PA – Cinco crianças Assurini foram internadas em Belém. Há cerca de 90 doentes com os mesmos sintomas na aldeia, e quatro crianças morreram

Crianças indígenas chegaram a Belém na noite de sábado (23). Foto: Reprodução TV Liberal
Crianças indígenas chegaram a Belém na noite de
sábado (23). Foto: Reprodução TV Liberal

Seis crianças indígenas foram encaminhados de Tucuruí no último sábado, 23. Três morreram, e outros 90 índios da etnia Assurini estão com os sintomas

G1 Pará

As cinco crianças da etnia Assurini transferidas no último sábado (23) do Hospital Regional de Tucuruí estão internadas no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), em Belém, que é referência em pneumologia e infectologia no Pará. Outras três crianças morreram recentemente no município. De acordo com os médicos que avaliaram as crianças, elas apresentam sintomas semelhantes a gripe.

A direção do Hospital Regional de Tucurui confirmou três mortes de crianças oriundas da aldeia Assurini, um de um mês de vida, um de 2 meses, e outro de 9 meses.  Elas foram internadas no hospital com sintomas parecidos: insuficiência respiratória, febre alta e complicações nos órgãos. O corpo de um dos bebês foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Belém para investigação da causa da morte.

No total, seis crianças indígenas foram transferidas para a capital, sendo que um bebê de 4 meses não resistiu e morreu no caminho. Elas foram levadas inicialmente para o PSM da 14 de Março que encaminhou para a Unidade de Diagnóstico de Meningite (UDM) do Barros Barreto. A ambulância com as crianças e os pais chegou por volta de 23h no hospital. Elas foram atendidas por um médico pediatra que estava de plantão.

Em nota, o HUJBB informou que estava sem leitos disponíveis, mas conseguiu a internação das crianças: “Duas crianças no setor de pediatria, duas na Unidade de Diagnóstico em Meningite (UDM) e uma em um quarto de isolamento da TBMR. Ou seja, leitos direcionados para outras especialidades. Lembrando que, como as crianças estão com suspeita de H1N1, elas precisam ser isoladas”, informou a nota.

Doença

Na aldeia, que fica a 22 km da cidade, cerca de 90 indígenas estão com os sintomas da doença, até então desconhecida. A Secretaria de Estado de Saúde enviou uma equipe até a aldeia, em Tucuruí, para coletar material para exame. Nas amostras coletadas, os médicos descartaram que fosse H1N1 ou Coqueluche, mas o resultado definitivo do exame deve sair em 30 dias.

Os índios estão evitando sair no sol e ter contato com poeira. A maioria dos doentes são crianças. As crianças trazidas para Belém apresentavam um quadro mais grave e foram imediatamente transferidos para evitar a evolução da doença.

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