O preço salgado da irresponsabilidade

População de Guanambi, cidade do interior da Bahia onde urânio ficou estacionado por dias, protesta por segurança. Greenpeace/Lunaé Parracho

Por jtinoco

Vem custando caro aos cofres da Indústria Nucleares do Brasil (INB) seguir em sua empreeitada perigosa de extração de urânio em Caetité (BA). Somado aos 600 mil reais de multa que pesaram sobre a empresa após episódio de transporte não autorizado de carregamento de urânio, a INB agora amarga outros dois milhões de reais pagos ao Ibama por irregularidades na operação e poluição em ambiente de trabalho.

Além da multa, o IBAMA embargou umas das áreas da indústria, onde são feitas atividades de precipitação, filtração, secagem e embalagem do urânio concentrado, que vai para o exterior para ser enriquecido e volta para o Brasil, onde é transformado no combustível das usinas de Angra I e II, no Rio de Janeiro.

O rol de punições incluíram ainda advertências, autuações e recomendações de outros órgãos estaduais de fiscalização. O castigo é pouco, perto da lista de irresponsabilidade acumuladas pela empresa. No caso do transporte de urânio, noventa toneladas de carga radioativa passearam de São Paulo à Bahia e terminaram estacionadas em uma delegacia de uma pequena cidade próxima à Caetité por cinco dias, expondo a população ao risco e às incertezas. A INB também está envolvida em uma série de denúncias de contaminação de água.

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