Considerada pelos países a principal causa do desmatamento, expansão agropecuária está fora das estratégias de REDD+

Pesquisa divulgada ontem (8/6) em Bonn alerta para a necessidade de incluir a expansão agropecuária nos debates sobre o mecanismo de REDD+ em discussão na ONU

A maioria dos países participantes em um esforço global para reduzir as emissões com efeito de estufa causados pela destruição das florestas cita a agricultura como a principal causa do desmatamento. Poucos, porém, fornecem detalhes sobre como abordar a conexão entre a agricultura e a silvicultura, de acordo com uma nova análise investigando o efeito das alterações climáticas na segurança alimentar.

Além disso, muitos desses países perseguem políticas públicas relacionadas à produção de alimentos, biocombustíveis e outros produtos destinados à comercialização e que têm o potencial de intensificar as pressões relacionadas à agricultura em áreas de floresta, oferecendo mais evidências da conexão entre a política agrícola e a política climática dentro do mecanismo do REDD+. (mais…)

Ler Mais

Moção pela vida e contra os agrotóxicos

Na aurora das ciências e avanços teconlógicos, a humanidade ainda não inventou algo que substitua o alimento necessário ao bom funcionamento do organismo. Após o paleolítico, ocasião em que o Homo sapiens deixou de ser nômade e passou a ser agricultor (8000 a.C.), inúmeras transformações ocorreram em função do poder instituído na humanidade, afetando as águas, as terras, o fogo e os ares. Adotando um modelo desenfreado de desenvolvimento, numa visão imediatista de lucro da minoria, testemunhamos a exclusão social e as injustiças ambientais que assolam o mundo. Sob o falso discurso de ser celeiro da humanidade, grande parte dos alimentos produzidos pelo agronegócio mato-grossense serve para refeição às vacas holandesas.

O uso e o nível de agrotóxicos, como fruto deste manejo sem ética, compromete a qualidade dos alimentos para o consumo humano e animal, provoca poluição, corrobora com as mudanças ambientais negativas, provoca competições desonestas, aumenta cada vez mais o abismo entre ricos e pobres e até impede que agricultores da agroecologia mantenham sua produção sadia e certificada. A insustentabilidade da vida mato-grossense não é somente instituída pelo governo, como estimulada essencialmente pelo manejo agrícola mecanizado e baseado em agroquímicos. (mais…)

Ler Mais

Ipea aponta os impactos significativos do novo Código Florestal

Com o objetivo de complementar a discussão no Senado sobre a alteração do Código Florestal Brasileiro, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou hoje (08), um comunicado informando sobre os impactos da aprovação do novo código florestal. De acordo com o estudo, sofrerão impactos significativos as áreas com vegetação natural e o compromisso do Brasil para a redução das emissões de carbono.

O estudo também foca nas áreas de reserva legal em propriedades de 20 a 440 hectares que serão dispensadas de recuperação caso as mudanças sejam aprovadas e transformadas em lei. Para o Ipea, falta aos produtores rurais e seus familiares o incentivo, por meio de políticas de estímulo, para a preservação e recuperação das reservas legais de suas propriedades, recebendo pelo uso sustentável da floresta.

 

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=57240

 

Ler Mais

Movimento Campesino Indígena denuncia perseguição e criminalização

Dois líderes camponeses do Movimento Nacional Campesino Indígena (MNCI) da Argentina foram presos na província de Santiago del Estero, nos últimos dois dias. Simultaneamente, foi expedida ordem de prisão contra outros 12 dirigentes. Em nota publicada hoje (8), o movimento denuncia a perseguição política que vem sofrendo, a qual considera parte de um processo de criminalização.

No dia 6, ocorreu a primeira detenção, de Alcides Santillán, posto em liberdade à tarde. Pouco depois, à noite, Rafael Martín Galván foi detido sob acusação de ameaças a Hortensia Policarpio de Valderrama. Ontem (7), o movimento apresentou solicitação de liberdade aos companheiros, mas não obteve resposta do juiz que expediu o mandado de prisão, Tarchini Saavedra.

Para completar a ofensiva, o 4º juizado criminal da capital da província (também denominada Santiago del Estero) expediu, também no dia seis, ordem de prisão contra os militantes Ángel Strapazzón, René Santillán, Javier Santillán, Lino Santillán, Deolinda Carrizo, Hugo Carrizo, Gustavo Carrizo e outros cinco. Eles são acusados de associação ilícita, danos, usurpação e porte de armas de guerra. (mais…)

Ler Mais

RJ – A invenção das “ex-favelas”

A moradora Gizele Martins: "Não é mudando apenas o nome que passo a me sentir cidadã".
A moradora Gizele Martins: "Não é mudando apenas o nome que passo a me sentir cidadã".

