Desde 1991 que a Veracel Celulose, na época denominada Veracruz Florestal vem subestimando a inteligência dos Brasileiros. Não é novidade pois isso acontece desde a invasão do Brasil em 1500. Em cada época, ou ciclo econômico como dizem alguns é a vez de um colonizador. Agora é a vez dos Suecos-finlandeses.
Na década de 90 o projeto de celulose para esta região seria a salvação do Extremo Sul da Bahia, somente nesta empresa seria cerca de 40 mil empregos propagados, depois foram anunciados 12 mil, 8 mil. Em 2007, o Presidente da Stora Enso para a América Latina, Otávio Pontes, afirmou num seminário na Suécia que a Veracel gera 29,6 mil empregos e agora ela mesma anuncia cerca de 700 mas, segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Celulose e Papel (SINNDICELPA), na realidade não passam de 410 empregos diretos.
Outro dia a Rede Globo de Televisão divulgou os setores que tiveram aumento de vagas de trabalho em 2010 e no final da reportagem o apresentador disse que o setor que diminuiu o número de vagas foi o agronegócio. Isso mesmo, o agronegócio. Parece que não dá mais para esconder a realidade.
A Veracel Celulose insiste de todas as formas ainda maquiar a realidade. Até conseguiu um selo internacional, o FSC – O Conselho de Manejo Florestal criado em 1993 para proteger as florestas no mundo mas que nos últimos anos vem certificando plantações de árvores.
E para conter o exercito de arvores plantadas, enfileiradas como soldados em marcha, que, avançam com todo vigor, no extremo sul da Bahia destruindo culturas e biodiversidade as pessoas e comunidades assustadas reagem como podem para se defender. Mas a empresa insiste em plantar e pedir licença para plantar cada vez mais. Hoje produzem mais de um milhão de toneladas de celulose e querem produzir 2,5 milhões de toneladas mês. Para isso, querem licença para plantar mais cerca de 100 mil hectares de eucalipto.
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