Cimi – Equipe Sul da Bahia
Faleceu ontem pela manhã mais uma criança indígena da Aldeia Bahetá picado na região da Alegrias por um escorpião amarelo: Aryssauã Muniz de 04 anos, filho de Samile Muniz Cruz e Vivaldo Cruz. Apesar do atendimento inicial no Hospital de Itajú do Colônia, que fica a 28 km da região onde a criança foi ofendida, quando da sua transferência para Itabuna ele não resistiu vindo a óbito na BR 415.
Esta não é a primeira criança que vem a óbito nesta Aldeia e nem a primeira a ser picada por este perigoso artrópode invertebrado, que pertence à classe dos aracnídeos. Esta situação já foi por várias vezes denunciada e nenhum providencia vem sendo tomada, recentemente os avós de Aryssauã, Sônia Muniz e Biro-Biro, já havia alertado para o grande número de escorpiões na área.
A presença de escorpiões amarelos que é a principal espécie que causa acidentes graves, com registro de óbitos, principalmente em crianças sempre foi uma preocupação para as lideranças da Aldeia Baheta, mas apesar das denúncias e dos pedidos de providências nenhuma providencia concreta foi tomada e lamentavelmente a comunidade tem que chorar mais uma perda de suas crianças.
No dia 18 de maio passado nesta mesma aldeia o Conselho Local de Saúde Indígena reunido fez uma série de denúncias sobre o caos que se encontra saúde indígena e apresentaram um relatório consolidado pedindo providencias as autoridades. A pergunta que fica no ar: “Até quando será preciso ver situações tristes como esta acontecerem para que as autoridades possam tomar providencias e deixarem de brincar com vidas humanas? Quantas outras crianças, ou até mesmos idosos, jovens terão suas vidas ceifadas por conta da irresponsabilidade e ingerência do estado e de todos aqueles que deveriam cuidar da saúde dos povos indígenas? Hoje não sabemos qual é o mais perigoso um escorpião amarelo ou o escorpião “’verde-amarelo'”.
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