Tania Pacheco, com informações de Mônica Lima
Desde as 3 horas da madrugada, o Museu do Índio, ocupado ontem à tarde pelos indígenas expulsos da Aldeia Maracaná, está cercado por tropas de choque, que ameaçam invadir e retirar o grupo e seus apoiadores (cerca de 50 pessoas) de qualquer jeito. O advogado Arão, da Aldeia Maracanã, foi a única pessoa a conseguir entrar durante a madrugada, depois de muita discussão.
Um juiz (Dr. Wilson) e uma procuradora federais estão dialogando com os indígenas, assim como um representante da Funai (finalmente!). A Polícia Federal também está no local, e a proposta é colocarem tod@s num ônibus (também parado à porta do Museu) e levá-los não se sabe para onde, embora até mesmo a hipótese de eles voltarem para a Aldeia Maracanã tenha sido levantada. O Conselho indígena não crê nisso, entretanto, considerando a forma como as coisas vêm sendo conduzidas.
Os indígenas que foram para o abrigo estão sendo usados como reféns. para pressionar os ocupantes, e algumas pessoas do movimento já foram ameaçadas.
O pedido do grupo é no sentido de o máximo possível de pessoas se dirigirem para lá, de forma a dar visibilidade à questão e impedir mais violência e arbitrariedades.
Quem puder, faça contatos com amigos, imprensa, autoridades ligadas a Direitos Humanos etc. E, por favor, se possível vamos para a Rua das Palmeiras (entre São Clemente e Voluntários, entre Rua da Matriz e Sorocaba), dar o nosso apoio!
apoyo la lucha por los derechos de los indígenas