis meses e diz que, nesse período, escuta com frequência a pergunta: “Será que nós vamos voltar ao tempo do faroeste?”. Para ele, a segurança e a prostituição são os principais problemas sociais de Itaituba, e só serão resolvidos quando houver intervenção estatal. Na entrevista a seguir, ele cobra a atuação do governo federal. “Nas eleições, Dilma prometeu intensificar a segurança, e portanto precisa disponibilizar meios necessários para elucidar esse crime. (…) A Polícia Federal tem que ajudar nas investigações e colocar um basta nesse negócio de encomendar morte dos outros”.

Dom Frei Wilmar Santin, frei carmelita, é bispo da Prelazia de Itaituba, no Pará. Confira a entrevista. (mais…)

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Quilombolas de Rio dos Macacos vencem mais uma batalha: expulsão é adiada!

Irmãs que nasceram e cresceram na Comunidade, com 110 e 84 anos.

Tania Pacheco, com informações de Maria José Honorato

O GT Combate ao Racismo Ambiental, este Blog e todas as entidades e pessoas que vêm acompanhando e apoiando, com suas assinaturas, adesões e divulgação, a situação da comunidade Quilombola de Rio dos Macacos têm motivo para comemorar: mais uma etapa da batalha foi vencida e temos, agora, um prazo para garantir às famílias todos os seus direitos.

A “ordem de despejo” concedida dia 20 pela juiz Evandro Reimão dos Reis contra a Comunidade foi adiada por quatro meses, tempo necessário para que os órgãos públicos envolvidos nas diversas etapas de demarcação e titulação façam seu trabalho. O auto-reconhecimento da comunidade pela Palmares foi publicado no DOU do dia 4 de outubro;  cabe agora ao Incra dar o próximo passo.

Essa solução começou a ser negociada no dia 1 de novembro, em Brasília, pelo deputado federal Luiz Alberto (PT-BA), que manteve reuniões com representantes do Ministério da Defesa, da Marinha, da Secretaria de Políticas Promoção da Igualdade Racial (Seppir), do Procuradoria Geral da União (PGU) e do Incra. (mais…)

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