Campanha contra os agrotóxicos promove primeiro debate no Rio

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida organizou o primeiro debate no Rio de Janeiro.

O evento aconteceu na UERJ e teve como expositores Nivia Regina, do MST, Marcelo Firpo, da Fiocruz, e Gabriel Fernandes, da AS-PTA, na semana passada.

Apesar da campanha já ter participado de outros eventos no estado do Rio, este foi o primeiro organizado pelo comitê fluminense.

O tom do debate foi de formação da militância. Reconhecendo a complexidade do debate, os integrantes da mesa se esforçaram em fornecer dados e argumentos concretos que mostrassem o avanço do agronegócio sobre a agricultura familiar, o lucro estratosférico das empresas produtoras de agrotóxicos e a viabilidade da produção agroecológica como alternativa no fornecimento de alimentos. (mais…)

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Ética na Ciência: Agroecologia com paradigma para o desenvolvimento rural

A Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) vem realizando desde 2003 o Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA), ganhando cada vez mais importância em nível nacional e internacional. A sétima edição do Congresso Brasileiro de Agroecologia (VII CBA) será realizada na cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, numa parceria entre a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), o Governo do Estado do Ceará, através da Secretária de Desenvolvimento Agrário (SDA), a Universidade Federal do Ceará, através do Centro de Ciências Agrárias, Centro de Ciências, Centro das Humanidades e Centro de Saúde, a Universidade Estadual do Estado do Ceará (UECE), a Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural do Ceará (EMATER – CE), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) – com suas Unidades no Nordeste – Agroindústria Tropical, Tabuleiros Costeiros, Semiárido, Algodão e Ovino Caprinos – a Federação dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais no Estado do Ceará (FETRAECE), a Fundação Konrad Adenauer, o Núcleo de Trabalho Permanente em Agroecologia da Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), o Fórum Cearense pela Vida no Semiárido, a Rede Cearense de ATER, a Associação da Rede Cearense de Agroecologia – ARCA e outras entidades. (mais…)

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Acadêmicos indígenas de MS emitem nota de repúdio ao atentado contra estudantes Terena

Ataque ao ônibus que transportava os estudantes aconteceu na noite de 3 de junho, no município de Miranda

Acadêmicos indígenas de Mato Grosso do Sul, reunidos entre 11 e 12 de junho, emitiram nota de repúdio ao atentado contra estudantes Terena da Terra Indígena Cachoeirinha, no município de Miranda, na noite do último dia 3. O ônibus que transporta os estudantes entre a escola e a aldeia foi atacado com pedras, que estouraram os vidros do veículo, e diversos objetos pegando fogo, numa clara tentativa de incendiá-lo.

No documento os estudantes prestam solidariedade aos parentes vítimas do atentado, além de cobrar que os culpados sejam prontamente responsabilizados pelo ataque. Eles lamentam ainda a posição de muitas figuras públicas e políticos, que em época de campanha eleitoral se dizem amigos dos indígenas, mas que sequer se pronunciam a favor destes quando destes acontecimentos. Leia abaixo manifesto:

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Cimi Regional Rondônia discute alternativas para o Bem Viver em Seminário Macro Regional

Reunidos desde segunda-feira, dia 13, cerca de 40 pessoas, entre indígenas, membros de movimentos sociais e missionários do Cimi, discutem sobre as alternativas para o Bem Viver frente ao atual modelo de desenvolvimento brasileiro. Os participantes do encontro vêm de diversas localidades, alguns do Acre, Amazonas, Roraima e Mato Grosso, Bolívia e do próprio estado de Rondônia, onde o evento acontece.

O encontro, que chegará ao fim na tarde de hoje, acontece na Casa de Formação das Irmãs Catequistas Franciscanas,em Porto Velho. Na assessoria do seminário estão o antropólogo e padre jesuíta Xavier Albó e Armengol Caballero, diretor da Oficina Regional do Centro de Investigación e Promoción del Campesinado (Cipca) Norte, da Bolívia. O evento conta ainda com participação de Iremar Antônio Ferreira, do Instituto Madeira Vivo.

 

O que motivou a vinda de participantes dessas diferentes regiões, pode alguém se perguntar. A resposta é simples: o desejo de se realizar um grande mutirão de reflexão sobre o Bem Viver, seus princípios, linhas de ação. Para iniciar os trabalhos com alegria e animados pela esperança de um outro mundo possível, os participantes tiveram um forte momento de mística, que ficou a cargo dos indígenas presentes.

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Domingo, 19, Rio em Bloco contra o Código Florestal

No próximo domingo, 19, os blocos de carnaval do Rio de Janeiro organizam uma manifestação contra as mudanças no Código Florestal aprovadas na Câmara dos Deputados. O protesto promete animação máxima: serão 38 blocos batucando, cantando e sambando em favor das nossas florestas. A concentração será às 10h, no posto 6, Praia de Copacabana. O Instituto Terra de Preservação Ambiental não vai ficar de fora dessa: vamos cair no samba, na luta para barrar o desmonte da legislação ambiental brasileira.

