La vagina censurada

censura

Reinaldo Spitaletta, desde Buenos Aires, Argentina, especial para Argenpress Cultural

El arte, además de tantas cosas, es crítica de las ideas, de los comportamientos humanos, de la sociedad y la política. Es una versión del mundo y sus desamparos. El arte, aparte de hacer que la vida tenga una posibilidad para el goce estético, también debe hacer pensar.

Acaban de prohibir la exposición Mujer en Custodia, de la artista María Eugenia Trujillo, que se iba a realizar en el Museo Santa Clara, de Bogotá. La censura, que es una muestra de debilidad (el censor teme), vuelve a aparecer en asuntos referidos a la creación e interpretación artística. Los que se han opuesto a la exposición aducen que en las obras hay ataques a los símbolos religiosos de la eucaristía y la fe cristianas.

Quizá a los mismos moralistas que ahora atacan la obra, una serie de relicarios y custodias intervenidos por la artista, que puso una vagina tejida en el centro de las custodias, se les pasó por alto otra exposición allí mismo que realizó el artista norteamericano Andrés Serrano, que en una fotografía muestra a un crucifijo dentro de una botella de orines. En fin, que quizá estos mismos censores, hubieran puesto en la hoguera a León Ferrari, artista argentino a quien hace algún tiempo le prohibieron una exposición en Buenos Aires.

Precisamente, Ferrari muestra, entre otras creaciones, a un Cristo crucificado en un bombardero. Cuando el arte irrumpe para cuestionar poderes, cualesquiera que estos sean, las inquisiciones están listas para “purificarlos” a autores y obra en el fuego de la censura. Las quemas de libros de los nazis (ah, y en Colombia hasta las hogueras de textos provocadas por fanáticos, entre los que estuvo el hoy procurador); las prohibiciones de autores en la Rusia zarista y en la pseudocomunista; las persecuciones a escritores musulmanes, como el caso de Rushdie y Los versos satánicos, son muestras de las debilidades de esos poderes. (mais…)

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La muerte ronda en las comunidades amazónicas

 

crianças ashaninka

Jorge Zavaleta Alegre, desde Lima, Perú, especial para Argenpress Cultural

No hay necesidad de retroceder tres siglos, desde la colonia, para concluir que los pueblos nativos de la Amazonía siguen siendo presas de la muerte impune.

Sus luchas contra las actividades ilícitas que ponen en riesgo nuestros ecosistemas y la vida de los indígenas, terminan en la anomia de un Estado que pretende hacer inclusión social desde la capital del país y no de la descentralización y el desarrollo local.

Los dirigentes asháninkas Edwin Chota Valera, Leoncio Quincima Meléndez, Jorge Ríos Pérez y Francisco Pinedo han sido asesinados recientemente por bandas criminales asociados a la tala ilegal que aún siguen fugitivos.

Diversas voces comparten los mensajes de la Defensoría del Pueblo: que el Estado emprenda los operativos que permitan ubicar los restos mortales de los fallecidos y la captura de los criminales responsables de los hechos ocurridos contra la Comunidad Nativa de Alto Tamaya Saweto (Ucayali), en el distrito de Masisea, frontera con Brasil, y con el Pueblo Indígena Asháninka. (mais…)

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Acusados por morte de Rubens Paiva pedem ao STF extinção de ação penal

Rubens Paiva
O ex-deputado Rubens Paiva foi cassado logo após o golpe de 1964 e visto pela última vez ao ser preso em janeiro de 1971, no Rio de Janeiro

Militares respondem a processo na Justiça Federal do Rio de Janeiro. Eles alegam que ação viola decisão do STF que validou Lei da Anistia.

Nathalia Passarinho, do G1, em Brasília

Os cinco militares reformados acusados pelo homicídio e ocultação de cadáver do ex-deputado Rubens Paiva protocolaram nesta quinta-feira (25) reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para que seja extinta a ação penal que tramita contra eles na 4ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro.

Paiva foi morto em janeiro de 1971 nas dependências do Destacamento de Operações de Informações (DOI) do I Exército, na Tijuca, Rio de Janeiro. Além de homicídio doloso e ocultação de cadáver, José Antonio Nogueira Belham, Rubens Paim Sampaio, Jurandyr Ochsendorf e Souza, Jacy Ochsendorf e Souza e Raymundo Ronaldo Campos respondem pelos crimes de associação criminosa armada e fraude processual.

Eles argumentam que a decisão da Justiça de acolher denúncia do Ministério Público Federal e abrir a ação penal viola decisão do Supremo que considerou válida a Lei da Anistia. Sancionada em 1979, a Lei da Anistia perdoou crimes cometidos por militares e guerrilheiros durante a ditadura militar. A reclamação protocolada no Supremo foi distribuída ao ministro Teori Zavascki.

