Leilão da Resistência elege governador do MS e dez deputados, por Alceu Castilho

Alceu Castilho* – Outro Brasil

Lembram-se do Leilão da Resistência, no Mato Grosso do Sul, no fim do ano passado? Destinado a arrecadar verbas para os ruralistas, contra a demarcação de terras indígenas.

O que aconteceu com os políticos que dele participaram?

Um deles foi eleito governador: Reinaldo Azambuja (PSDB).

Vejamos este texto: “Entre as personalidades que mais aparecem na mídia local que, possuem cargo público, e com certeza estarão disputando as urnas, estavam presentes Carlos Marun, Nelsinho Trad, Thereza Cristina Corrêa da Costa, Fábio Trad, Luiz Henrique Mandetta, Reinaldo Azambuja, Mara Caseiro, Márcio Fernandes, Jerson Domingos, Junior Mochi, Zé Teixeira, Márcio Monteiro”.

E agora vejamos os deputados federais eleitos no MS, com os votos de cada um: (mais…)

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Enquanto houver racismo marcharemos pela saúde de todas, é pela vida das Mulheres Negras

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Emanuelle Goes* – População Negra e Saúde

27 de outubro é o Dia de Mobilização Nacional Pró-Saúde da População Negra. A agenda de mobilização começa no início de outubro e vai até o dia 20 de novembro, data em que se comemora a imortalidade do herói negro, Zumbi dos Palmares. Neste período, acontecem várias atividades em todo o país. Homens e mulheres, jovens e adultos, pro?ssionais de saúde, gestoras e gestores, ativistas, pesquisadoras e pesquisadores, cidadãos e cidadãs realizam atividades para promover e defender o direito da população negra à saúde.

Neste ano vou falar um pouco sobre as mulheres negras, trazendo a Marcha das Mulheres Negras 2015 como o impulsionador na construção deste texto, pois as mulheres negras lutam pelo bem viver, contra o racismo e a violência e para que essa tríade se concretize é preciso que o exercício do direito a saúde seja garantido de forma integral, equânime e igualitária. Documento da Marcha das Mulheres Negras 2015

Ao longo desse ano vimos muitas denúncias de violação de direito a saúde, principalmente no que se refere ao acesso das mulheres as serviços de saúde no momento reprodutivo, especialmente, na hora do parto e na realização de abortos que na maioria das vezes são inseguros, em alguns casos levando ao fim mais trágico que é a mortalidade materna. De acordo com os dados do Ministério da Saúde a taxa de mortalidade materna por 100.000 pessoas era, em 2011, de 68,8 para mulheres negras e de 50,6 para mulheres brancas. Mais que um nome na placa, morte materna e o racismo institucionalSolidão que assola, as mulheres em situação de abortamento (mais…)

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O AI-5 na Academia

livro.roseLivro conta como o manual do lead, dos jornalistas, foi usado para punir o ensino do jornalismo

Elaine Tavares – Palavras Insurgentes

A jornalista Roseméri Laurindo lança quinta-feira, dia 30, às 17 horas, em Florianópolis, o livro “AI-5 na academia: o Manual do Lead usado pelos golpistas de 1964 para punir o ensino de Jornalismo”, com selo da Editora da FURB (EdiFurb). Nos 50 anos do Golpe Militar e nos 50 Anos das Ciências da Comunicação no Brasil, a autora revela, pela primeira vez em livro, como o Decreto 477 do Governo Militar Brasileiro (o AI-5 da Academia) foi usado para a demissão do catedrático José Marques de Melo da Escola de Comunicação da USP, em 1974.

O lançamento será no salão interno de recepção do Plenário da Câmara de Vereadores da Capital (Rua Anita Garibaldi, 35 – Centro), logo depois da inauguração do monumento do projeto “Trilhas da Anistia – Marcas de Caravanas e Recontes de Histórias”, atividade promovida pela Comissão da Verdade da Câmara Municipal de Florianópolis.

O livro, como destaca o texto da EdiFurb de divulgação, mostra como, sob a alegação de que, ao ensinar a técnica do lead, Marques de Melo estivesse incitando os alunos à subversão, os agentes do governo exigiram a demissão sumária do professor, sem direito à defesa ou seus benefícios trabalhistas. (mais…)

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Cleber Buzatto: O momento atual exige dos povos indígenas e de seus aliados muita coragem e ousadia

Cleber Buzatto

Abrindo o II Encontro Nacional sobre Educação Escolar Indígena, Cleber Buzatto, secretário-executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), fez uma análise da conjuntura política e educacional dos direitos dos povos indígenas, apresentando as questões mais relevantes nos dias de hoje.  Entre elas, a restrição dos direitos indígenas, a suspensão das demarcações, a mercantilização das terras já demarcadas, a criminalização das lideranças e o descaso com as políticas públicas. A seguir, um breve resumo:

Por Luciana Gaffrée, Rel/Uita

Para Cleber Buzatto os direitos dos povos indígenas estão sendo duramente atacados, gerando retrocessos históricos, principalmente com relação à questão da territorialização das terras indígenas. O governo vem optando reiteradamente por uma estratégia de criminalização das lideranças, trazendo à memória as políticas anti-indigenistas da época da ditadura militar.

Hoje, o Cimi responde a dois inquéritos da Polícia Federal e é réu em ao menos 16 processos judiciais, especialmente de interditos proibitórios. São ações impetradas por fazendeiros para impedir o Cimi de ir às comunidades onde estão vivendo os povos indígenas, principalmente no Mato Grosso do Sul. (mais…)

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