Por Thiago Ansel

Na última semana de maio, o Rio de Janeiro passou a ter menos 44 favelas. Esta parece ter sido a última de uma série de subtrações no número de favelas da cidade – que cai vertiginosamente desde agosto passado, de acordo com as contas oficiais. Para se ter idéia do tamanho da queda, em todo o município, a quantidade de favelas despencou de 1.020 para 582, em apenas dez meses. Os dados são do Instituto Pereira Passos (IPP).

Apesar da diferença na contagem e mesmo diante da recente febre de remoções de comunidades populares por conta dos megaeventos esportivos de 2014 e 2016, as 438 favelas a menos não sumiram da noite para o dia. Tudo indica que parte delas tenha apenas deixado de fazer parte dos cálculos oficiais, pelo menos, daqueles que se referem à categoria favela.

Os últimos 44 locais que deixaram de ser assim classificados, passaram a ser oficialmente chamados de “comunidades urbanizadas”. A mudança foi feita a partir de dados fornecidos pelo IPP e a Secretaria Municipal de Habitação (SMH). O critério básico adotado para a troca no nome foi a quantidade de serviços urbanos disponíveis nestes locais – que seria similar àquela fornecida em outros bairros da cidade, segundo o IPP e a SMH.

A nova classificação rendeu diversas manchetes nas editorias de cidade dos grandes jornais cariocas, que trataram de batizar as mais novas 44 “comunidades urbanizadas” de “ex-favelas”. Nas redes sociais, o termo “ex-favelado” – derivado da polêmica – pegou e foi motivo de piadas. (mais…)

Ler Mais

Galeano: “Entre indignados e indignos”

Após visitar acampamento da Puerta del Sol, em Madri, escritor uruguaio vê, nos protestos espalhados pela Espanha, entusiasmo que pode superar a velha política

Confira abaixo a íntegra da entrevista concedida por Eduardo Galeano ao programa Singulars, da TV3, no dia 23 de maio. Ali, ele conta as suas impressões ao se deparar com a Espanha dos “Indignados”, fala sobre a crise do sistema econômico e político institucional e também comenta a respeito de futebol. Transcrição e tradução de Cainã Vidor, na Revista Forum.

Eduardo, você chega e encontra as praças cheias de gente gritando “outra democracia é possível!”. Que te parece?

Me parece uma experiência estupenda. A verdade é que foi muito emocionante, para mim, estar entre essas pessoas quando cheguei a Madrid e recuperar esta energia, este entusiasmo. Esta vitamina “E” de entusiasmo, que às vezes parecia perdida neste mundo que nos convida ao desânimo. Então acho que é uma experiência estupenda, e segue sendo, e a palavra entusiasmo é uma palavra linda, de origem grega, que significa “ter os deuses aqui dentro”. E isto foi o que senti quando perambulava entre as pessoas na Puerta del Sol. (mais…)

Ler Mais

MP volta a denunciar CSA por crimes ambientais

RIO – O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) voltou a denunciar a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), da Thyssenkrupp, por crimes ambientais. Agora, o gestor técnico da empresa, Luiz Cláudio Ferreira Castro, também responderá ao processo na 2ª Vara Criminal de Santa Cruz. A denúncia, baseada em trabalho da área de Tutela Coletiva do Meio Ambiente do MP, e já recebida pelo Juízo, afirma que mesmo já respondendo a outra ação penal por danos causados ao dar partida no Alto Forno 1, em junho de 2010, os réus não adotaram medidas de precaução ao acionar o Alto Forno 2, em dezembro. Eles também não comunicaram os órgãos ambientais competentes sobre os impactos ambientais gerados desde então, incorrendo em seis crimes previstos na Lei 9.605/1998 (Lei dos Crimes Ambientais).

A primeira denúncia do MP contra a CSA foi oferecida em novembro de 2010. Além da companhia, foram denunciados o diretor de projetos Friedrich-Wilhelm Schaefer e o gerente ambiental, Álvaro Francisco Barata Boechat. A ação demonstrou que desde junho a empresa vinha gerando poluição atmosférica em níveis capazes de provocar danos à saúde humana, afetando principalmente a comunidade vizinha à usina, em Santa Cruz. (mais…)

Ler Mais