“Apesar da clareza do acórdão editado na ADPF 153 [que validou a Lei da Anistia], o juízo monocrático afastou a Lei da Anistia e franqueou a persecução criminal, na contramão da postura adotada pelo STF”, afirma a defesa dos militares. Com base nesse argumento, os advogados pedem decisão liminar (provisória) para que o processo que corre contra os militares seja suspenso até uma decisão final pelo plenário do Supremo. (mais…)

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Aranha está um passo à frente de Pelé

Aranha
Imagem cortada e editada a partir de foto de autoria desconhecida, encontrada na internet (TP)

Walmyr Junior*, no Jornal do Brasil

O racismo é uma questão estruturante das relações de poder no nosso país. Ele não se dá apenas pela questão biológica em si, mas nas relações sociais estabelecidas sob esta ótica, ou até mesmo justificadas pela visão fenotípica. O debate racial ganhou visibilidade no último período devido à entrada deste na agenda política do país, e dos avanços das ações afirmativas.

Com isso, vemos ser resgatada na sociedade brasileira a afirmação da identidade do povo negro. Hoje, o número de negros e negras que se auto-declaram como tal chega a 51% da população brasileira. Vamos garantido com essa afirmação identitária a defesa dos nossos direitos diante de uma conjuntura política e social que tende a julgar o lugar do povo negro na história do Brasil. (mais…)

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X Semana de Educação da Pertença afro-Brasileira: 10 a 26 de novembro, na UESB

pertença afro-brasileira

A X Semana de Educação da Pertença afro-Brasileira, atividade organizada pelo Órgão de Educação e Relações Étnicas da UESB, será realizada no período de 16 a 20 de novembro de 2014, tendo como tema “10 anos do ODEERE: ensinando, pesquisando e articulando com a comunidade”.

A edição deste ano será realizada em conjunto com os projetos VI Simpósio de Relações Etnicorraciais e Educação e I Encontro do Programa Arte Circense em Movimento. O evento é destinado a: a) professores e profissionais da educação básica; b) discentes da educação básica, graduação e pós-graduação; c) docentes do ensino superior; d) pessoas interessadas na temática.

Veja a Programação, listagem do GTs, dados para a inscrição e outros mais AQUI.

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Cresce 81% número de denúncias do uso da Internet para ofensas raciais

mulher_negraPor Rayllanna Lima, na Tribuna da Bahia

A internet continua sendo palco de ofensas raciais. No primeiro semestre deste ano, o número de denúncias de racismo registradas no site da ONG SaferNet Brasil cresceu 81%, em relação ao mesmo período do ano passado. Em 8 anos, o site já recebeu e processou 383.372 denúncias anônimas de racismo. O ranking é liderado pela rede social Facebook que concentrou 56,6% das denúncias.

Ocupando o segundo lugar ficou o canal de vídeos Youtube, com 5,7%, seguido pela rede social Twitter, com 4,7%. Os dados são da SaferNet Brasil, organização não governamental que reúne cientistas da computação, professores, pesquisadores e bacharéis em Direito com a missão de defender e promover os Direitos Humanos na Internet. A SaferNet opera com a parceria do Ministério Público Federal.

De janeiro a junho do ano passado, o site da ONG registrou 32.533 registros de denúncias raciais. No mesmo período deste ano o número subiu para 59.083. No entanto, a quantidade de sites (URLs) envolvidos passou de 7.953 para 5.732.

Muitos soteropolitanos já foram vítimas de preconceito racial, como é o caso da estudante Juliana de Oliveira, que publicou uma foto no Facebook para mostrar aos amigos o seu black power. (mais…)

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No Dia Latino-americano de Luta e Descriminalização do Aborto, protestos são realizados pelo País

Legaliza Aborto_DivulgacaoNa últimas semanas, duas mulheres morreram após passarem por procedimentos de aborto no Rio de Janeiro; A feminista Luka Franca, destaca a importância do debate, embora meios de comunicação de massa sempre tratem o tema “sobre a ótica da culpabilização da mulher”

Por Bruno Pavan, da Redação Brasil de Fato

Diversas manifestações devem acontecer neste domingo (28) pelo Brasil para marcar o Dia Latino-Americano de Luta pela Descriminalização do Aborto. A data foi escolhida durante o V Encontro Feminista Latino-americano, em 1990, para aumentar a discussão sobre o tema no continente.

Organizados pela Frente contra a Criminalização de Mulheres e pela Legalização do Aborto, que envolve diversos movimentos, os protestos ocorrem semanas após as mortes de Jandira Magdalena e Elizângela Barbosa que fizeram abortos em clínicas clandestinas no Rio de Janeiro (RJ). (mais…)

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Nota de apoio da JnT às comunidades quilombolas do Maranhão

Foto: Irmã Eulália Lima
Foto: Irmã Eulália Lima

Rede Justiça nos Trilhos

São mais de 200 pessoas, 35 comunidades rurais quilombolas, de diferentes municípios do estado do Maranhão. Há dois dias paralisam a Estrada de Ferro Carajás, quilômetro 81, localizado em Itapecuru-Ma e clamam por justiça e reconhecimento de seus direitos.

