Crise na África pode matar 400 mil crianças somalis

A crise de fome, seca, conflitos e alta dos preços dos alimentos continuam a castigar o Chifre da África (região Nordeste do continente que compreende países como Somália, Uganda, Etiópia, Quênia, Djibuti e Eritréia). A crise na Somália, por exemplo, já matou 30 mil crianças de fome e já é considerada a pior dos últimos 60 anos.

A reportagem é do portal da CNBB com informações da Rádio Vaticano, 18-08-2011.

Aproximadamente 400 mil crianças somalis podem vir a morrer de fome em breve se nenhuma medida urgente for tomada. As informações são da agência de notícias Associated Press. A advertência foi feita após a visita do secretário de Desenvolvimento Internacional da Grã-Bretanha, Andrew Mitchell, à capital da Somália, Mogadíscio. (mais…)

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Intolerância religiosa afeta autoestima de alunos e dificulta aprendizagem, aponta pesquisa

Amanda Cieglinski, Repórter da Agência Brasil

Brasília – Fernando* estava na aula de artes e tinha acabado de terminar uma maquete sobre as pirâmides do Egito. Conversava com os amigos quando foi expulso da sala aos gritos de “demônio” e “filho do capeta”. Não tinha desrespeitado a professora nem deixado de fazer alguma tarefa. Seu pecado foi usar colares de contas por debaixo do uniforme, símbolos da sua religião, o candomblé. O fato de o menino, com então 13 anos, manifestar-se abertamente sobre sua crença provocou a ira de uma professora de português que era evangélica. Depois do episódio, ela proibiu Fernando de assistir às suas aulas e orientou outros alunos para que não falassem mais com o colega. O menino, aos poucos, perdeu a vontade de ir à escola. Naquele ano, ele reprovou e teve que mudar de colégio.

Quem conta a história é a mãe de Fernando, Andrea Ramito, que trabalha como caixa em uma loja. Segundo ela, o episódio modificou a personalidade do filho e deixou marcas também na trajetória escolar. “A autoestima ficou muito baixa, ele fez tratamento com psicólogo e queria se matar. Foi lastimável ver um filho sendo agredido verbalmente, fisicamente, sem você poder fazer nada. Mas o maior prejudicado foi ele que ficou muito revoltado e é assim até hoje”, diz.

Antes de levar o caso à Justiça, Andréa tentou resolver a situação ainda na escola, mas, segundo ela, a direção foi omissa em relação ao comportamento da professora. A mãe, então, decidiu procurar uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência contra a docente. O caso aguarda julgamento no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Se for condenada, o mais provável é que a professora tenha a pena revertida em prestação de serviços à comunidade. (mais…)

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Sul do Amazonas: 300 extrativistas e produtores rurais ameaçados reivindicam proteção e garantia de seus direitos fundiários

Desde segunda-feira (15/08), mais de 300 produtores rurais e extrativistas de Boca do Acre, divisa entre os estados do Amazonas com o Acre, estão acampados na unidade local do Incra para reivindicar proteção diante de ameaças constantes de morte que os trabalhadores vêm sofrendo por conta de conflitos agrários, tensões e dificuldades nas comunidades e seringais. A primeira rodada de negociações com o Incra, ocorrida na terça-feira (16/08) não apresentou resultados e os técnicos do órgão federal empurraram os assuntos estruturantes para Brasília. As lideranças não pretendem sair do local enquanto as reivindicações estiverem pendentes.

Na pauta do manifesto consta a efetivação dos programas federais já existentes, mas que por algum motivo, não estão chegando à região, que é carente de regularização fundiária, estudos com definição para projetos agro-extrativistas, assistência técnica e linhas de crédito, abertura de ramais (estradas), patrulha mecanizada (para os assentamentos) e manejo florestal para Reservas Extrativistas (Resex) e Florestas Nacionais (Flonas), habitação e a implementação do programa Luz para Todos.  (mais…)

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Unidades fluviais e novos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador reforçam assistência a brasileiras do campo

Medidas foram anunciadas durante a participação da presidenta Dilma Rousseff e do ministro Alexandre Padilha na Marcha das Margaridas, em Brasília

Por Tinna Oliveira, da Agência Saúde – Ascom/MS

Importantes medidas para a melhoria da assistência à saúde das mulheres do campo foram anunciadas nesta quarta-feira (17), em Brasília, durante a participação da presidenta Dilma Rousseff e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no encontro com trabalhadoras rurais reunidas na Marcha das Margaridas. As novas medidas visam a ampliação do atendimento às trabalhadoras rurais no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Em relação à saúde, um tema que muito me preocupa, queria afirmar aqui: nós vamos construir e equipar, conforme acertado com vocês, 16 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Fluviais, sendo oito em 2011 e oito em 2012”, anunciou a presidenta. “E nós vamos até 2012 implantar 10 Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CERESTs), voltados a trabalhadores e trabalhadoras do campo e da floresta”.  (mais…)

