Índios de 10 etnias fazem livro via edital do IPAC

O livro Somos Patrimônio –  índios na visão dos índios acaba de serfinalizado pela organização não-governamental Thydêwá com a participação de 40 indígenas de 10 etnias distintas. São 64 páginas com textos, desenhos e fotos relacionadas ao patrimônio indígena e tiragem inicial de mil exemplares.

Os índios participantes são membros de comunidades de cinco estados brasileiros, sendo a maior parte da Bahia. “A Thydêwá já trabalha com os índios por cerca de 10 anos promovendo e valorizando a diversidade cultural e a cultura da paz”, explica Sebastián Gerlic, presidente da ONG.

A publicação do livro só foi possível graças aos recursos de R$ 20 mil disponibilizados pelo Fundo de Cultura, via Editais do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), autarquia da Secretaria de Cultura do Estado (Secult). “Os editais do IPAC apóiam hoje 72 projetos da sociedade civil em diversos municípios baianos contemplando iniciativas de educação patrimonial, inventários e registros de bens culturais, além da difusão e dinamização de patrimônios”, diz o coordenador de Editais do IPAC, Layno Pedra.

Dentre os projetos estão cursos, seminários, palestras, oficinas, elaboração de cartilhas, ações culturais, estudos, pesquisas e levantamentos de informações, publicações de livros, catálogos, elaboração de site, CD-ROM e DVD. Incluem-se ainda eventos que abordem bens culturais, a exemplo de espetáculos teatrais e musicais, exposições e mostras.

“Essas ações propiciam fortalecimento da identidade coletiva, sistematização e disponibilização da memória cultural, mobilização social e divulgação de acervos”, explica Layno Pedra. A pluralidade também é ressaltada pelo coordenador do IPAC, pois ela estimula o reconhecimento social dos bens
culturais e, consequentemente, a possibilidade do desenvolvimento sustentável nas localidades que sediam as iniciativas.

O livro Somos Patrimônio – Índios na visão dos índios é resultado de 10 anos de trabalho da ONG, sendo a 16ª edição da coleção. A entidade já recebeu reconhecimentos como os prêmios Rodrigo Melo Franco 2004 do IPHAN/MinC, o de Direitos Humanos 2007, o Andrés Bello 2008 e o Mídias Livres 2010.

“Trabalhamos na perspectiva de valorizar a diversidade, de pensar opatrimônio como algo vivo e pertencente a todos nós”, conclui Sebastián Gerlic. Os livros estão sendo entregues nas aldeias, faculdades,universidades e entidades culturais. E, segundo Gerlic a receptividade nas escolas também tem sido satisfatória. Para conhecer projetos da Thydêwá acesse www.esperancadaterra.ning.com,www.indigenasdigitais.org e www.indiosonline.org.br.

Sobre o IPAC: www.ipac.ba.gov.br.

http://www.ipac.ba.gov.br/site/conteudo/publicidade/index.php?codPublicidade=1479

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.