Na versão dos policiais, os dois jovens eram assaltantes e trocaram tiros com a PM; já os familiares das vítimas afirmam que eles não andavam armados
Os policiais militares que foram presos por terem matado dois pichadores, na zona leste de São Paulo, no dia 31 de julho, já tinham envolvimento em outros casos de morte. Cada um dos quatro pms que estão detidos tem registro de dois óbitos em inquéritos diferentes. A informação foi do Tenente Coronel Marcelino Fernandes, chefe do Departamento Técnico da Corregedoria da Polícia Militar, durante entrevista coletiva na semana passada.
Alex Dalla Vecchia Costa, 32, e Aílton dos Santos, 33, foram assassinados quando entraram em um prédio na Mooca para pichar. A versão apresentada pelos policiais é de que os dois eram assaltantes e trocaram tiros com a PM. Já os familiares das vítimas afirmam que os dois só invadiram o local para pichar e que não andavam armados.
O tenente Matsuoka, o sargento Amilcésar e os cabos Segalla e Figueiredo estão cumprindo prisão administrativa de cinco dias na corregedoria. A prisão temporária de 30 dias dos policiais será pedida. Caso seja aceita pela Justiça, eles serão transferidos para o Presídio Romão Gomes.
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.