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Dezesseis países e dez capitais brasileiras terão atos contra Belo Monte

Ativistas chamam a atenção dos governos e da sociedade mundial para os impactos da construção da usina ao meio ambiente e aos indígenas

Aline Scarso

Ativistas realizam protestos nesse sábado (20) e na próxima segunda-feira (22), em uma grande manifestação mundial contra a construção da usina hidrelétrica Belo Monte, no Rio Xingu, No Pará. Pelo menos 16 países já tinham atos confirmados até essa quinta-feira (18). No Brasil, há manifestações confirmadas em dez capitais brasileiras para o mesmo dia. Este é o primeiro ato organizado mundialmente contra Belo Monte.

O objetivo é chamar a atenção dos governos e da sociedade mundial para os impactos que serão causados pela hidrelétrica, que alagará 500 quilômetros quadrados de área da floresta amazônica. As manifestações também pedem respeito à vida das etnias indígenas que vivem em torno do Rio Xingu e que serão duramente afetadas no seu modo de vida pela construção.

Protestos estão confirmados na Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos, França, Portugal, México, Inglaterra, Holanda, Escócia, Taiwan, Turquia e País de Gales. A maioria das manifestações ocorrerá em frente à embaixada brasileira desses países.

No Brasil, haverá manifestações em Brasília, Belém, Fortaleza, Florianópis, João Pessoa, Salvador, Santarém, São Paulo, Recife e Rio de Janeiro. A construção dos atos é descentralizada e parte da iniciativa individual de ativistas, conforme explica um dos organizadores da manifestação de São Paulo, Marco Antonio Morgado, integrante do Movimento Brasil pela Vida nas Florestas. (mais…)

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SP: Procuradora diz ter achado mais 6 grifes em blitz contra trabalho escravo

Além da Zara, havia etiquetas de outras marcas de roupa em oficina. Empresas estarão no inquérito do Ministério Público do Trabalho.

Trabalhadores encontrados em condições análogas à escravidão em oficina de Americana (SP) (Foto: Divulgação/MPT)
Trabalhadores encontrados em condições análogas à escravidão em oficina em Americana (SP) (Foto: Divulgação/MPT)

Raphael Prado, do G1 SP

Outras seis marcas de roupas, além da grife Zara, foram encontradas nas auditorias feitas pelo Ministério Público do Trabalho de Campinas para apurar a utilização de mão de obra análoga à escravidão nas oficinas de Americana, no interior de São Paulo, segundo a procuradora Fabíola Zani. Ela afirma que as marcas são Ecko, Gregory, Billabong, Brooksfield, Cobra d’Água e Tyrol.

Responsável pelo inquérito que investiga as empresas, Fabíola Zani diz que 50% da produção encontrada nas diligências feitas em maio era da Zara, de propriedade da espanhola Inditex, e, por isso, a denúncia contra ela foi divulgada de imediato. Mas etiquetas dessas outras marcas também foram achadas nas fábricas irregulares. Elas serão incluídas no inquérito, segundo a procuradora.

“Vamos chamar todas as marcas que tiveram etiquetas encontradas para que ajustem a conduta de toda a cadeia produtiva, para que não se encontre trabalho degradante”, diz a procuradora. “Vamos chamá-las para dizer que a situação é grave, para a imagem da própria marca. O que pretendemos é regularizar condutas.” (mais…)

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Um jardim de sonhos e lutas para quase 100 mil margaridas

Renato Santana – Cimi, de Brasília (DF)

Se o capitalismo condena a humanidade ao que de pior ela pode produzir para o conjunto da sociedade, as mulheres são as que mais sofrem com as consequências. Sobretudo as negras, as pobres, as indígenas, as camponesas, as mães solteiras, as lésbicas, as que já abortaram.

A covardia da organização social patriarcal há séculos as condena ao racismo, além de atos de violência machista que partem dos homens e das relações do capital em suas mais variadas formas – com assassinatos, espancamentos, estupros, violações, liberdade subjugada.

Mas a resistência surge na mesma medida e nesta terça (16) e quarta-feira (17) cerca de 100 mil mulheres camponesas, trabalhadoras urbanas, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, pescadoras e feministas estiveram em Brasília (DF) para a Marcha das Margaridas.

Enquanto a ponta da marcha, que acontece a cada quatro anos, chegava às portas do Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios (DF), o final dela ainda estava no Parque da Cidade – que durante 48 horas se tornou a Cidade das Margaridas.

As mulheres tomaram de assalto as principais artérias do centro de poder do país por “Desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade”, mote da marcha. Histórias de lutas, regadas a lágrimas e risos, compuseram a grande marcha. (mais…)

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