Unidades fluviais e novos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador reforçam assistência a brasileiras do campo

Medidas foram anunciadas durante a participação da presidenta Dilma Rousseff e do ministro Alexandre Padilha na Marcha das Margaridas, em Brasília

Por Tinna Oliveira, da Agência Saúde – Ascom/MS

Importantes medidas para a melhoria da assistência à saúde das mulheres do campo foram anunciadas nesta quarta-feira (17), em Brasília, durante a participação da presidenta Dilma Rousseff e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no encontro com trabalhadoras rurais reunidas na Marcha das Margaridas. As novas medidas visam a ampliação do atendimento às trabalhadoras rurais no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Em relação à saúde, um tema que muito me preocupa, queria afirmar aqui: nós vamos construir e equipar, conforme acertado com vocês, 16 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Fluviais, sendo oito em 2011 e oito em 2012”, anunciou a presidenta. “E nós vamos até 2012 implantar 10 Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CERESTs), voltados a trabalhadores e trabalhadoras do campo e da floresta”. 

A presidenta reafirmou que será implementada a Rede Cegonha, estratégia para reduzir a mortalidade materna e aprimorar o atendimento aos recém-nascidos entre essas populações. Ainda ressaltou que uma campanha nacional de prevenção de câncer de colo de útero e de mama ocorrerá com foco nas mulheres do campo e da floresta. Além dessas ações, serão realizados um mapa da saúde abrangendo essas populações específicas e um plano integrado de vigilância em saúde de populações expostas a agrotóxicos.

As ações de saúde estarão direcionadas ao planejamento familiar e ao atendimento ao pré-natal, como também na prevenção e no controle dos cânceres de mama e de colo do útero, da hipertensão e do diabetes.

“O nosso objetivo é aumentar a assistência às comunidades que vivem em locais mais afastados, principalmente nas regiões ribeirinhas e na Amazônia Legal”, explica o ministro Alexandre Padilha. “Os serviços estarão disponíveis a todos. Porém, o foco serão as mulheres porque, entre elas, é grande a incidência de doenças relacionadas ao trabalho no campo, como câncer, intoxicações e problemas respiratórios”.

UBSs FLUVIAIS – Este ano, oito embarcações serão instaladas a partir da adesão dos municípios, que firmarão convênio com o Ministério da Saúde. Para as 16 UBSs Fluviais – que serão implementadas até 2012 – o governo federal destinou R$ 35 milhões para a instalação e o custeio das unidades. A meta é que, até 2014, 32 embarcações estejam em pleno funcionamento no país.

As embarcações oferecerão assistência contínua e integral à mulher – com atenção para as gestantes, desde o diagnóstico da gravidez e até o segundo ano de vida do bebê. Os cuidados estarão afinados à Rede Cegonha, estratégia lançada em março pela presidenta e o ministro Alexandre Padilha.

As UBSs Fluviais contarão com equipes profissionais formadas por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, técnico de laboratório e agentes comunitários de saúde que atuam na Estratégia Saúde da Família. Elas também poderão contar com dentista e auxiliar ou técnico de Saúde Bucal.

CERESTs – Os novos 10 Centros de Referência em Saúde do Trabalhador serão implementados até o próximo ano com recursos do governo federal da ordem de R$ 4,1 milhões. Nesses locais, as trabalhadoras do campo e da floresta terão acesso a ações de saúde voltadas à melhoria da qualidade de vida.

Elas também receberão orientações para a prevenção e vigilância a acidentes de trabalho. As regiões onde serão instalados os 10 CERESTs vão ser definidas entre os gestores do SUS (governo federal, estados e municípios), com a participação de representantes da Marcha das Margaridas e de outros movimentos sociais.

http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=13197

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.