 

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Dilma adia votação da PEC do Trabalho Escravo

Pressionado pelos ruralistas, com receio de perder um novo embate após o Código Florestal, governo, apesar do PT, não estabelece como prioridade votação do projeto que expropria as terras de quem é acusado de escravidão

Edson Sardinha

O receio de um novo embate com a bancada ruralista, menos de um mês após a derrota na aprovação do novo Código Florestal na Câmara, faz o governo resistir aos apelos de deputados do partido da presidenta Dilma Rousseff (PT) para retomar a votação da PEC do Trabalho Escravo. Há quase sete anos no plenário da Casa, a proposta de emenda constitucional que prevê a expropriação de terra onde for constatado trabalho escravo deve seguir engavetada. Além da preocupação do governo, a proposição esbarra na resistência dos líderes partidários e do próprio presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), de incluí-la novamente na pauta.

Marco Maia decidiu que só vai submeter a votação em plenário propostas de emenda constitucional que tenham consenso entre os partidos, o que está longe de ocorrer com a PEC do Trabalho Escravo, bombardeada por deputados ligados ao agronegócio. Há dois meses, a presidência da Câmara também segura a instalação da CPI do Trabalho Escravo, requerida por um colega de partido, o também petista Cláudio Puty (PA). O início dos trabalhos da comissão parlamentar de inquérito ainda depende do aval de Maia.  (mais…)

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Os racismos e os privilégios nossos de cada dia

José Antonio Moroni*

O Brasil é um país estranho e complexo. Pesquisa realizada em 2004 apontava que somente 4% das pessoas entrevistadas se reconheciam como racistas, mas, contraditoriamente, 87% reconheciam a existência de racismo no Brasil. Se somente 4% se reconhecem como racistas, onde está “guardado” o racismo de todas as outras pessoas? Essa conta não fecha.

Baseado nessa pesquisa, mais de 40 organizações/movimentos da sociedade civil, reunidas no grupo Diálogos contra o Racismo, lançaram em 2005 a campanha Onde você guarda o seu racismo? A iniciativa é voltada para as pessoas brancas.

Temos que perceber que o racismo não faz mal apenas a negros e negras, mas também a nós, brancos(as), e a toda a sociedade. A primeira fase da campanha, por meio de depoimentos espontâneos e reais, mostrou os sentimentos racistas de cada pessoa. A segunda fase, lançada em 11 de maio, mostra algumas situações cotidianas de racismo.

Onde você guarda o seu racismo? Pergunta instigante e que nos faz pensar. Nos faz questionar porque no Brasil o racismo é ainda um tema tabu ou periférico na agenda política. Nos faz pensar nas ações cotidianas de racismo que presenciamos e nos calamos ou achamos tão naturais que não mais percebemos. Por que isso? (mais…)

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Ecos da escravidão

Cynara Menezes

Nunca o fosso entre a segurança de brancos e negros foi tão grande. Enquanto o número de assassinatos de uns cai, o dos outros segue em alta.

No anúncio de tevê feito para atrair turistas pelo governo da Bahia, o menino dizia que, quando crescesse, queria ser capoeirista como o pai. Por volta das 10 da noite de 21 de novembro do ano passado, Mestre Ninha, pai de Joel da Conceição Castro, chamou os filhos para dentro de casa, no instante em que a polícia fazia uma incursão pelo bairro onde mora a família, Nordeste de Amaralina, um dos mais violentos de Salvador. Segundos depois, o garoto foi atingido por uma bala perdida e morreu. Tinha 10 anos de idade.

A história do menino que não realizou seu sonho por não ter crescido, infelizmente, não é exceção. Como ele, cerca de outras 50 mil crianças, jovens e adultos, morrem vítimas de assassinato todos os anos no País, brancos e negros. Mas negros, como Joel, morrem em proporção muito maior. E o pior: a diferença tem aumentado nos últimos anos. Em 2002, foram assassinados 46% mais negros do que brancos. Em 2008, a porcentagem atingiu 103%. Ou, em outras palavras, para cada três mortos, dois tinham a pele escura. Quem maneja os dados preliminares de 2009 diz que a situação piorou ainda mais. (mais…)

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Nota dos procuradores dos direitos do cidadão sobre conflitos fundiários na região amazônica

Membros do Ministério Público Federal ressaltam necessidade de enfrentamento às graves violações de direitos humanos na localidade

Por ocasião dos reiterados episódios de violência ocorridos na região Norte em virtude de conflitos fundiários, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), os procuradores regionais dos direitos do cidadão e os procuradores dos direitos do cidadão nas unidades do Ministério Público Federal da região amazônica lançam nota pública na qual ressaltam a necessidade de enfrentamento às graves violações de direitos humanos na localidade.

O documento – apresentado durante Encontro Regional da PFDC, realizado em Belém nos dias 7 e 8 de junho – aponta como imprescindível o combate à violência agrária, especialmente a partir da criação e fortalecimento de políticas públicas estruturantes. O texto ressalta que os procuradores dos direitos do cidadão continuarão a acompanhar a questão, adotando as medidas cabíveis para a efetivação dos direitos humanos, a teor do artigo 129, II da Constituição Federal. Conheça a íntegra da nota:

NOTA PÚBLICA

“A Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão juntamente com os Procuradores Regionais do Direitos do Cidadão da Região Amazônica, todos membros do Ministério Público Federal, reunidos em Belém nos dias 7 e 8 de junho, vêm manifestar a necessidade de enfrentamento claro e direto à violência agrária em que se verificam graves violações aos direitos humanos. (mais…)

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