Há mais de cem dias em greve, professores da rede estadual se acorrentam na Praça da Liberdade

Tabata Martins

Há exatos 101 dias em greve, cerca de 30 professores da rede estadual estão acorrentados na Praça da Liberdade, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, na manhã desta sexta-feira (16).

De acordo com umas das diretoras da subsede de Venda Nova do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Graziela da Costa Moreira Souza, os manifestantes estão acorrentados no canteiro central da praça e a previsão é que mais professores participem do protesto ao longo do dia.

O ato, semelhante ao realizado na Praça Sete e na Praça da Assembleia, é feito pelos educadores para demonstrar a falta de alteração no salário da categoria nos últimos anos.

A categoria afirma que não voltará às salas de aulas enquanto o Governo não apresentar uma proposta que atenda às reivindicações que já foram feitas. Os professores estaduais, que rejeitaram receber R$ 712,20 para uma jornada de 24 horas para todos os profissionais, insistem num piso de R$ 1.187.

Nessa quinta-feira (6), o Ministério Público entrou com uma ação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais pedindo a ilegalidade da greve. O pedido contra o Sind-UTE foi recebido pela 2ª Instância e entregue ao desembargador Roney Oliveira. Como o pedido é em caráter liminar, o magistrado pode decidir a qualquer momento se vai mandar suspender o movimento.

É válido lembrar que o trânsito no entorno da Praça da Liberdade está interditado nesta sexta devido à realização da cerimônia oficial da Fifa, que marca a contagem regressiva dos mil dias para o início da Copa do Mundo de 2014. A festa acontecerá na praça às 20h, quando será inaugurado um relógio que contará os dias até o pontapé inicial da competição. O ministro do Esporte, Orlando Silva, o governador Antonio Anastasia, o prefeito Marcio Lacerda e representantes da CBF e da Fifa participarão da solenidade.

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