Crianças, jovens, adultos e idosos pedem ao Governo Federal a garantia do direito dos quilombolas maranhenses a seus territórios; Cobram da empresa Vale S.A. o direito de consulta em relação à duplicação da Estrada de Ferro Carajás, de concessão da empresa e que atravessa as comunidades quilombolas, causando uma série de impactos.

As comunidades afirmam que a Vale subtraiu parte dos territórios quilombolas sem consentimento de seus verdadeiros donos. A empresa aumentou a presença de observadores no local, fixando veículos a uma distância de 50 m para cada lado dos trilhos. Outros projetos predatórios também ameaçam a autônoma e sobrevivência desses povos na região, a exemplo dos capitaneados pela BB Mendes, Campos Cruz e Fazenda Formiga. (mais…)

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Comissão quer revogar expulsão de chineses torturados pela ditadura no Brasil

Audiência pública da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e a Comissão da Verdade do Rio sobre o caso de prisão e expulsão de nove chineses pela ditadura (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Audiência pública da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e a Comissão da Verdade do Rio sobre o caso de prisão e expulsão de nove chineses pela ditadura (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Isabela Vieira – Repórter da Agência Brasil

Noves chineses torturados e condenados por subversão pela ditadura militar no Brasil devem ter a expulsão do país revogada, defendeu hoje (26) a Comissão da Verdade do Rio de Janeiro. Depois de concluir que o caso não passou de perseguição ao regime econômico e político da China, a comissão cobra também a devolução pelo Brasil de um montante de cerca de U$ 53 mil dólares. A quantia foi confiscada com os estrangeiros no momento da prisão, em 1964. Os estrangeiros eram altos funcionários do governo chinês, além de um jornalista, e estavam no Brasil a convite.

Durante audiência pública sobre o caso, hoje (26), a advogada da Comissão Nacional da Verdade Rosa Cardoso se comprometeu a discutir a inclusão, no relatório final, que será entregue em dezembro, de uma recomendação para que o governo brasileiro cumpra as medidas. O Itamaraty já estuda revogar a expulsão e devolver o dinheiro apreendido ao governo chinês, que em valores atualizados pode chegar a cerca de R$ 500 mil. (mais…)

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Avanço da seca em Minas vira estopim de batalha pela água

O marco do padroeiro cercado por cinzas: após sucessivas queimadas, unidade de conservação da Serra da Canastra está fechada (Foto: Leandro Couri/EM)
O marco do padroeiro cercado por cinzas: após sucessivas queimadas, unidade de conservação da Serra da Canastra está fechada (Foto: Leandro Couri/EM)

Seca atinge afluentes da fonte até a divisa do estado, faz minguar volume de Três Marias e leva fazendeiros a travar brigas com vizinhos, relatadas em dezenas de ocorrências policiais

Luiz Ribeiro e Pedro Ferreira, Estado de Minas

São Roque de Minas e Montes Claros – A redução da disponibilidade de recursos hídricos na Bacia do São Francisco, agravada pelo inédito secamento da nascente principal do rio, situada no Parque Nacional da Serra da Canastra, em São Roque de Minas, se alastra pelo leito e atinge afluentes em efeito dominó. Em território mineiro, a crise se estende da área onde brota o Velho Chico, no Centro-Oeste do estado, à divisa com a Bahia, no Rio Verde Grande, passando pela represa de Três Marias, a segunda maior da bacia. Pelo caminho, o regime de escassez de água já deflagra conflitos entre produtores rurais, que resultaram em mais de 30 ocorrências registradas apenas nos últimos três meses pela Polícia Militar, em pelo menos oito municípios do Alto São Francisco. A situação é tão crítica que motivará reunião emergencial do comitê nacional da bacia, amanhã, em Belo Horizonte. Entre as providências em estudo está a possibilidade de racionamento.

No parque nacional que abriga a nascente histórica do rio, em São Roque de Minas, a seca tem se agravado nos últimos três anos, mas piorou a partir do último mês de abril. O ponto alto do estado de alerta ocorreu com o secamento da chamada nascente principal do Velho Chico, localizada em meio a uma paisagem hoje esturricada por sucessivos incêndios. Em julho, 40 mil hectares de vegetação foram consumidos. Em agosto e setembro, houve mais oito queimadas no parque. Na semana passada, outros quatro dias de labaredas atingiram a área do manancial, segundo o secretário de Meio Ambiente, Esporte, Lazer e Turismo de São Roque de Minas, André Picardi. Como medida de proteção, na sexta-feira a visitação à unidade de conservação foi suspensa e deve permanecer assim até 16 de outubro, se não chover. (mais…)

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